*Paciente adulto do sexo masculino, submetido a procedimento cirúrgico extenso na região da cabeça e pescoço:
R: sem capacidade via oral ou naso/oro
*Necessitou de terapia nutricional enteral para alimentação com indicação de permanecer no mínimo 6 semanas em terapia nutricional enteral exclusiva.
R: ou seja, necessidade maior que 6 semanas. Pensar em algo que envolva OSTOMIA;
A posição da sonda, complexidade e densidade calórica e proteica da fórmula enteral são, respectivamente,
R: Pensar em algo mais fisiológico para o paciente, ele apenas não esta se alimentando via oral devido o procedimento extenso na região da cabeça, mas em nenhum momento o texto diz que o TGI dele está impossibilidade, sendo, portanto a via mais fisiológica o estômago.
Ostomia + estômago= gastrostomia
Utiliza-se portanto dieta polimérica, hipercalórica e hiperproteica, pois haverá capacidade de digestão normal dos nutrientes, como das ptn intactas. Hipercalórica/hiperptn pela necessidade energética do estado catabólico do paciente.
A questão avalia do aluno conhecimentos acerca da terapia nutricional enteral (TNE).
Para definir a via de acesso da TNE é necessário considerar o tempo estimado em que essa terapia será necessária, além da condição clínica do paciente. A seleção da via de acesso adequada é fundamental para minimizar as possíveis complicações e otimizar a oferta de nutrientes.
Para TNE de curto prazo, por período menor que seis semanas, as sondas nasoenterais podem ser utilizadas. Para períodos maiores que seis semanas, é recomendado que a via da TNE seja por ostomias de nutrição. O uso prolongado das sondas nasoenterais está associado a potenciais complicações, como aspiração pulmonar da dieta, lesão da mucosa gastrointestinal e infecções das vias aéreas e do trato respiratório superior. Além disso, no caso em questão, é preciso considerar que o paciente foi submetido a procedimento cirúrgico na região da cabeça e pescoço, o que provavelmente impede a inserção da sonda nasoentérica e justifica o uso de uma ostomia.
Para definição do posicionamento da ostomia é preciso considerar que a nutrição gástrica é mais fisiológica e mantém parte da estimulação neuro-humoral da alimentação oral. Já o posicionamento pós-pilórico é menos fisiológico. A posição pós-pilórica deve ser indicada em casos de gastroparesia, obstrução da saída gástrica, vômitos ou em pacientes com escala de coma de Glasgow abaixo de 12 ou em ventilação artificial.
A adequada indicação da fórmula da dieta deve considerar o estado clínico e metabólico do paciente. Caso a capacidade digestiva e a absortiva estejam preservadas, fórmulas poliméricas devem ser utilizadas. Importante considerar também que o extenso procedimento cirúrgico determina um estado catabólico, e, nesse caso, fórmulas hipercalóricas e hiperproteicas são indicadas para recuperação do estado nutricional.
Portanto, para esse paciente, a indicação mais adequada é a LETRA B, TNE via gastrostomia, com oferta de dieta polimérica, hipercalórica e hiperproteica.
Gabarito do Professor: Letra B.