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ID
2938069
Banca
PM-MG
Órgão
PM-MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                Vantagem evolutiva


      Sabe-se há algum tempo que indivíduos chamados “dominantes” tendem a subir mais alto em hierarquias diversas. Trata-se daquele indivíduo que, comumente, é mais hábil em tomar a frente das situações em relação aos seus pares, sendo o primeiro a tomar decisões e chegar aos recursos que lhe garantam o referido destaque e, consequentemente, a sobrevivência. Uma vantagem evolutiva.

      O que não se sabia era se esses sujeitos seriam capazes de tomar decisões mais rapidamente, exibindo o comportamento relacionado à dominância fora de um contexto social, sem que houvesse algum tipo de competição entre os dois ou mais indivíduos. Algo que se mostrou, pela primeira vez, interligado, segundo estudo publicado recentemente na revista Cerebral Cortex.

      A pesquisa envolveu 240 estudantes do sexo masculino, classificados em grupos de alta ou baixa dominância por um questionário padrão de “pontuação de dominância” que foi validado em estudos anteriores. A velocidade de tomada de decisão foi medida com cinco experimentos que avaliaram sua memória e capacidade de reconhecimento visual, sua capacidade de distinguir emoções, o aprendizado de rotas entre eles e, por fim, sua capacidade de resposta.

      A primeira tarefa envolveu a discriminação entre emoções vistas em várias imagens de rostos. Então eles se mudaram para uma tarefa de memória e reconhecimento, na qual foram solicitados a lembrar e reconhecer uma série de rostos. O terceiro experimento fez com que os participantes tivessem de se lembrar de um percurso, e o quarto, um experimento de controle, fez com que os participantes batessem na barra de espaço de um teclado assim que vissem um quadrado cinza na tela. Nesta parte do estudo, nenhum dos dois grupos parecia ser mais rápido que o outro.

      Num quinto experimento, sinais neurais foram avaliados por exame de eletroencefalograma (EEG), com base na rapidez da realização das tarefas propostas: distinguir imagens de rostos felizes daqueles tristes e, em seguida, de rostos com raiva e neutros. A prontidão para responder, nesse momento, foi acompanhada por um sinal cerebral notavelmente amplificado em torno de 240 milissegundos em homens de alta dominância. 

GOYANO, Jussara. Psique Ciência&Vida. 151 Edição. ed. set. 2018.

Nas palavras SE destacadas nos fragmentos abaixo se indicou CORRETAMENTE sua função sintática em:

Alternativas
Comentários
  • Gab.: A

    ''Então eles se mudaram para uma tarefa de memória'' , o se nessa oração está sendo usado como pronome reflexivo, pois quem está sofrendo a mudança é eles e quem está se mudando também é eles, ou seja, o sujeito faz e sofre a ação.

  • LETRA C TAMBÉM ESTÁ CORRETA, PRONOME APASSIVADOR, SABE-SE HÁ ALGUM TEMPO... transformando vira É sabido há algum tempo ...

    OU SEJA 2 RESPOSTAS. QUESTÃO DEVERÁ SER ANULADA.

  • GABARITO A e também C.

     

     

    c)“Sabe-se há algum tempo que indivíduos chamados 'dominantes' [...].” (particula apassivadora).

      Concordo com o Wallace. Particula apassivadora possui sujeito e pode ser passada para voz analitica. 

     Sabe-se há algum tempo isso. . 

    Aqui possui sujeito oracional e transformando para voz analitica (Verbo + Ser + participio) = Isso é sábido

  • cacete peguei para fazer a prova mais as questões tem sempre 2 certas

  • QUESTÃO ANULADA PELA BANCA

    Fundamentação:

    "A recorrente alega que a questão possui duas respostas corretas e possíveis. A primeira é a que o gabarito considerou como correta. Já a segunda, de acordo com a recorrente, é a alternativa C. Nessa mesma alternativa, observa-se que a partícula “se”, ligada ao verbo “saber”, foi tida como pronome apassivador. Analisando as possibilidades de função da partícula “se” na referida alternativa, vê-se que duas são as possibilidades: índice de indeterminação do sujeito e partícula apassivadora. Para dirimir a dúvida, necessário se faz observar o verbo ao qual a partícula está ligada na alternativa ora analisada. O verbo “saber” é irregular e, assim como disposto no Dicionário Prático de Regência Verbal, LUFT (2010, p. 470), pode ser intransitivo, transitivo direto e transitivo indireto. Na letra C da questão, o “que indivíduos chamados dominantes” funciona como objeto direto do verbo saber, já que, nesse caso, quem sabe, sabe alguma coisa. A reforçar a assertiva, SACCONI (2008, p. 580) define que o índice de indeterminação do sujeito acompanha verbo que não tem objeto direto e o pronome apassivador acompanha verbo transitivo direto com sujeito paciente. Na passagem da assertiva para a voz passiva analítica teríamos: “É sabido há algum tempo que indivíduos dominantes...”. Assim, aduz que razão assiste à recorrente, já que duas são as respostas corretas e possíveis para a questão.".

  • A) Pronome reflexivo: Forma a voz reflexiva, com valor ou não de reciprocidade. Exerce sempre função sintática de objeto direto ou indireto. " Eles se (OD) mudaram ", no caso o verbo tem sua transitividade sendo direta, sendo o pronome se o objeto direto da conduta. CORRETA.

    B) Pronome Apassivador. INCORRETA.

    Índice de Indeterminação do Sujeito: Serve para indeterminar o sujeito na noz ativa. É sempre usado com verbos intransitivos ou transitivos indiretos. Não exerce propriamente uma função sintática. Lembre-se de que, nesse caso, o verbo deve estar na terceira pessoa do singular. Trabalha-se de dia. Precisa-se de vendedores (nesse caso dado o singular, transforma-se de apassivadora para índice).

    C) Pronome Apassivador: O verbo saber pode ser VTD, VI, VTDI, dependerá do contexto, conforme explicado pelos colegas. Razão pela qual também está CORRETA.

    D) Pronome Reflexivo. INCORRETA.

    Palavra Expletiva: existe quando não apresentar função sintática ou se retirada da frase não prejudique o sentindo. Na frase, a sua retirada, muda o sentido pois: Algo mostrou/Algo se mostrou.