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ID
2907565
Banca
FCC
Órgão
Prefeitura de Recife - PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Entre os princípios que regem e informam a atuação da Administração pública, o da proporcionalidade tem especial aplicação

Alternativas
Comentários
  • Gabarito = Letra A

     

    palavra mágica = na medida do necessário

  • A - Na imposição de restrições de direitos individuais, em decorrência do exercício do poder de polícia, predicando que se dê apenas na medida do necessário para a preservação do interesse público envolvido.

    Correto - Na proporcionalidade/razoabilidade, verifica-se a compatibilidade entre meios e fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas praticadas pela Administração, especialmente nos atos discricionários.

    B - quando a aplicação do princípio da legalidade não enseja a melhor solução para Administração, podendo ser afastado ou mitigado.

    Errado - O Princípio da Legalidade significa que o agente público somente pode fazer aquilo que a lei autoriza ou determina.

    C - como complemento ao princípio da razoabilidade, o qual não comporta aplicação autônoma em face de seu caráter acessório.

    Errado - Razoabilidade e Proporcionalidade caminham juntos, não sendo um acessório do outro. A doutrina entende, em sua maioria, que são expressões sinônimas, apesar de podermos diferenciá-las como "bom senso" e "compatibilidade entre meios e fins", respectivamente.

    D - para mitigar** o princípio da publicidade, especialmente quando a divulgação de ações administrativas não se mostre conveniente ou oportuna.

    Errado - A publicidade poderá ser restringida quando houver motivo de segurança da sociedade ou do Estado, ou em casos de proteção à intimidade ou privacidade. Mas não devido a conveniência e oportunidade.

    ** aliviar, abrandar

    E - para ajustar a cobrança de impostos ou taxas, que pode ser afastada ou reduzida, a critério da Administração e mesmo que não haja previsão legal, quando assim justificar a situação econômica do contribuinte.

    Errado - Mais uma vez, principio da legalidade, como na alternativa B.

    Espero ter ajudado!

    Sorte a todos!

  • BIZÚ: "NÃO SE MATA MOSCA, COM TIRO DE CANHÃO"

  • GABARITO: "A".

    O grande fundamento do princípio da proporcionalidade é o excesso de poder, e o fim a que se destina é exatamente o de conter atos, decisões e condutas de agentes públicos que ultrapassem os limites adequados, com vistas ao objetivo colimado pela Administração, ou até mesmo pelos Poderes representativos do Estado. Significa que o Poder Público, quando intervém nas atividades sob seu controle, deve atuar porque a situação reclama realmente a intervenção, e esta deve processar-se com equilíbrio, sem excessos e proporcionalmente ao fim a ser atingido.

    Fonte: José dos Santos Carvalho Filho (2015)

  • GAB A

     

    PROPORCIONALIDADE:

     

    ⤵ DESTINA-SE A CONTER ATOS, DECISÕES E CONDUTAS DE AGENTES PÚBLICOS QUE ULTRAPASSAM OS LIMITES ADEQUADOS  [CONTROLE DE ABUSOS];

     

    ⤵ ASPECTO DA RAZOABILIDADE VOLTADO À AFERIÇÃO DA JUSTA MEDIDA DA REAÇÃO ADMINISTRATIVA DIANTE DA SITUAÇÃO CONCRETA.

     

    PROIBIÇÃO DE EXAGEROS NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA.

     

     

     

  • Dica: Poderias ir direito ao ponto se soubesse que a proporcionalidade serve de limite para os atos administrativos discricionários.

    Segundo J. dos Santos C. F. Vc identifica que alguém está sendo desproporcional a partir do momento em que esta pessoa age com excesso naquilo que faz.

    Também aparece em prova:

    É o equilíbrio entre os meios e os fins do ato administrativo.(Carvalho)

    O princípio da Administração Pública que se fundamenta na ideia de que as restrições à liberdade ou propriedade privadas somente são legítimas quando forem necessárias e indispensáveis ao atendimento do interesse público (Q109249)

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • Elementos do princípio da PROPORCIONALIDADE

    .

    1. ADEQUAÇÃO: equilíbrio entre meios e fins

    2.EXIGIBILIDADE : necessário, menos gravoso

    3. PROPORCIONALIDADE : vantagens SUPERAR desvantagens.

    .

    Fonte.. resumo direito administrativo Lucas pavione.

  • Lembrei da dica na apostila: não se atira em pardais com canhões.

    GABA a

  • Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade

    Estão implícitos em algumas leis e decorrem da CF/88. Para alguns a proporcionalidade é uma face da razoabilidade. Para a maioria podem ser tomados como sinônimos.

    Atuação razoável: é aquela aferida de acordo com os critérios do homem médio, que parece adequada e razoável.

    Atuação proporcional: é a que possui adequação entre os meios escolhidos e o fim almejado pela administração.

