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A Administração Pública gerencial revê as características principais do modelo burocrático, ou seja, as estruturas rígidas, a hierarquia, a subordinação, o controle de procedimentos, passando a direcionar a atuação para o controle de resultados pretendidos, deste modo retira o foco de controlar os meios e concentra-se nos fins, efetivando o controle a posteriori. Nesse contexto, o modelo gerencial possui maior ênfase no princípio da eficiência que, segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, não pode ser concebido senão na intimidade do princípio da legalidade, porquanto a busca da eficiência jamais seria justificada pela postergação daquele que é o dever administrativo por excelência.
Gab. D
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Gab. D
Letra A) São características do modelo burocrático, dentre outras, a especialização da Administração e padronização de procedimentos.Portanto, item INCORRETO
Letra B) a MERITOCRACIA é uma característica do modelo burocrático, ao passo que o clientelismo e nepotismo são características do patrimonialismo. INCORRETO
Letra C) O modelo gerencial apresentava uma estrutura horizontalizada. "O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções e incentivos à criatividade." (CHIAVENATO - Adm. Geral e Pública, provas e concursos.) Portanto, item INCORRETO
Letra D) CERTO. A Adm. Gerencial está apoiada na burocrática, da qual conserva, embora de forma flexível, alguns dos seus princípios fundamentais [...] A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de buscar nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública [...] (CHIAVENATO)
Letra E) ERRADO. "O programa de desregulamentação visa a simplificação e sistematização do aparato de leis e normas que afetam a gestão na administração federal." (Fonte: http://www.bresserpereira.org.br/documents/mare/cadernosmare/caderno15.pdf)
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No modelo de Administração burocrática são adotadas uma série de medidas cujo objetivo é a defesa da coisa pública, em contraposição ao período patrimonialista antecedente, cuja característica principal é a confusão entre patrimônio público, Estado, e o patrimônio particular do detentor do poder.
O modelo burocrático enfatiza aspectos formais, controlando processos de decisão, estabelecendo uma hierarquia funcional rígida, baseada em princípios de profissionalização e formalismo. Os procedimentos formais são feitos por funcionários especializados, com competências fixas, sujeitos ao controle hierárquico. Há a profissionalização do funcionário burocrático, que exerce o cargo técnico em razão de sua competência, comprovada por processo de seleção. Afasta-se o nepotismo e as relações de apadrinhamento. O exercício de cargos públicos passa a ser uma profissão, com remuneração previamente conhecida pelo indivíduo e pela sociedade. Houve, nesse período, a criação das primeiras carreiras para funcionários públicos e a realização dos primeiros concursos públicos, efetuados no Governo Vargas, na década de 30.
Na Administração burocrática, inicialmente não havia controle finalístico ou de resultados, pois o foco era tornar a Administração Pública impessoal. Esses objetivos somente apareceram com o surgimento da Administração gerencial.
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A) "Padronização de procedimentos" (Padrão = mesmo jeito, ideia de algo engessado | Procedimentos = Método ou processo) .Engessamento | Processo = Burocrático.
B) Clientelismo e nepotismo = Patrimonialismo
C) Horizontalização = Gerencialismo
D) Resultados, posteriori = Gerencialismo (CERTA)
E) Zzzzzzzz = AE ( Alternativa Embuste: sempre tem uma pra atrasar nosso tempo.)
Senhor, Dá-me inteligência para compreender. Memória para reter. Facilidade para aprender e Sutileza para interpretar. Amém! (São Tomás de Aquino)
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Praticamente a mesma questão aplicada em um concurso para a prefeitura de Macapá (Q930950):
A adoção do modelo gerencial de Administração pública trouxe, entre outras mudanças de paradigma em relação ao modelo burocrático,
--> o controle de resultados das ações públicas, exercido a posteriori, adicional ao controle meramente formal e apriorístico.
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Sobre a LETRA E:
O Núcleo Estratégico do Estado NÃO pode ser transferido para o terceiro setor, privatizado etc.
O item fala sobre os SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS.
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Gab.: Alternativa D
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL constitui um avanço e, até um certo ponto, um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto,que negue todos os seus princípios. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental
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GABARITO: D
A Administração Pública gerencial constitui um avanço, e, até certo ponto, um rompimento com a Administração Pública burocrática. Isso não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a Administração Pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva alguns de seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados.
