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ID
2858248
Banca
UFTM
Órgão
UFTM
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   Saúde Mental: Precisamos falar sobre depressão

   Mais de 11 milhões de brasileiros foram diagnosticados com a depressão, segundo a Pesquisa Nacional

de Saúde. Os jovens estão entre os mais afetados pela doença que, segundo previsão da Organização

Mundial da Saúde (OMS), poderá ser a mais incapacitante do mundo até 2020.

A juventude enfrenta desafios muitas vezes sem amparo da família ou do poder público, incluindo o

trabalho, a pressão pela sua formação escolar e escolhas de vida. Consequentemente, a saúde mental é

afetada desencadeando doenças como a depressão e a ansiedade. Frases como “fica bem”, “você precisa se

esforçar” ou “fica tranquilo” são comuns a quem está nessa condição, mas não funcionam para quem passa

todos os dias por isso.

A escola pode ser um dos grandes motores para esse problema na vida dos estudantes. Números indicam

que 56% dos alunos brasileiros ficam mais estressados durante os estudos, de acordo com o Programa de

Avaliação Internacional de Estudantes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE). Os baixos investimentos em uma educação pública de qualidade e a falta de suporte aos jovens

ampliam ainda mais esse número.

A população ainda desconhece, na prática, a doença e confunde muitas vezes como mera “tristeza” ou

“baixo astral”. Antônio Geraldo da Silva, superintendente técnico da Associação Brasileira de Psiquiatria

e presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina (APAL), afirma que "depressão não é frescura

nem falta de religiosidade. É transtorno psiquiátrico e precisa ser diagnosticado e tratado como tal".

Antônio Geraldo ressalta que é preciso quebrar o preconceito relacionado às questões de saúde mental,

levando informações corretas à população. “A psicofobia (discriminação contra os portadores de

transtornos e deficiências mentais) é um grande obstáculo a ser transpassado para que a população não

tenha vergonha de procurar ajuda”, afirma o psiquiatra.

De acordo com Antônio, alguns cuidados podem ser tomados para que se tenha uma boa saúde mental:

aumentar a frequência de exercícios físicos, mantendo a prática regular; cuidar da alimentação; aumentar a

frequência de atividades prazerosas, sozinhas ou em grupo, tudo isso ajuda a manter uma boa saúde mental.

“O isolamento social é comprovadamente adoecedor”, ressalta o psiquiatra.

Antônio destaca que “quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento da depressão e/ou ansiedade, mais

fácil de se tratar e devolver ao paciente uma vida sem prejuízos”.

A situação deve ser tratada como questão de saúde pública para prevenir que os jovens aumentem as

estimativas sobre a doença. Para quem sofre com a depressão e a ansiedade, a vida perde cores, levando

muitos a tirarem a própria vida como única solução. Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de

óbito entre os jovens de 10 a 24 anos, de acordo com a OMS.

A vida se torna um peso a ser carregado por quem sofre dos estágios mais avançados da doença. A taxa

de suicídios de jovens subiu 10% desde 2002, entre a população de 15 a 29 anos no Brasil de acordo com

o Mapa da Violência de 2017, publicado com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade

(SIM) do Ministério da Saúde.

As mortes por suicídio estão diretamente ligadas a transtornos mentais diagnosticados ou não, tratados

de forma inadequada ou não tratados de forma alguma. De acordo com Antônio Geraldo, “quanto mais as

pessoas tiverem acesso à informação, entendendo que o suicídio é uma emergência médica, mais chances

teremos de diminuir os números relacionados a essa triste realidade”.

“Pensar em saúde mental de qualidade é entender que o psiquiatra não é ‘médico de loucos’,

incentivando a busca por auxílio psiquiátrico sempre que observados os sintomas iniciais de quaisquer

transtornos”, conclui Antônio.