    São complementares

    Nenhum princípio é acessório ao outro

  • Regiane Costa, se os pardais forem a bandidagem, atira sim rsrsrsrs

  • RAZOABILIDADE e PROPORCIONALIDADE

    São fundamentos de caráter instrumental na solução de conflitos que se

    estabeleçam entre direitos, notadamente quando não há legislação infra-

    constitucional específica abordando a temática objeto de conflito.

  • Apenas um exemplo de aplicação do princípio da proporcionalidade para nunca mais esquecer:

    Na imposição de restrições de direitos individuais: ocorre por exemplo toda vez que um delegado de polícia representa pela prisão preventiva de uma pessoa, o delegado terá que fundamentar o pedido explicando que a prisão é medida extrema, porém necessária e adequada (ou seja, proporcional) porquanto estaria preenchidos os requisitos do art. 312 do CPP. Ou seja, o delegado representa pela prisão ao juiz fundamentando que a  restrição do direito individual (liberdade) se dê na medida do necessário para a preservação do interesse público envolvido (segurança, paz, etc das outras pessoas). 

    Questãozinha difícil só acertei porque lembrei desse exemplo.

    Tudo no tempo de Deus, não no nosso.

  • LIMITES AO PODER DE POLÍCIA

    Quanto ao objeto, ou seja, quanto ao meio de ação, A AUTORIDADE SOFRE LIMITAÇÕES, MESMO QUANDO A LEI LHE DÊ VÁRIAS ALTERNATIVAS POSSÍVEIS. TEM AQUI APLICAÇÃO UM PRINCÍPIO DE DIREITO ADMINISTRATIVO, A SABER, O DA PROPORCIONALIDADE DOS MEIOS AOS FINS; ISTO EQUIVALE A DIZER QUE O PODER DE POLÍCIA NÃO DEVE IR ALÉM DO NECESSÁRIO PARA A SATISFAÇÃO DO INTERESSE PÚBLICO QUE VISA PROTEGER; a sua finalidade não é destruir os direitos individuais, mas, ao contrário, assegurar o seu exercício, condicionando-o ao bem-estar social; só poderá reduzi-los quando em conflito com interesses maiores da coletividade e na medida estritamente necessária à consecução dos fins estatais.

    FONTE

    Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo – 30.ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2017 - p. 199

  • SE O ATO ADMINISTRATIVO NÃO GUARDA UMA PROPORÇÃO ADEQUADA ENTRE OS MEIOS EMPREGADOS E O FIM ALMEJADO, SERÁ UM ATO DESPROPORCIONAL, EXCESSIVO EM RELAÇÃO A ESSA FINALIDADE VISADA.

    A PROPORCIONALIDADE É IMPORTANTE, NO CONTROLE DOS ATOS SANCIONATÓRIOS, ESPECIALMENTE NOS ATOS DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA. COM EFEITO, A INTENSIDADE E A EXTENSÃO DO ATO SANCIONATÓRIO DEVEM CORRESPONDER, DEVEM GUARDAR RELAÇÃO DE PROPORCIONALIDADE COM A LESIVIDADE E GRAVIDADE DA CONDUTA QUE SE TENCIONA REPRIMIR OU PREVENIR. A NOÇÃO É INTUITIVA: UMA INFRAÇÃO LEVE DEVE RECEBER UMA SANÇÃO BRANDA...

  • Gabarito: A

    Razoabilidade

    Penalidade proporcional à infração, s/ cometer excessos;

    Impedir atuação s/ razão ou inconveniente;

    Equilíbrio, coerência e bom senso.

    Proporcionalidade

    Evitar abusos;

    Equilíbrio entre os motivos que deram motivo a prática do ato e a consequência jurídica da conduta.

  • Candidato, qual a diferença entre o princípio da razoabilidade e proporcionalidade?

    Inicialmente, destaca-se que o principio da razoabilidade tem origem no direito processual americano. No direito administrativo, ele impõe que os agentes públicos realizem suas funções com equilíbrio, coerência e bom senso. Não basta o fim público, mas como esse fim será atingido. trata-se de exigência implícita da legalidade.

    Comportamentos inadequados, desequilibrados, incoerentes não podem ser admitidos. Ex: Edital de concurso para analista com prova física de natação.

    Com base na proporcionalidade, vem sendo admitido o controle judicial da discricionariedade abusiva administrativa. Nesse sentido: Celso Antonio Bandeira de Mello.

    Por outro lado, a proporcionalidade está voltada à aferição da justa medida da reação administrativa diante de uma situação concreta no exercício do poder de policia e disciplinar. Evita-se exageros na função administrativa. Tal princípio tem origem no direito alemão.

    Pode-se afirmar, segundo a doutrina, que a razoabilidade se estende a todos os setores ao passo que a proporcionalidade controla especificamente os atos disciplinares e de polícia.

    Destaca-se ainda que a proporcionalidade se subdivide em: Necessidade (meio menos gravoso), adequação (atinge os fins pretendidos) e proporcionalidade em sentido estrito (ponderação entre os custos e benefícios no caso concreto).

