-
Questão Errada.
O rigor da punição não é tratado por Aristóteles nessa teoria.
O meio-termo/mediania deve ser buscado pelas pessoas como principal caminho para uma vida virtuosa, tanto nas ações como nas paixões humanas, a fim de se EQUILIBRAREM os vícios, tanto os decorrentes do excesso como aqueles que resultam da falta.
O papel do Juiz é a busca pelo equilíbrio e não o rigor da punição.
-
ERRADA
"Visto que a virtude se relaciona com paixões e ações, e é às paixões e ações voluntárias que se dispensa louvor e censura, enquanto as involuntárias merecem perdão e às vezes piedade, é talvez necessário a quem estuda a natureza da virtude distinguir o voluntário do involuntário."
Aristóteles. Ética a Nicômaco. In: Os pensadores. (Org.) José A. M. Pessanha. 4.ª ed. Vol. 2. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (com adaptações).
Ou seja, deve haver perdão e piedade e não "rigorosa punição aos vícios".
-
Cuidado com Daniela Bahia.
Ela está informando e justificando os gabaritos trocados em várias questões.
-
Gabarito: Errado
Comentário do Prof. Paulo Guimarães, do Estratégia Concursos:
A mediania aristotélica não tem nada a ver com rigorosas punições. Ela encara a virtude no mediano, como se o bom estivesse entre os vícios, que na realidade significam excessos capazes de nos prejudicar. O muito ou o pouco, portanto, são vícios, e o meio termo (ou mediano) é a virtude.
Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/analista-mpu-gabarito-extraoficial-etica-direito-penal-militar-e-direito-processual-penal-militar/
-
A mediania aristotélica não tem nada a ver com rigorosas punições. Ela encara a virtude no mediano, como se o bom estivesse entre os vícios, que na realidade significam excessos capazes de nos prejudicar. O muito ou o pouco, portanto, são vícios, e o meio termo (ou mediano) é a virtude.
Estratégia
-
A mediania aristotélica não tem nada a ver com rigorosas punições. Ela encara a virtude no mediano, como se o bom estivesse entre os vícios, que na realidade significam excessos capazes de nos prejudicar. O muito ou o pouco, portanto, são vícios, e o meio termo (ou mediano) é a virtude.
Estratégia
-
A questão exige
conhecimento acerca do conceito de justiça na perspectiva de Aristóteles. Importante
destacar, antes de tudo, que existem várias construções, em Aristóteles, acerca
da justiça (podendo ser ela: universal, particular, distributiva, corretiva,
dentre outras). O enunciado explora o conceito de justiça corretiva, na qual
Aristóteles aponta que o juiz (dikastés), ao atuar como mediador dos
processos, representa a própria personificação da justiça.
Sobre
o enunciado da questão, este se afasta do conceito delimitado por Aristóteles,
já que o autor não fala em punição severa dos vícios. Na verdade, a virtude
consiste justamente no meio-termo entre dois vícios. Nesse sentido:
“A
virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consistente
numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por
um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. E é um
meio-termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que,
enquanto os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no
tocante às ações e paixões, a virtude encontra e escolhe o meio-termo. E assim,
no que toca à sua substância e à definição que lhe estabelece a essência, a
virtude é uma mediania; com referência ao sumo bem e ao mais justo, é, porém,
um extremo" (ARISTÓTELES, 1996).
Referências:
ARISTÓTELES. Ética à
Nicômaco. São Paulo. Nova Cultural: 1996.
Gabarito
do professor: assertiva errada.
-
GABARITO: ERRADO
Mediania Aristotélica: Basicamente Aristóteles considera que os impulsos humanos podem levar o indivíduo a extremos em termos de comportamento, e esses extremos representam o vício (o contrário da virtude). Por outro lado, a virtude estaria no equilíbrio, no controle sobre esses impulsos na busca pelo ideal de equilíbrio.
Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/mediania-aristotelica-e-o-que/