(GUAGLIANOME, Diego. #SaúdeMental: Precisamos falar sobre depressão. Disponível em https://ubes.org.br/2018/saudemental-precisamos-falar-sobre-depressao/ . Acessado em 26/09/2018)

Releia o trecho: “De acordo com Antônio, alguns cuidados podem ser tomados para que se tenha uma boa saúde mental...” e assinale a alternativa em que a colocação pronominal se justifica pelo mesmo motivo, segundo a norma culta:

Alternativas
Comentários
  • Próclise

    A colocação pronominal deverá ser feita antes do verbo apenas quando houver palavras atrativas que justifiquem o adiantamento do pronome, como:

    -- Conjunções subordinativas (embora, se, conforme, logo,...).


    Ex.: Embora o faça, sei que é errado.


    Ex.: Cumpriremos o acordo se nos agradar.


    fonte: https://www.normaculta.com.br/colocacao-pronominal/

  • Não entendi! Pra mim todas as palavras que antecedem o pronome são palavras atrativas... Jamais, que e onde

  • A palavra atrativa no enunciado é uma conjunção integrante "QUE" assim como o "SE" da alternativa B

  • Alguma alma caridosa por favor pode explicar melhor?


    "A palavra atrativa no enunciado é uma conjunção integrante "QUE" assim como o "SE" da alternativa B"

  • Todas as alternativas apresentam palavras atrativas que justificam a próclise. A questão é saber por quê. Aí que o caldo engrossa.

    O enunciado traz um exemplo de oração subordinada adverbial. A razão pela qual o pronome é colocado antes do verbo é por causa da conjunção subordinativa adverbial ("para que"), que introduz a oração subordinada adverbial e puxa o pronome pra perto de si. Temos que achar, dentre as alternativas, aquela que contém uma conjunção do mesmo tipo.

    a) "Onde" está exercendo o papel de pronome relativo (substitui um termo da oração principal dentro da subordinada).

    b) GABARITO. "Se" está exercendo o papel de conjunção subordinativa adverbial (introduz uma oração subordinada adverbial)

    c) "Jamais" é um advérbio de negação.

    d) "Que" está exercendo o papel de pronome relativo dentro da oração subordinada adjetiva.

  • Alguém pode explicar de maneira didática?

  • Gabarito B


    Atenção, todas as colocações estão corretas, mas o enunciado pede uma que seja pelo mesmo motivo dado. Na B e no enunciado temos conjunções integrantes.


    SE/QUE

    Dá-se o nome de conjunção integrante a cada uma das conjunções que iniciam as orações subordinadas com função sintática de sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, complemento nominal, ou aposto de outra oração (são elas: que, se).


    erros, inbox

  • SE é atraído por uma CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA FINAL( PARA QUE), a única alternativa que também tem uma CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA É A LETRA B ( condicional). Professor Elias Santana explica a questão em seu Insta!!! ;)

  • Para não dá errado,basta fazer certo.

  • Letra B.

    Em próclise: pronome colocado antes do verbo;>>>>>>>Ele se feriu gravemente.
    Em ênclise: pronome colocado depois do verbo;>>>>>>>Ele feriu-se gravemente.
    Em mesóclise: pronome colocado no meio do verbo.>>> Assim que oportuno, contar-lhe-ei detalhes da história.

    O que atrai a próclise?

    - Palavra de sentido negativo antes do verbo. (Ex: Não se esqueça de mim.)

    - Conjunções e locuções subordinativas antes do verbo (Ex: Soube que me negariam.)

    - Advérbios sem vírgula (Ex: Agora se negam a depor.)

    - Pronomes relativos antes do verbo (Ex: Identificaram-se duas pessoas que se encontravam desaparecidas.)

    - Pronomes interrogativos antes do verbo (Ex: Quem te fez a encomenda?)

    - Pronomes indefinidos antes do verbo (Ex: Poucos te deram a oportunidade.)

    - Entre a preposição em e o verbo no gerúndio. (Ex: Em se plantando tudo dá.)

    Dica----- Fique de olho no sujeito!! 

