SóProvas


ID
2962144
Banca
IBADE
Órgão
SEE -PB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O amor romântico prega coisas mentirosas, diz psicanalista

Hamurabi Dias

   O amor. Um dia ele chega para todo mundo, acredite você le itor (le ito ra ), ou não. Na contemporaneidade, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro “O Amor Líquido”, transforma a célebre frase marxista - “tudo que é sólido se desmancha no ar” - em ponto de partida para debater a fragilidade dos laços humanos e lançar o conceito de “líquido mundo moderno”. Em síntese, o autor traz uma reflexão crítica de como esse mundo “fluido", uma das principais características dos compostos líquidos, fragilizou os relacionamentos humanos. O sociólogo observa que o amor tornou-se, na sociedade moderna, como um passeio no shopping Center - ícone do capitalismo - e como tal deve ser consumido instantaneamente e usado uma só vez, sem preconceito. É o que considera a sociedade consumista do amor. Pois bem, é nesta linha fluida, sem preconceito e destarte liberal, com frases como “Ter parceiro único pode se tornar coisa do passado” e “Variar é bom, todo mundo gosta”, que a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, crítica do que considera “amor romântico”, lança os dois volumes do "O Livro do Amor”.
    “O Livro do Amor” é um estudo que começa desde a pré-história, seguindo por todos os períodos da humanidade, até chegar à atualidade. “Descobri coisas muito interessantes, como que o amor é uma construção social, e que em cada época ele se apresenta de uma forma”, avalia. No século XX, o livro é dividido em três partes. Para a psicanalista o que mudou o amor na contemporaneidade foram duas invenções: o automóvel e o telefone. “Pela primeira vez na história as pessoas puderam marcar encontro pelo telefone, mesmo com os moralistas defendendo que era uma indecência a voz do homem entrar pelo ouvido da mulher”, lembrou. Regina Navarro Lins acredita que muito dos nossos comportamentos atuais têm origem em períodos históricos passados, como o “amor romântico", surgido lá... no século XII. “Eu aponto também as tendências de como o amor está se transformando. A repressão diminuiu, ainda bem. O sexo é da natureza, é desejável, mas a nossa cultura judaico-cristã sempre viu o sexo com maus olhos. Nos últimos dois mil anos foi visto como algo abominável, a repressão sexual foi horrorosa”, apontou.
    Sobre o tão alardeado amor romântico, Lins inicia sua critica observando o caráter sub-humano que foi atribuído à mulher ao longo dos anos. “A mulher foi considerada incompetente e burra. O cavalheirismo é uma ideia péssima para as mulheres.Gentileza é outra coisa. O cavalheirismo implica sempre em o homem tratar a mulher como se ela fosse incompetente. Não tem sentido, se observarmos como a mulher foi considerada no passado, até hoje pessoas defenderem a ideia de que a mulher não pode puxar uma cadeira", comparou a psicanalista.
     Regina Navarro defende também que o amor romântico é baseado na idealização do outro, a invenção de uma pessoa, atribuindo a ela características que não tem. “Depois passa a vida 'azucrinando' o outro para mudar o jeito de ser, para se enquadrar naquilo que se imaginou. Esse tipo de amor prega coisas mentirosas, como de que não existe desejo por mais ninguém, de que os amados vão se completar e nada mais vai faltar, que um terá todas as suas necessidades completadas pelo outro. É um amor prejudicial, o que critico é o que ele propõe. As pessoas só vão viver bem em um relacionamento se houver a liberdade de ir e vir”, observou.

Disponível em:
<http://www.bomdiafeira.com.br/noticias/palcocultural/9534/0+amor+rom%C3%A2ntico+prega+coisas+
mentirosas,+diz+psicanalista&gt;. Acesso em: 23 de outubro de 2017. (Adaptado).

O termo destacado em “Descobri coisas muito interessantes, como que o amor é uma construção social, e que em cada época ele SE apresenta de uma forma”, no contexto, é:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    “Descobri coisas muito interessantes, como que o amor é uma construção social, e que em cada época ele SE apresenta de uma forma"

    ---> quem apresenta, apresenta alguma coisa ---> aqui temos o verbo sem a parte integrante, ou seja, não é um verbo pronominal, sendo desta forma conjugado ---> Eu apresento, tu apresentas, ele apresenta...

    ---> quem se apresenta, se apresenta ---> observamos que aqui a partícula "se" faz parte do verbo: Eu me apresento, tu se apresentas, ele se apresenta...

    ----> ele se apresenta ---> o amor está realizando a ação de se apresentar, ou seja, temos uma parte integrante do verbo, uma boa dica é tentar a conjugação, como eu fiz logo acima.

    Força, guerreiros(as)!!

  • Tem agente determinado? sim = ELE

    então só pode ser PR(partícula reflexiva) ou PIV(parte integrante do verbo)

    .

    Tem VTD ou VTDI e o agente pratica a ação em si mesmo ou a um outro? não = não pode ser PR

    .

    Tem VTI ou VI ou VL e o agente só pratica a ação? sim = então é PIV

  • PARTE INTEGRANTE DO VERBO = EXPRESSAM SENTIMENTOS OU MUDANÇA DE ESTADO .

    EX: ROMPERAM-SE ( MUDANÇA DE ESTADO) LOGO O SE É PARTE INTEGRANTE DO VERBO

    Como que o amor é uma construção social, e que em cada época ele SE apresenta de uma forma ( FALA DO AMOR , QUE É UM SENTIMENTO ,LOGO PARTE INTEGRANTE DO VERBO

  • Arthur merece laikão

  • Alguém pode me explicar por que o SE não pode ser partícula apassivadora?

    Eu interpretei assim "(...) o amor é uma construção social, e que em cada época ele é apresentado de uma forma"

  • tá difícil o uso do SE entrar na minha cabeça -_-