SóProvas


ID
2924749
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Serrana - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             Por que temos filhos?


      A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a reprodução é um imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da história. A paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais.

      Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria.

      Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para os pais.

      Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de ser um bem privado para tornar-se um bem público.

      Embora a paternidade possa trazer recompensas emocionais, do ponto de vista estritamente econômico, ela favorece a sociedade como um todo, enquanto a maior parte dos custos recai sobre os genitores.

      E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian Simon, riqueza são pessoas. Quanto mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias (além de consumir produtos) e são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos nos últimos 200 anos.

      E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a sustentabilidade da exploração dos recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou até reduzir a população. Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico, já que ficaria muito difícil manter taxas positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência e até democracia representativa podem entrar em colapso.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado)

Com a substituição do verbo destacado na frase “ ... são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos nos últimos 200 anos.”, a redação atende a norma-padrão de regência verbal em:

Alternativas
Comentários
  • constatar- VTD (tomar conhecimento, perceber).

    Logo não exige complemento.

  • GABARITO: LETRA B

    A... assegurando o brutal aumento de produtividade à que percebemos nos últimos 200 anos. >>> Quem percebe, percebe alguma coisa.

    B... assegurando o brutal aumento de produtividade que constatamos nos últimos 200 anos. >>> Quem constata, constata alguma coisa. >>> Sem preposição.

    C... assegurando o brutal aumento de produtividade de que verificamos nos últimos 200 anos.>>> Quem verifica, verifica alguma coisa. >>> Sem preposição.

    D... assegurando o brutal aumento de produtividade em que presenciamos nos últimos 200 anos. >>> Quem presencia, presencia alguma coisa. >>> Sem preposição.

    E... assegurando o brutal aumento de produtividade com que acompanhamos nos últimos 200 anos. >>> Quem acompanha, acompanha alguma coisa. >>> Sem preposição.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Nenhuma delas possui preposição devido a transitividade do verbo. Logo só sobra a letra B.

  • Acabamos de ler um texto que segue a linha de raciocínio de Thanos.

  • GABARITO: LETRA B.

  • Letra B.

    Deus é Soberano !!!

  • Indiquem para comentário!

  • Pensei assim:

    Nos últimos 200 anos, constatamos QUE o brutal ....

  • constatar algo

  • Outro erro da A, não há crase na frente de pronome relativo.

  • Nenhuma das alternativas possui preposição devido a transitividade do verbo. Logo só sobra a letra B.

    #AVANTE!!!

  • Arthur Carvalho, fui uma ótima aluna, porém estou aprendendo muito com você. Obrigada