Questão 2887564

• Banca: COVEST-COPSET
• Órgão: UFPE
• Ano: 2017
• Provas: COVEST-COPSET - 2017 - UFPE - Assistente em Administração
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Morfologia - Pronomes; Pronomes relativos; Redação - Reescritura de texto

TEXTO 1 

                             Os camelos do Islã

Por Reinaldo José Lopes

      Quando a gente pensa em eventos históricos, precisa sempre levar em conta um termo meio técnico, meio filosófico, sem o qual é muito fácil cometer escorregadas feias. O termo é contingência. Em outras palavras, o papel do que poderíamos chamar de coincidência ou acaso em mover as engrenagens da história, e o fato de que os eventos históricos são caóticos, quase que no sentido físico do termo: alterações minúsculas podem conduzir a efeitos gigantes.

      Por que estou me saindo com essa conversa mole? Bem, porque escrevi não faz muito tempo uma reportagem para esta Folha contando como uma série de alterações climáticas ligadas a erupções de vulcões a partir do século 6º d.C. parecem ter contribuído para acabar com o mundo antigo e “criar” a Idade Média.

      No texto original, acabou não cabendo um detalhe absolutamente fascinante: segundo os modelos computacionais climáticos usados pelos pesquisadores suíços que assinam o estudo, um dos efeitos do frio intenso trazido pela erupção vulcânica pode ter sido um considerável aumento da umidade — chuva, portanto — na Arábia. E daí, perguntará você?

      Bom, mais chuva = mais grama para os camelos e cavalos comerem. Mais camelos e cavalos = mais poderio militar para as tribos árabes. As quais, no período de que estamos falando, tinham acabado de adotar uma nova e empolgante ideologia religiosa trazida por um certo profeta chamado Maomé — uma ideologia que estava “pronta para exportação”, digamos assim.

      Aí a gente cai de novo na tal da contingência. A expansão árabe certamente não teria acontecido sem o surgimento do Islã — mas talvez não fosse viável sem aquele monte de camelos e cavalos que só nasceram graças a algumas erupções vulcânicas. Fatores assim interagem o tempo todo, e dificilmente a gente tem clareza suficiente para entendê-los na hora em que estão ocorrendo, ou mesmo muitos séculos depois.

In: http://darwinedeus.blogfolha.uol.com.br/2016/03/08/os-camelos-do-isla/ Acesso em: 30 set. 2016

O trecho: “no período de que estamos falando.” (4º parágrafo) também estaria em conformidade com a norma-padrão em:

• A. ‘no período que pensamos’.
• B. ‘no período a que evitamos citar’.
• C. ‘no período a que nos referimos’.
• D. ‘no período que temos interesse’.
• E. ‘no período cuja história não sabemos’.

Gabarito: C

Comentários

• a) no perído EM que pensamos (quem pensa, pensa em algo...)

  b) no período que evitamos citar (quem cita, cita algo, alguma coisa...)

  c) no período a que nos referimos (quem se refere, se refera a alguma coisa...)

  d) no período EM que temos interesse ( quem tem interesse, tem interesse em algo...)

  e)no período DE cuja história não sabemos (quem sabe, sabe de alguma coisa...)

   

  Letra C

• PQ letra ( B ) está errada ? se quem cita algo, cita

  a alguma coisa ???

• Caro Luiz Vieira,

  Na alternativa (b) ele afirma "no período a que EVITAMOS citar". Esta afirmativa é falsa, pois quando ele fala de um determinado período, ele está se referindo ao mesmo conforme afirmativa (C) "no período a que nos referimos" que é a alternativa correta.

  Resumindo: quando estamos citando ou falando de alguma coisa, na verdade, estamos nos referindo a mesma. Espero ter ajudado.

  Bons estudos a todos!!!

• Luiz Vieira:

  Creio que a alternativa B esteja errada justamente pelo "a" que está antes do "que", pois o verbo citar é transitivo direto, portanto não teria que ter aquela preposição ali, assim o certo seria "no período que evitamos citar’.

• As quais, no período de que estamos falando

  Quem esta falando? Nos ( 3 pessoa do plural )

  Logo Resposta Letra C , por se tratar da mesma pessoa do discurso

• faltou a crase,não?

• É a "c" gente...é a mais pausivel...

  Aí vai muito da interpretação do texto.

• Só não coloquei a alternativa "c" porque, pra mim, o correto deveria ser "ao que"...

• Creio que a letra E também está correta, visto que o verbo SABER admite dupla regência (VTD E VTI).

• Analisaremos as alternativas abaixo para verificar em qual delas se encontra a resposta correta para a questão:

  A) Essa alternativa está errada, pois aqui falta a preposição "em".

  B) Essa alternativa está errada, pois aqui não deveria haver a preposição "a".

  C) Essa alternativa está correta, já que o verbo "referir" admite complemento com a preposição "a".

  D) Essa alternativa está errada, pois aqui falta a preposição "em".

  E) Essa alternativa está errada, já que o pronome "cuja" não se encaixa neste caso.

  Logo, podemos concluir que a resposta certa está na alternativa C.

  Gabarito dado pela banca: letra C.

  Gabarito do professor: letra C.

• Acho nesse caso, a que faz mais sentido, a letra C

• Letra C

  .. No período a que nos referimos.

• Fabiano, o substantivo masculino que antecede o pronome "cujo" não exige crase.