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Interpretação de Textos - Coesão e coerência
Coesão e coerência caminham juntas, ou seja, a ideia é que um texto coeso gere coerência, embora isso não necessariamente ocorra.
Coesão é “sinônimo” de ligação: ligação entre as partes. A que mais aparece em concursos diz respeito à referencial: consiste no emprego de pronomes (e equivalentes) para evitar a maciça repetição de termos num texto. Veja só:
Comprei um celular, mas ele veio com defeito.
(coesão pronominal: o pronome “ele” retoma “um celular”)
Comprei um celular, mas o aparelho veio com defeito.
(coesão nominal: o nome “ele” retoma “um celular”)
Comprei um celular, mas veio com defeito.
(coesão por elipse: na segunda oração, subentende-se o termo “celular”)
A coerência envolve o campo das ideias: o uso de conectivos, por exemplo, está diretamente relacionado à coerência. Veja só:
Apesar de eu ter estudado muito, passei no concurso. (Frase incoerente).
Apesar de eu não ter estudado muito, passei no concurso. (Frase coerente).
Fonte: Profª Arenildo Santos
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ALGUNS ERROS APONTADOS:
A) Um amante de literatura, certamente, ficaria extasiado caso concedessem-no a oportunidade de viajar a 1866, ano em que tivera a chance de conviver com autores consagrados, da estirpe de Baudelaire.
B) O autor, ao cair um calendário antigo em suas mãos, relata uma viagem àquele ano, no qual pode imaginar vários escritores de renome ainda vivos e desfrutando da fase mais madura de sua carreira.
C) Na medida que o ano se transcorreu, (uso inadequado da vírgula) pessoas guerrearam e fizeram as pazes, bem como muitos escritores caminharam lado a lado nas ruas de suas cidades, porque aquele ano era majoritariamente literário.
D) Ao discorrer pelas ruas do Rio de Janeiro, em 1866, talvez era possível esbarrar-se com escritores da estatura de um Machado de Assis, por cuja obra todos, não sem razão, nutrem grande admiração. (Admiração POR)
E) Após encontrar, fortuitamente, um calendário de 1866, o autor empreendeu uma viagem àquele ano e concluiu que foi um período de intensa produção literária, com grandes artistas no ápice de suas carreiras. GABARITO
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Jamila, não creio que, na letra c, o uso da vírgula seja inadequado. Não seria Oração Subordinada Adverbial de Tempo deslocada?
Bom, assim entendi.
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Letra C. Na medida em que...
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Não existe ''NA MEDIDA QUE''
NA MEDIDA EM QUE = uma vez que, visto que, tendo em vista. (conjunção causal)
À MEDIDA QUE = Sentido de a proporção que. (conjunção proporcional)
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Gabarito - E
a) Um amante de literatura [ , ] certamente, ficaria extasiado caso concedessem-LHE a oportunidade de viajar a 1866, ano em que tivera a chance de conviver com autores consagrados, da estirpe de Baudelaire.
→ O termo "certamente" é uma adj. adv. de modo, portanto, deve vir intercalado por vírgulas ou vir sem nenhuma. Como a alternativa colocou uma vírgula após o termo, deve-se colocar outra o antecedendo.
→ O verbo "conceder" é transitivo direto e indireto, pois quem concede, conde algo A alguém. No caso da oração, o que vai ser concedido? A oportunidade de viajar. A quem? Ao amante de literatura. Portanto, vê-se que o verbo deve estar acompanhado de um pronome que indique o objeto indireto, ou seja, o "lhe" ou "lhes".
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b) O autor [ , ] ao cair um calendário antigo em suas mãos, relata uma viagem àquele ano, na qual pode imaginar vários escritores de renome ainda vivos e desfrutando da fase mais madura de sua carreira.
→ A expressão "ao cair um calendário antigo em suas mãos" deve vir entre vírgulas, pois denota uma or. subordinada temporal, podendo ser substituída por "quando cair um calendário...".
→ O termo "onde" só pode ser usado para indicar lugar fixo. Ex.: Sérgio foi à casa, onde estuda. Portanto, deve-se usar um pronome relativo que retome o termo feminino "viagem".
→ O verbo "desfrutar" é grafado com "E".
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c) À medida que o ano se transcorreu, pessoas guerrearam e fizeram as pazes, bem como muitos escritores caminharam lado a lado nas ruas de suas cidades, porque aquele ano era majoritariamente literário.
→ A conjunção subordinada proporcional foi usada de maneira errada, pois para indicar proporcionalidade deve-se usar "à medida que".
→ Houve um erro quando ao uso do "por que" que deve ser usado junto por expressa a ideia de causa.
Lembrando que:
NA MEDIDA EM QUE = Causa.
À MEDIDA QUE = Proporcionalidade.
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d) Ao discorrer pelas ruas do Rio de Janeiro [ , ] em 1866 [ , ] talvez era possível esbarrar-se com escritores da estatura de um Machado de Assis, por cuja obra todos, não sem razão, nutrem grande admiração.
→ Deve haver vírgulas separando as orações intercaladas.
→ O "talvez" funciona como uma ''muleta" para verbos no modo subjuntivo, portanto, o emprego do verbo "era" no pretérito imperfeito do indicativo está errado.
→ Houve um erro de regência com o uso do "de" antes do "cuja". No caso, deve-se usar o "por", pois este está sendo regido pelo verbo "nutrir". Quem nutre, nutre ALGO, POR alguém.
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O USO DA VÍRGULA NA LETRA C NÃO ESTÁ INCORRETO COMO DISSERAM NOS COMENTÁRIOS E SIM O "Na medida que o ano..." O CERTO É "Na medida EM que o ano..." OS OUTROS ERROS SÃO GRITANTES....
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NA MEDIDA EM QUE OU Á MEDIDA QUE