    Quando o sujeito se encontrar antes do verbo, o pronome é aceito com ênclise ou próclise (neste caso não há palavra atrativa, nem proibição para ênclise. Portanto, o pronome pode ser deslocado) 

    Ex: O carrasco se preparava para o gesto fatal------ próclise

    Ex: O carrasco preparava-se para o gesto fatal------- ênclise

    Quando houver a presença do advérbio será admitido apenas a próclise. (o advérbio é atrativo)

    Ex: Não me façam sofrer muito.------- Presença do advérbio "não"

    Obs. As palavras que e “se” quando for uma conjunção subordinativa integrante, atraem a próclise e, nesse caso, o pronome deverá vir antes do verbo.

    Ex. O juiz então ordenou que o (pronome) fuzilassem (vtd).

    Ex. alguns cuidados podem ser tomados para que se tenha uma boa saúde.

    "Que" é termo que resulta no pronome antes do verbo (próclise obrigatória), assim como pronomes relativos, advérbios, palavras de sentido negativo e pronomes indefinidos. Deste modo, não é possível que haja ênclise neste caso.

  • Na A temos um Pronome Relativo atraindo;

    Na B Temos uma Conjunção Condicional, o que preenche a exigência da questão, já que no enunciado também temos atração por conjunção a qual introduz uma Subordinada Substantiva Objetiva Indireta; GABARITO B

    Na C temos atração por advérbio;

    Na D temos atração por Pronome Relativo.

  • Que Questão top.

    Errei, mas que foi top foi. kk

  • Questão muito legal!

  • Excelente questão, bem bolada, sem invenções mirabolantes! Oxalá que todas tivessem esse nível!

  • Ótima questão mesmo, viu

  • Questão excelente!


  •  Excelente questão!!!

    "Para que" é uma conjunção que pede próclise. Logo, temos que encontrar uma alternativa que mantenha o mesmo padrão de próclise.

    LETRA C

  • conjuncao subordinativa

  • Sei que "jamais" é advérbio, como a palavra "não". Mas posso considerá-la como uma palavra de sentido negativo?!

    Ao meu ver, sim...

  • GABARITO: B

    "alguns cuidados podem ser tomados para que ISSO"  <<<<< >>>> Cumpriremos o acordo DISSO

    CONJUNÇÃO INTEGRANTE >>SUBORDINADA

  • Professor Thállius Morais disse que os examinadores se reúnem nas noites sombrias em volta de um caldeirão e ficam planejando como destruir a vida dos concurseiros, essa questão é prova disso.

  • OLha, questão boaa... fiquei vidrado no pronome relativo e não percebi que era uma oração subordinada... bem criativa a banca

  • Gabarito letra B

    A próclise, dentre outras, é usada em:

    Conjunções e locuções subordinativas antes do verbo.

    (Que, se, como, quando, assim que, para que, à medida que, já que, embora, consoante etc.)

    Ex.: Soube que me negariam.

    Fonte: A gramática para concursos públicos. Fernando Pestana.

  • para que = conjunção subordinativa final

    se = conjunção subordinativa condicional

  • Barney Concurseiro, seu comentário é sim engraçado, mas falha na afirmação final, pois a questão é bem fácil de se resolver, basta estudar e se esforçar na resolução de questões e um dia, antes ou depois, chega-se a dominar o assunto e não parecem mais tão difíceis; na A e na D, os pronomes oblíquos são atraídos por pronomes relativos, na C, é atraído por um advérbio de negação, então fica fácil individuar a correta, pois nela o pronome oblíquo é atraído por uma conjunção, q é o mesmo caso do enunciado.

  • Aos que pensam em desistir depois de uma questão dessa, digo-lhes: RESILIÊNCIA Porque eu demorei 2 anos e só acertei agora kkkkkk

    Você acertou!.Em 29/09/20 às 17:08, você respondeu a opção B.

    Você errou!Em 25/04/20 às 15:16, você respondeu a opção D

    Você errou!Em 07/03/19 às 10:59, você respondeu a opção D.

    Você errou!Em 26/01/19 às 21:07, você respondeu a opção D.

    Você errou!Em 21/01/19 às 15:04, você respondeu a opção A.

  • Colocação pronominal após conjunção subordinativa.

    Gabarito B