SóProvas


ID
2842285
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.

MERLEAU-PONTY, M. Elogio dafilosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).


O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por

Alternativas
Comentários
  • Ele quer saber, segundo o texto, o que caracteriza o filósofo.

    "O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade...se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento."

    a) reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético

    b) ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias. 

    c) associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade

    d) conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento

    e) compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais. 

  • Pra quem ficou em dúvida em relação a "A", Merleau-Ponty era da Fenomenologia, não da Dialética

  • *Pontos a se destacar no trecho, que fala sobre os elementos constitutivos da atividade do filósofo:

    → posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade.

    → recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. 

    → o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.

    *O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por

    → conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.

  • Letra D

    ...O filosofo é o movimento que leva do saber à ignorância, da ignorância ao saber...

    A filosofia, sendo uma disciplina de caráter critico-argumentativa, busca por meio de questionamentos e por um método de analise, próprios do agir filosófico.

  • Quando a autora afirma que o gosto da ambiguididade, que "se chama equívoco", é parte inseparável da prática filosófica, ela está afirmando o método filosófico de aceitar a ignorância para permitir o exercício investigativo que conduz ao conhecimento. 

    A única resposta é letra D.

    As demais respostas se referem a métodos filosóficos como a dialética, o inatismo das ideias, mas não a elementos constitutivos da prática filosófica.

    Gabrito: D
  • Matheus Lucena,

    O pensamento do autor, no texto, de fato, estabelece uma relação dialética, entre o saber e a ignorância:

    "O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber(...)"

    Isso é dialética.

    O que torna a alternativa (A) incorreta é o termo opiniões. Filósofo não emite opiniões, visto que opinião não é baseada na razão. É a velha distinção entre Doxa (opinião) e Aleteia (verdade), estabelecida lá nos primórdios da Filosofia por Parmênides.

    Fenomenologia (o estudo dos fenômenos em si mesmos) não se contrapõe, de forma alguma, à dialética.

    Cuidado com os reducionismos.

  • Rigor investigativo - Filosofia absolutamente positiva.

    Inquietude do questionamento - "O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento."

  • Pura Interpretação de Texto "O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento."

    D conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.

    Resumo: O homem sempre está em constante questionamento e nunca chega a certeza de nada.

  • um filósofo sempre tem que investigar as coisas de maneira que ele entenda de maneira logica e usando a razão, mas tbm deve sempre se questionar se o que ele que descobriu não tem mais de um sentido.