SóProvas


ID
2924938
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Sertãozinho - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Vacina na marra


      Uma das piores coisas que pais podem fazer a seus filhos é privá-los de vacinas. Ainda assim, devo dizer que fiquei chocado com o artigo de uma promotora do Ministério Público, no qual ela defende não só multa para genitores que deixem de imunizar seus rebentos, mas também a busca e apreensão das crianças para vaciná-las.

      Imagino até que a adoção de medidas extremas como propõe a promotora possa fazer sentido em determinados contextos, como o de uma epidemia fatal que avança rapidamente e pais que, induzidos por vilões internacionais, se recusam a imunizar seus filhos.

      Há motivos para acreditar que as sucessivas quedas na cobertura vacinal registradas por aqui se devam mais a uma combinação de desleixo paterno com inadequações da rede do que a uma maciça militância antivacinal. Há até quem afirme que a queda é menor do que a anunciada pelo Ministério da Saúde, que, por problemas técnicos, não estaria recebendo informações atualizadas de alguns municípios.

      Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem.

      O ponto central é que o sistema de saúde precisa ser visto pelo cidadão como um aliado e não como um adversário. Se a percepção que as pessoas têm do posto de saúde for a de que ele é uma entidade que pode colocar a polícia atrás de famílias para subtrair-lhes os filhos, elas terão bons motivos para nunca mais pôr os pés numa unidade.

      A ideia de que o sistema de saúde precisa ser protegido de ações que possam minar a confiança que o público lhe deposita não é estranha ao mundo do direito. Não é por outra razão que a legislação penal e códigos de ética proíbem o profissional de saúde de divulgar segredos de pacientes e até de denunciar crimes que tenham cometido.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2018/08/ vacina-na-marra.shtml.  Acesso em 11.11.2018. Adaptado)

A forma verbal destacada na frase “Não me parece, entretanto, que tenhamos chegado a uma situação dessas.” – expressa a ideia de possibilidade de que algo possa se realizar, assim como ocorre em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

  • Macete prof Flavia Rita

    tudo que ė imperfeito merece uma va ia nha se não já era

    resposta letra A a única que tem ia

  • Coloque o advérbio "talvez" antes do verbo para saber se se trata de verbo no subjuntivo.

  • Alternativa A. O verbo "tenhamos" está no presente do subjuntivo e o verbo "acabaríamos" está no futuro do pretérito do indicativo.

    O presente do subjuntivo é usado para indicar desejos, hipóteses e suposições.

    Já o futuro do pretérito do indicativo se refere a um fato que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação passada. É utilizado para indicar uma ação que é consequente de outra, encontrando-se condicionada.

    Ambas as formas se referem a ações que ainda não aconteceram, mas podem ainda acontecer.

  • Alguém comenta a alternativa E ?

  • Em relação à alternativa E: (Os pais podem fazer. Verbo no presente do indicativo indica certeza e não possibilidade como pede a questão!)

  • Ainda sobre a alternativa E, o verbo "podem" não está sendo usado no sentido de "possibilidade", mas sim de "permissão" ou seja, como se fosse algo (não se sabe o que) e que permitem aos pais fazerem algo com/aos seus filhos.

  • Não sei o porquê, mas dá um medo quando a resposta de questões sobre verbo é a alternativa "A"

  • A alternativa C está no futuro do subjuntivo?

    O modo subjuntivo não indica possibilidade?

    Alguém me explica.

  • Gabarito A

    .

    Seja como for, tenho a convicção de que, se a fórmula mais draconiana propugnada por ela fosse adotada, acabaríamos produzindo mais mal do que bem.

    .

    possibilidade de acontecer ---->> SE A FÓRMULA FOSSE ADOTADA, ENTÃO .....

  • GAB A.

    O futuro do pretérito (amar: amaria, amarias, amaria, amaríamos, amaríeis, amariam)

    tem CORRELAÇÃO com o futuro do subjuntivo.

    #GRAMATIQUEPEDROLIMA #CASCA

  • Galera, tem que aplicar a gramática ao texto, senão não serve pra nada.

  • Tanto o modo subjuntivo quanto o futuro do pretérito do indicativo indicam possibilidade (hipótese).

  • Eu fui na ideia pelo segundo verbo, assim: "Tenhamos chegado" Terminou em -ado

    "Acabaríamos produzindo" terminação -ndo.

    Fui pelo segundo verbo, será que estou certa no meu raciocínio?

  • já é a segunda questão parecida que me deparo e que pra mim há duas alternativas isso porque o futuro do pretérito e qualquer verbo que esteja no modo subjuntivo dão a ideia de possibilidade, assim a letra A e a C dão esse ideia, se alguém puder explicar melhor por favor...

  • odeio o tipo de questão que não coloca as linhas das assertivas

  • Letra A

    Lendo a frase inteira da pra deduzir qual indica possibilidade.

    A - Futuro do Pretérito

    B- Presente do indicativo

    C- Infinitivo

    D - Presente indicativo

    E - Presente indicativo - para ser subjuntivo teria que ser: que eles possam, se eles pudessem, quando eles puderem.

  • A questão é sobre semântica dos tempos verbais.

    Quando se fala em possibilidade, a banca está querendo:

    • subjuntivo ou
    • futuro do pretérito

    Acabaríamos => futuro do pretérito

    Precisa => presente do indicativo - indica fato real

    Acreditar => infinitivo - no contexto indica ideia de finalidade "para acreditar"

    Imagino => presente do indicativo

    Podem => presente do indicativo