Na Administração Pública gerencial a estratégia volta-se: para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade; para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; para o controle ou cobrança a posteriori dos resultados; adicionalmente, praticas e a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas.
No plano da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, afirma-se que a Administração Pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil, e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).
A Administração Pública gerencial inspira-se na administração de empresas privadas, mas não pode ser confundida com esta. Enquanto a receita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. Enquanto o mercado controla a administração das empresas, a sociedade-por meio de políticos eleitos-controla a Administração Pública.
Enquanto a administração de empresas está voltada para o lucro privado, para a maximização dos interesses dos acionistas, esperando que, através do mercado, o interesse coletivo seja atendido, a Administração Pública gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público
A Administração Pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. Os resultados das ações do Estado são considerados bons-não porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a Administração Pública burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas.
FONTE: SLIDES DO PROFESSOR DO QCONCURSOS (Prof. Rodrigo Janiques)
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GABARITO: LETRA D
O Modelo Gerencial Puro (em inglês – managerialism) foi criado na Inglaterra, durante o governo de Thatcher, em 1979, Abrucio (1997). As primeiras ações buscavam a reduzir custos e aumentar a eficiência da administração pública.
Sendo mais eficientes, as práticas do setor privado começam a serem inseridas na administração pública. Basicamente o gerencialismo tem como características principais: controle por resultados “a posteriori”, maior autonomia e flexibilidade, descentralização, responsabilidade (accountability), orientação para o cidadão, participação social, transparência e eficiência.
FONTE: NUCLEODOCONHECIMENTO.COM.BR
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Para resolução da questão em
análise, faz-se necessário o conhecimento da evolução da Administração Pública
no Brasil, sendo abordado mais especificamente o Gerencialismo.
Diante disso, vamos a uma breve
contextualização.
Segundo
Paludo, em 1995 começa a era Fernando Henrique Cardoso, e com ela o firme propósito de que o Estado deveria coordenar
e regular a economia, e, finalmente, começa a reforma da administração rumo
ao modelo gerencial. Em uma época de globalização da economia, o desafio de FHC
era redefinir a atuação do Estado e da Administração Pública, com vistas à
integração competitiva do país na economia mundial. Era necessária a
modernização para adequar Estado e Administração à nova ordem econômica.". (PALUDO, 2013, p. 94).
Com
efeito, ocorreu a criação do Ministério da Administração e Reforma do Estado
(MARE) e nomeado como ministro Bresser-Pereira, que é o criador do Plano
Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE). Sendo o marco do
gerencialismo no Brasil.
Ante o exposto, vamos analisar cada item.
A) Errado,
pois é justamente o contrário do que afirma o item, pois o modelo burocrático
que pregava a especialização da Administração e
padronização de procedimentos.
B) Errado, pois o modelo
burocrático é que tem como característica a meritocracia, visando suprimir o
modelo do Patrimonialismo, que tinha como características o clientelismo e o
nepotismo.
C) Errado,
pois ao contrário do que afirma a questão, é o modelo burocrático que possui
estruturas verticais, dado ao alto nível de hierarquização e centralização.
D) Certo, pois no modelo do
Gerencialismo o foco passa a ser nos resultados (a posteriori) e não nos meios,
como antes na burocracia. O excesso de controles e a visão introvertida são
disfunções burocráticas que o modelo gerencial visa combater com a mudança de
foco. Deste modo, o resultado começa a ter importância e não somente a execução
do processo.
E)
Errado, pois não existiu a transferência a entidades
do terceiro setor de atividades próprias do núcleo estratégico do Estado, que é
constituído pela cúpula dos três poderes. Os Serviços não exclusivos do estado
que foram descentralizados para o terceiro setor por meio da publicização e não
atividades do núcleo estratégico como afirma a questão.
Gabarito
do Professor: Letra “D".
Fonte:
Paludo, Augustinho Vicente. Administração Pública. 3ª Ed. –
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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Gabarito D
Modelo Gerencial: Controle a posteriori >>resultado>>fins
Modelo Burocrático: Controle a priori >>> processo>>>meios