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ID
2834005
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho de Hipona (354-430) em 410, sobre a devastação de Roma:


Não, irmãos, não nego o que ocorreu em Roma. Coisas horríveis nos são anunciadas: devastação, incêndios, rapinas, mortes e tormentos de homens. É verdade. Ouvimos muitos relatos, gememos e muito choramos por tudo isso, não podemos consolar-nos ante tantas desgraças que se abateram sobre a cidade.

(Santo Agostinho. Sermão sobre a devastação de Roma. Tradução de Jean Lauand. Disponível em: <http://www.hottopos.com/mp5/agostinho1.htm#_ftn2 . Acesso em 11 de agosto de 2018.)


Considerando os conhecimentos sobre a história do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) e as informações do trecho acima, assinale a alternativa que situa o contexto histórico em que ocorreram os problemas relatados sobre Roma e a sua consequência para o Império, entre os séculos IV e V.

Alternativas
Comentários
  • Crise e decadência do Império Romano

    Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.

    Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 

     

    Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolveu dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.

    Em 476, chegou ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Foi o fim da Antiguidade e início de uma nova época, chamada de Idade Média.

    Fonte: https://www.suapesquisa.com/imperioromano/

  • BAIXO IMPÉRIO A principal causa da decadência do Império Romano foi a crise do sistema escravista. O fim das guerras diminuiu a oferta de escravos, elevando o seu valor. Como eram a base da economia romana, todos os preços começaram a subir. Algumas reformas foram tentadas. Diocleciano, em 284, implantou o colonato (arrendamento de terra por colonos), visando a substituir os escravos. Constantino, em 313, buscou o apoio dos cristãos – até então perseguidos –, legalizando o cristianismo e convertendo-se a ele. Em 330, mudou a capital para Constantinopla – atual Istambul. Teodósio, em 395, dividiu o império em duas partes: Império do Ocidente, com a capital em Roma, e Império do Oriente, com centro em Constantinopla.

    Porém, com a intensificação das invasões dos “bárbaros”, que atacavam as fronteiras romanas desde o século III, o Império do Ocidente não resistiu e caiu em 476. O Império do Oriente, também conhecido como Império Bizantino, duraria até 1453, quando foi dominado pelos turco-otomanos. Com a queda de Roma, ninguém se sentia seguro nas cidades. Começou um processo de desurbanização e regressão do comércio. Do ponto de vista político, a grande transformação é que o poder político centralizado, que vigorava no período do Império, deu lugar a uma multiplicidade de reinos bárbaros, fragmentando a autoridade no Ocidente. A única esfera de poder centralizado que sobreviveu foi a Igreja