A questão trata das questões trabalhistas que afetam diretamente um orçamento de obras. Os encargos são aqueles adicionais pagos ao emprego ou ao governo por força de lei, acordos, convenções ou dissídio coletivo. Falamos aqui em adicionais pois os encargos são valores diferentes do salário, valor diretamente pago ao empregado pela prestação dos serviços. Uma grande diferença aqui é que o salário pode ser acordado entre as partes, já os encargos não.
Os encargos também se dividem entre os trabalhistas, como férias e 13º salário, e os sociais, como FGTS e Previdência Social. Uma diferença entre eles é que os encargos trabalhistas são pagos diretamente ao empregado, enquanto os sociais, também conhecidos como indiretos, são pagos a instituições do governo para repasse ao trabalhador mais tarde ou quando necessárias.
Não podemos dizer que os abonos são pagos ao trabalhador no final de seu contrato de trabalho, pois a legislação prevê diversas situações em que o FGTS, depositado mensalmente pelo empregador, pode ser usado pelo empregado. Essas situações englobam demissão sem justa causa, aquisição de moradia própria, necessidades decorrentes de desastres naturais etc. Já a previdência social, que visa à aposentadoria, também é depositada mensalmente pelo empregador e pelo empregado e não pode ser retirada ao final do contrato de trabalho. Outros encargos sociais, como salário educação e acidente de trabalho também seguem suas regras próprias, conforme legislação.
Portanto, conclui-se que a afirmação está ERRADA, pois os encargos não são pagos ao final do trabalho em forma de pecúnia (dinheiro).
Gabarito do Professor: ERRADO.
FONTE: COSTA, Adriana. Encargos sociais e trabalhistas no custo da mão-de-obra em uma empresa fabricante de veículos de passeio e comerciais leves. Dissertação (mestrado): Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Santa Catarina, 2003.