O compromisso com valores emancipatórios é essencial para direcionar a humanidade para outra forma de sociabilidade, mesmo quando nos referimos ao exercício profissional do assistente social, por mais limitado que seja. Tal limitação ao assistente social se refere à limitação da resposta que se dá à sequela da questão social — atendida de forma parcial e fragmentada —, que se refere à limitação institucional, manifestada no dia a dia profissional enquanto alienação do processo de trabalho, ao fato de o profissional não possuir autonomia para determinar os recursos que lhe estarão a disposição, seus horários, as linhas-mestras de intervenção etc.
http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n117/03.pdf
Segundo Iamamoto, o assistente social, enquanto trabalhador assalariado, possui uma relativa autonomia na condução de suas ações. Isso significa que ele não dispõe de todos os meios e condições necessárias para a efetivação de seu trabalho, sendo parte deles fornecidos pelas entidades empregadoras, como recursos materiais, humanos e financeiros, etc.
Quando o assistente social vende sua força de trabalho em troca de salário, ele está submetendo-se às exigências impostas por quem a comprou, ou seja, sua atuação está limitada às políticas, às diretrizes, aos objetivos e recursos da instituição empregadora. Assim, o profissional está envolto a esse processo de alienação característico do trabalho assalariado, sendo a dimensão política uma forma de neutralizar a alienação da atividade, mas não de eliminá-la completamente.
Importante observar que, se há uma violação da autonomia da condução de suas ações e na forma de execução de seu trabalho, o processo de alienação não será neutralizado, muito menos eliminado.
Gabarito: certo
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