SóProvas


ID
2971042
Banca
IBFC
Órgão
SEDUC-MT
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Quando era novo, em Pringles, havia donos de automóveis que se gabavam, sem mentir, de tê-los desmontado “até o último parafuso” e depois montá-los novamente. Era uma proeza bem comum, e tal como eram os carros, então, bastante necessária para manter uma relação boa e confiável com o veículo. Numa viagem longa era preciso levantar o capô várias vezes, sempre que o carro falhava, para ver o que estava errado. Antes, na era heroica do automobilismo, ao lado do piloto ia mecânico, depois rebaixado a copiloto. [...]

      Na realidade, os bricoleurs* de vila ou de bairro não se limitavam aos carros, trabalhavam com qualquer tipo de máquinas: relógios, rádios, bombas d´água, cofres. [...] Desnecessário dizer, assim, que desde que os carros vêm com circuitos eletrônicos, o famoso “até o último parafuso” perdeu vigência.

      Houve um momento, neste último meio século, em que a humanidade deixou de saber como funcionavam as máquinas que utiliza. De forma parcial e fragmentária, sabem apenas alguns engenheiros dos laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento de algumas grandes empresas, mas o cidadão comum, por mais hábil e entendido que seja, perdeu a pista há muito. Hoje em dia usamos os artefatos tal como as damas de antigamente usavam os automóveis: como “caixas-pretas”, com um Input (apertar um botão) e um Output (desliga-se o motor), na mais completa ignorância do que acontece entre esses dois polos.

      O exemplo do carro não é por acaso, acredito ter sido a máquina de maior complexidade até onde chegou o saber do cidadão comum. Até a década de 1950, antes do grande salto, quando ainda se desmontavam carros e geladeiras no pátio, circulava uma profusa bibliografia com tentativas patéticas de seguir o rastro do progresso. [...]

      Hoje vivemos num mundo de caixas-pretas. Ninguém se assusta por não saber o que acontece dentro do mais simples dos aparelhos de que nos servimos para viver. [...]

      O que aconteceu com as máquinas é apenas um indício concreto do que aconteceu com tudo. A sociedade inteira virou uma caixa-preta. A complicação da economia, os deslocamentos populacionais, os fluxos de informação traçando caprichosas espirais num mundo de estatísticas contraditórias, acabaram por produzir uma cegueira resignada cuja única moral é a de que ninguém sabe “o que pode acontecer”; ninguém acerta os prognósticos, ou acerta só por casualidade. Antes isso acontecia apenas com o clima, mas à imprevisibilidade do clima o homem respondeu com civilização. Agora a própria civilização, dando toda a volta, se tornou imprevisível.

(César Aira. In: Marco M. Chaga, org. Pequeno manual de procedimentos. Tradução: Eduardo Marquardt. Cuuritiba: Arte & Letra, 2007, p.49-51)

* bricoleur: aquele que faz qualquer espécie de trabalho

Considere a oração “Hoje vivemos num mundo de caixas-pretas.”(5º§) para responder à questão.


O verbo em destaque na oração acima está flexionado no presente do Indicativo. Todavia, sabe-se que ele apresenta essa mesma grafa quando flexionado na primeira pessoa do plural do:

Alternativas
Comentários
  • Verbo Viver

    Pretérito Perfeito do Indicativo

    Eu vivi

    Tu viveste

    Ele viveu

    Nós vivemos (1ª pessoa do plural)

    Vós vivestes

    Eles viveram

    Lembrando que o pretérito perfeito expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite.

  • Pretérito Perfeito: Ação iniciada no passado e concluída no passado. Ex.:Eu estudei.

    Pretérito Imperfeito: Ação iniciada no passado e ainda não concluída. Ex.: Eu estudava.

    Pretérito Mais Que Perfeito: Ação iniciada antes de outra ação no passado. Ex.: Eu estudara quando você chegou.

    Futuro do Presente: Ação certa de acontecer no futuro. Ex.: Eu estudarei.

    Futuro do Pretérito: Ação que depende de outra ação feita no passado para acontecer. Ex.: Eu estudaria se tivesse dinheiro.

  • Gabarito: D.

    O pretérito perfeito expressa uma ação já finalizada.

    Exemplo: Nós vivemos em Paris por dois anos e depois nos mudamos para a Inglaterra.

  • Para não errar, sempre é bom ter uma musica para lembrar! https://www.youtube.com/watch?v=-O7DQfkBnCA

  • É VIVENDO E APRENDENDO.

  • Pretérito Perfeito: Ação iniciada no passado e concluída no passado. Ex.:Eu estudei.

    Pretérito Imperfeito: Ação iniciada no passado e ainda não concluída. Ex.: Eu estudava.

    Pretérito Mais Que Perfeito: Ação iniciada antes de outra ação no passado. Ex.: Eu estudara quando você chegou.

    Futuro do Presente: Ação certa de acontecer no futuro. Ex.: Eu estudarei.

    Futuro do Pretérito: Ação que depende de outra ação feita no passado para acontecer. Ex.: Eu estudaria se tivesse dinheiro.

  • Gab. D

    A) Antigamente nós vivíamos

    B) Se nós Vivêssemos

    C) Se nós fossemos você, nós viveríamos

    D) Ontem nós vivemos

    e) Amanha nós viveremos

    Obs. O que está sublinhado é para auxiliar na conjugação dos tempos e modos verbais.

  • PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO

    É UMA AÇÃO PASSADA JÁ CONCLUÍDA

  • ENUNCIADO: Presente do Indicativo: ("hoje) Nós vivemos

    A) Pretérito Imperfeito do Indicativo: ("naquela época") Nós vivíamos

    B) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: ("Se") Nós vivêssemos

    C) Futuro Pretérito Indicativo: ("futuro/talvez) Nós viveríamos

    D) Pretérito Perfeito do Indicativo: ("ontem") Nós vivemos <<<=== GABARITO

    E) Futuro Presente do Indicativo: ("amanhã") Nós viveremos

  • HOJE NÓS VIVEMOS O MELHOR

    ONTEM NÓS VIVEMOS O MELHOR

  • Pretérito Imperfeito do indicativo: Hoje "vivemos' num mundo de caixas-pretas nós amávamos

    Pretérito imperfeito do subjuntivo: Hoje se nós vivêssemos num mundo de caixas-pretas se nós amássemos

    futuro do pretérito do indicativo: Hoje viveríamos num mundo de caixas-pretas nós amaríamos

    pretérito perfeito do indicativo:Hoje vivemos num mundo de caixas-pretas nós amamos

    futuro do presente do indicativo: Hoje viveremos num mundo de caixas-pretas nós amaremos

    A palavra vivemos é flexão verbal dos verbos: .

    Infinitivo: viver     Gerúndio: vivendo     Particípio: vivido

    Presente do Indicativo de viver:

    nós

    vivemos

    Pretérito Perfeito do Indicativo de viver:

    nós

    vivemos

    Infinitivo: vivar     Gerúndio: vivando     Particípio: vivado

    Imperativo Afirmativo de vivar:

    vivemos

    nós

    Presente do Subjuntivo de vivar:

    que nós

    vivemos

    Imperativo Negativo de vivar:

    não

    vivemos

    nós