Questão 2838622

• Banca: Colégio Pedro II
• Órgão: Colégio Pedro II
• Ano: 2017
• Provas: Colégio Pedro II - 2017 - Colégio Pedro II - Assistente em Administração
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

TEXTO III

                                      A MÃO DA LIMPEZA

                                                                                                     (Gilberto Gil)

O branco inventou que o negro

Quando não suja na entrada

Vai sujar na saída, ê

Imagina só

Vai sujar na saída, ê

Imagina só

Que mentira danada, ê

Na verdade a mão escrava

Passava a vida limpando

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o negro penava, ê

Mesmo depois de abolida a escravidão

Negra é a mão

De quem faz a limpeza

Lavando a roupa encardida, esfregando o chão

Negra é a mão

É a mão da pureza

Negra é a vida consumida ao pé do fogão

Negra é a mão

Nos preparando a mesa

Limpando as manchas do mundo com água e sabão

Negra é a mão

De imaculada nobreza

Na verdade a mão escrava

Passava a vida limpando

O que o branco sujava, ê

Imagina só

O que o branco sujava, ê

Imagina só

Eta branco sujão

                                           Disponível em www.gilbertogil.com.br>sec_disco_info

Observando-se os três primeiros e o último versos do texto III, é INCORRETO afirmar que “Eta branco sujão”

• A. expressa uma conclusão oposta ao apresentado inicialmente.
• B. ratifica o lugar-comum reproduzido na primeira estrofe do poema.
• C. neutraliza o lugar-comum apontado nos três versos iniciais do texto.
• D. reverte e desconstrói a generalização indicada nos primeiros versos.

Gabarito: B

Comentários

• Ratificar: CONFIRMAR!

  o que o branco sujava ==> eta branco sujão.

• alguem pra explicar essa ?

   

• TEM A CORREÇÃO DA PROVA NO YOUTUBE (Correção da prova do Colégio Pedro II)- - - -> QUESTÃO NÚMERO 18

  SIGNIFICADO DE "LUGAR-COMUM" ----> AQUILO QUE SE REPETE VÁRIAS VEZES :)

• O "lugar comum" seria o negro como produtor da sujeira, o que é negado - e não ratificado, daí ser a alternativa B a incorreta!- pelo último verso da canção ("Eta branco sujão"). Ou seja, na verdade quem suja mesmo é o branco, revertendo, desconstruindo, quebrando a expectativa em relação ao que fora proposto nos primeiros versos.