SóProvas


ID
2983006
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SLU-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Contabilidade de Custos
Assuntos

Com relação à administração financeira, julgue o seguinte item.

O efeito combinado de alavancagem operacional e alavancagem financeira gera a alavancagem total.

Alternativas
Comentários
  • A Alavancagem Total é o efeito combinado da alavancagem operacional e financeira sobre o risco da empresa.

    R: CERTO

  • Segundo Gitman, alavancagem financeira é o uso de ativos ou recursos com encargos financeiros fixos para aumentar os efeitos de variações do lucro antes de juros e imposto de renda sobre o lucro por ação - isto é, para aumentar o retorno dos acionistas da empresa.

    Alavancagem operacional ocorre quando um crescimento de x% nas vendas provoca um crescimento de n vezes x% no lucro bruto. O efeito de alavancagem ocorre pelo fato de que os custos fixos são distribuídos por um volume maior de produção, fazendo com que o custo unitário da mercadoria seja reduzido.

    Alavancagem total é o uso potencial de custos fixos, operacionais e financeiros, para aumentar o efeito das variações nas vendas sobre o lucro por ação.

    FONTE: SITES DA INTERNET!

  • Questão sobre alavancagem, no contexto da administração financeira.

    Existem basicamente duas formas alternativas de estudarmos o fenômeno da alavancagem: alavancagem financeira e alavancagem operacional.

    Conforme Montoto¹, dívidas devem ser contratadas para trazer benefícios econômicos para a empresa e para seus sócios. O grau de alavancagem financeira (GAF) é um índice que avalia se o endividamento da empresa é vantajoso ou não. Em outras palavras, o índice mensura o grau de eficiência na utilização de capitais de terceiros com a finalidade de alavancar a rentabilidade do capital próprio, que pode ser desfavorável, indiferente ou favorável.

    No geral, representamos matematicamente o GAF como:
    GAF = (L/PL)/(L+DF/AT)
    Sendo L = Lucro, PL = Patrimônio Líquido, DF = Despesa Financeira e AT = Ativo Total.

    Dica! Entretanto, existem autores que reescrevem a fórmula do seguinte modo:
    GAF = (Variação em % do LPA) / (Variação em % do LAJIR)
    Sendo LPA = Lucro por ação e LAJIR = Lucro antes dos juros e imposto de renda

    Esse índice poderá ser maior que 1 (favorável), igual a 1 (indiferente) e menor que 1 (desfavorável). Dizemos que o valor do GAF é favorável quando o endividamento com o capital de terceiros for benéfico para a empresa em função da rentabilidade obtida no negócio. Se for desfavorável, significa que o custo da dívida não é benéfico e seria melhor substituir as dívidas por capital próprio.

    De outro lado, conforme Viceconti², a variação do lucro decorrente de uma determinada variação do volume de vendas pode ser maior, em termos porcentuais, do que o respectivo aumento de vendas. Esse fenômeno é conhecido como Alavancagem Operacional, cuja mensuração é feita através de um coeficiente denominado grau de alavancagem operacional (GAO):
    GAO = (Variação em % do LAJIR)/(Variação em % das vendas)

    Atenção! Repare que enquanto a alavancagem financeira tem a ver com a eficiência na gestão do capital, a alavancagem operacional tem a ver com a eficiência na gestão do negócio em si.

    Por fim, segundo Gitman³, também podemos avaliar o efeito combinado da alavancagem operacional e financeira sobre o risco da empresa, mediante um enfoque semelhante ao usado para desenvolver os conceitos individuais de alavancagem. Esse efeito combinado, ou alavancagem total, pode ser definido como o uso potencial de custos fixos, tanto operacionais quanto financeiros, para ampliar os efeitos de variações nas vendas sobre o lucro por ação da empresa. A alavancagem total pode, portanto, ser vista como o impacto total dos custos fixos presentes na estrutura operacional e financeira da empresa.

    Matematicamente teremos o grau de alavancagem total (GAT) como:
    GAT = (Variação em % LPA)/(Variação em % das vendas)

    Atenção! Repare que é exatamente a multiplicação do (GAFxGAO), utilizando a segunda fórmula do GAF.

    Feita toda a revisão já podemos identificar a correção da afirmativa:
    O efeito combinado de alavancagem operacional e alavancagem financeira gera a alavancagem total.

    O quadro abaixo do livro do Gitman³ arremata muito bem a questão:




    ¹ Montoto, Eugenio Contabilidade geral e avançada esquematizado® / Eugenio Montoto – 5ª. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018.
    ² Viceconti, Paulo Eduardo Vilchez, 1948 - Contabilidade de custos : um enfoque direto e objetivo / Paulo Eduardo V. Viceconti, Silvério das Neves . — 9ª. ed. — São Paulo : Frase Editora, 2010.
    ³ Gitman, Lawrence J. Princípios de administração financeira / Lawrence J. Gitman; tradução Allan Vidigal Hastings; revisão técnica Jean Jacques Salim. — 12ª. ed. — São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2010.


    Gabarito do Professor: Certo.
  • Questão sobre alavancagem, no contexto da administração financeira.

    Existem basicamente duas formas alternativas de estudarmos o fenômeno da alavancagem: alavancagem financeira e alavancagem operacional.

    Conforme Montoto¹, dívidas devem ser contratadas para trazer benefícios econômicos para a empresa e para seus sócios. O grau de alavancagem financeira (GAF) é um índice que avalia se o endividamento da empresa é vantajoso ou não. Em outras palavras, o índice mensura o grau de eficiência na utilização de capitais de terceiros com a finalidade de alavancar a rentabilidade do capital próprio, que pode ser desfavorável, indiferente ou favorável.

    No geral, representamos matematicamente o GAF como:

    GAF = (L/PL)/(L+DF/AT)

    Sendo L = Lucro, PL = Patrimônio Líquido, DF = Despesa Financeira e AT = Ativo Total.

    Dica! Entretanto, existem autores que reescrevem a fórmula do seguinte modo:

    GAF = (Variação em % do LPA) / (Variação em % do LAJIR)

    Sendo LPA = Lucro por ação e LAJIR = Lucro antes dos juros e imposto de renda

    Esse índice poderá ser maior que 1 (favorável), igual a 1 (indiferente) e menor que 1 (desfavorável). Dizemos que o valor do GAF é favorável quando o endividamento com o capital de terceiros for benéfico para a empresa em função da rentabilidade obtida no negócio. Se for desfavorável, significa que o custo da dívida não é benéfico e seria melhor substituir as dívidas por capital próprio.

    De outro lado, conforme Viceconti², a variação do lucro decorrente de uma determinada variação do volume de vendas pode ser maior, em termos porcentuais, do que o respectivo aumento de vendas. