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ID
2856634
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Niterói - RJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Controle Externo
Assuntos

Um Município em crise financeira, sem conseguir arcar com os salários de seus servidores, decide realizar a compra, já prevista na Lei Orçamentária Anual, de uma frota de carros de luxo para os secretários municipais.


Com base nos focos de fiscalização pertinentes ao controle externo, esse tipo de ato deveria ser analisado sob a perspectiva da

Alternativas
Comentários
  • Foco das fiscalizações

    Legalidade: Verifica se a conduta do gestor guarda consonância com as normas aplicáveis, de qualquer espécie

    Legitimidade: Verifica se o ato atende ao interesse público, à impessoalidade e à moralidade.

    Economicidade: Analisa a relação custo/benefício da despesa pública.


    Fonte: Estratégia Concurso

  • Resposta correta, letra "b".

  • Trechos retirados do livro Controle Externo (Luis Henrique Lima, 2018)

    "Para Mileski: legitimidade seria então estar conforme à lei e ao Direito. Contudo, deixa de encerrar apenas uma conformação de natureza legislativa, indo mais além, na medida em que se estrutura em fundamentos de moralidade, identificando-se com os valores, princípios e fins que regem a ação administrativa, na consecução dos objetivos estatais – o interesse público.

    [...]

    Segue-se que a legitimidade da conduta do administrador não se decide em abstrato, mas resulta do confronto com o caso concreto (...) Se uma despesa resulta de um comportamento cuja falta de razoabilidade evidencia, para além de qualquer dúvida possível ou imaginável, óbvio descompasso com o sentido da lei, dadas as circunstâncias concretas do caso, o Tribunal de Contas deveria fulminála sem receio de estar ingressando no mérito do ato. (Bandeira de Mello)"

    Bons estudos!

  • LEGITIMIDADE = moral, ética, costumes, MORALIDADE.

    Bons estudos.

  • Segundo o mesmo dispositivo da Constituição (art. 70, caput), os aspectos a serem verificados nas fiscalizações, ou seja, os possíveis focos do controle são: legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas (conhecimento como LeLe E AR). 

    O controle de legitimidade verifica se o ato atende ao interesse público, à impessoalidade e à moralidade.

    Então eu lhe pergunto: você acha que a compra de carros de luxo, num município que está em crise financeira (sem conseguir nem arcar com os salários de seus servidores), atende aos princípios da moralidade e impessoalidade?

    Claro que não! 

    Por isso que esse tipo de ato deveria ser analisado sob a perspectiva da legitimidade!

    Ressalte-se que a aquisição poderia até ter sido legal, caso estivesse autorizada na lei orçamentária do município. Esse seria o controle sob a perspectiva da legalidade, que verifica se a conduta do gestor guarda consonância com as normas aplicáveis, de qualquer espécie - leis, regimentos, resoluções, portarias, etc. Mas certamente não atendeu aos princípios da moralidade e impessoalidade.

  • Gab. B

    Para quem marcou a A

    EXEMPLOS DE ATOS LEGAIS, MAS ILEGÍTIMOS

    1. A aquisição de produtos para uma creche obedeceu rigorosamente aos ditames da legislação de licitações e contratos. Referido certame atendeu ao princípio da legalidade. Verificou-se, no entanto, que entre os produtos adquiridos, havia grande quantidade de bebidas alcoólicas destiladas. Tal circunstância macula a legitimidade do ato.
    2. Uma Prefeitura de município paupérrimo, cuja população sofre os efeitos de prolongada seca, e cujo Prefeito, em vez de optar por reparar a única ambulância disponível para atendimentos de urgência, decide adquirir nova e luxuosa viatura para uso de representação. A aquisição pode ter sido legal, desde que houvesse previsão orçamentária, e desde que respeitados os procedimentos licitatórios pertinentes. Não obstante, a despesa terá sido ilegítima, eis que escandalosamente afrontosa a um dos direitos sociais da cidadania – a saúde –, ofendendo o bom senso e o princípio da moralidade administrativa

    A legitimidade não observa apenas as formas prescritas ou não defesas pela lei, mas também se sua substância se ajusta a esta, assim como aos princípios não jurídicos da boa administração. 

    Legalidade, no caput do art. 70 da CF, refere-se ao controle da obediência das normas legais pelo responsável fiscalizado. O controle da legalidade verifica a obediência às formalidades e aos preceitos previstos no ordenamento jurídico positivo. 

  • A legitimidade abarca tanto a legalidade quanto os princípios, dentre eles o da moralidade

  • LETRA B

    Segundo o mesmo dispositivo da Constituição (art. 70, caput), os aspectos a serem verificados nas fiscalizações, ou seja, os possíveis focos do controle são: legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas (conhecimento como LeLe E AR). 

    O controle de legitimidade verifica se o ato atende ao interesse público, à impessoalidade e à moralidade.

    Então eu lhe pergunto: você acha que a compra de carros de luxo, num município que está em crise financeira (sem conseguir nem arcar com os salários de seus servidores), atende aos princípios da moralidade e impessoalidade?

    Claro que não! 

    Por isso que esse tipo de ato deveria ser analisado sob a perspectiva da legitimidade!

    Ressalte-se que a aquisição poderia até ter sido legal, caso estivesse autorizada na lei orçamentária do município. Esse seria o controle sob a perspectiva da legalidade, que verifica se a conduta do gestor guarda consonância com as normas aplicáveis, de qualquer espécie - leis, regimentos, resoluções, portarias, etc. Mas certamente não atendeu aos princípios da moralidade e impessoalidade.

    Prof. QC