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ID
2867290
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
FUB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

    O conteúdo semântico original do termo editor, do latim editoris, indica precisamente aquele que gera, aquele que produz, o que causa, o autor, em consonância com o verbo edere, que significa parir, publicar (uma obra), produzir, expor. O termo é correlato ao adjetivo grego ékdotos (entregue, dado, revelado), conexo com o substantivo ékdosis, que, em sentido especializado, significa publicação, tratado ou edição da obra de um autor.

Emanuel Araújo. A construção do livro: princípios da técnica de editoração. Rio de Janeiro: Lexikon, 2012 (com adaptações).

Considerando o texto precedente, julgue o item que se segue, a respeito dos princípios e da história da editoração e da normalização geral de textos.

Os vocábulos estrangeiros mencionados no texto apresentam realce gráfico que não poderia ser substituído por aspas, uma vez que o uso destas restringe-se a citações diretas.

Alternativas
Comentários
  • Resposta ERRADA. As aspas também podem ser usadas para destacar palavras/termos. Não se restringe à apenas citação. MAS é ->preferível<- que use o itálico.
  • Estrangeirismo é o emprego ou incorporação de palavras, expressões e construções provenientes de outros idiomas por meio de um processo natural de assimilação cultural, proximidade geográfica ou por imposição.

    O Manual de Comunicação da Secretaria Especial de Comunicação (Secom) normatiza o assunto da seguinte maneira:

    - evitar o uso de palavras estrangeiras se já existir uma forma aportuguesada (uísque no lugar whisky, por exemplo);

    - preferir o termo equivalente em português no lugar da palavra estrangeira (cardápio no lugar de menu, por exemplo);

    - não grafar em itálico o termo estrangeiro incorporado à língua portuguesa na sua forma original e registrados nos dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras (marketing, por exemplo);

    - grafar em itálico as palavras estrangeiras não incorporadas ao português na sua forma original e as que precisam ser traduzidas ou explicadas ( tradings e spread, por exemplo);

    - grafar em itálico as citações em língua estrangeira, que devem ser traduzidas mesmo que bastante conhecidas, e escrever a tradução entre parênteses, sem itálico, entre aspas. ("Libertas quae sera tamen", "Liberdade ainda que tardia", por exemplo).

    Ramos (2014) defende que as palavras estrangeiras, os apelidos, as citações de outros autores e as gírias devem ser acompanhadas pelas aspas.

    Para Brechara (2009), as aspas devem ser empregadas no uso de palavras estrangeiras e de gírias, para dar sentido especial a uma expressão e para ressaltar uma expressão dentro do contexto.

    Com base nessas explicações, podemos concluir que o realce gráfico nos vocábulos estrangeiros mencionados no texto poderia ser substituído por aspas. A afirmação, portanto, está errada.

    Gabarito do professor: Errado.

    Bibliografia:

    - Ramos, Zulemay. Gramática Aplicada à Revisão de Texto. Clube de Autores. 2014.

    - Estrangeirismo. Manual de Comunicação da Secom – Senado Federal. Disponível em https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/redacao-e-estilo/estilo/estrangeirismo. Acesso: Abril de 2021.

    - Brechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37.ª Edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.