    Fonte, Alexandre Mazza (2018).

  • Respondendo o porquê da C, que muitos responderam, não ser correta:

    Existem autores que admitem a aplicação da proporcionalidade em separado à razoabilidade. Nesse caso, a proporcionalidade estaria mais ligada à penalidade do Poder de Polícia.

    Além disso, existem situações em que o Poder Público pode ser razoável sem haver a penalidade, a proporcionalidade, ou seja, a Administração faz o razoável (realizar algo correto com os meios adequados) sem precisar aplicar proporção para tal.

    GABARITO A

  • ERRO da alternativa C:

    Ainda que proporcionalidade e razoabilidade sejam, em geral, tratados conjuntamente, são princípios autônomos sim. Ou seja, podem ser aplicados de modo independente.

  • O princípio da proporcionalidade exige o equilíbrio entre os meios que a Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões comuns da sociedade, analisando cada caso concreto. Assim, leva em consideração que as competências administrativas só podem ser exercidas validamente na extensão e intensidade do que seja realmente necessário para alcançar a finalidade de interesse público ao qual se destina. Pode-se dizer que esse princípio tem por objeto o controle do excesso de poder, pois nenhum cidadão pode sofrer restrições de sua liberdade além do que seja indispensável para o alcance do interesse público.

    Então, na utilização das medidas de polícia, o princípio da proporcionalidade deve ser observado, quando se fala em imposição de restrições a direitos individuais, de forma que essas restrições não ultrapassem o limite estritamente necessário para a atuação estatal, para preservação do interesse público. Nesses termos, está correta a alternativa A.

    Vamos analisar as demais alternativas:

    b) não se fala em afastar ou mitigar um princípio em relação a outro, principalmente quando falamos em princípio da legalidade, que é a base do regime jurídico administrativo, impondo a atuação estatal de acordo com o que estiver previsto em lei – ERRADA;

    c) proporcionalidade e razoabilidade normalmente são citados e tratados em conjunto, mas a razoabilidade possui características autônomas sim. Nesse sentido, a razoabilidade impõe que, ao atuar dentro da discrição administrativa, o agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas. Por exemplo: uma lei que coloque uma altura mínima de 2 metros para ingresso em uma carreira policial estará fora dos padrões razoáveis (por isso, será desarrazoada) – ERRADA;

    d) não se fala em mitigação de um princípio por conveniência ou oportunidade do administrador. Ademais, a divulgação oficial de atos é a regra, sendo que o sigilo somente será adotado quando imprescindível (logo, não se trata de simples conveniência) – ERRADA;

    e) a cobrança de impostos e taxas não pode ser afastada ao livre arbítrio do administrador, muito menos sem que haja previsão legal expressa – ERRADA.

    Gabarito: alternativa A.

    Fonte: Estratégia

  • Gabarito: A

    O princípio da proporcionalidade exige o equilíbrio entre os meios que a Administração utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões comuns da sociedade, analisando cada caso concreto. Assim, leva em consideração que as competências administrativas só podem ser exercidas validamente na extensão e intensidade do que seja realmente necessário para alcançar a finalidade de interesse público ao qual se destina. Pode-se dizer que esse princípio tem por objeto o controle do excesso de poder, pois nenhum cidadão pode sofrer restrições de sua liberdade além do que seja indispensável para o alcance do interesse público.

    Então, na utilização das medidas de polícia, o princípio da proporcionalidade deve ser observado, quando se fala em imposição de restrições a direitos individuais, de forma que essas restrições não ultrapassem o limite estritamente necessário para a atuação estatal, para preservação do interesse público. Nesses termos, está correta a alternativa A.

    Vamos analisar as demais alternativas:

    b) não se fala em afastar ou mitigar um princípio em relação a outro, principalmente quando falamos em princípio da legalidade, que é a base do regime jurídico administrativo, impondo a atuação estatal de acordo com o que estiver previsto em lei – ERRADA;

    c) proporcionalidade e razoabilidade normalmente são citados e tratados em conjunto, mas a razoabilidade possui características autônomas sim. Nesse sentido, a razoabilidade impõe que, ao atuar dentro da discrição administrativa, o agente público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibradas. Por exemplo: uma lei que coloque uma altura mínima de 2 metros para ingresso em uma carreira policial estará fora dos padrões razoáveis (por isso, será desarrazoada) – ERRADA;

    d) não se fala em mitigação de um princípio por conveniência ou oportunidade do administrador. Ademais, a divulgação oficial de atos é a regra, sendo que o sigilo somente será adotado quando imprescindível (logo, não se trata de simples conveniência) – ERRADA;

    e) a cobrança de impostos e taxas não pode ser afastada ao livre arbítrio do administrador, muito menos sem que haja previsão legal expressa – ERRADA.

    Bons estudos!

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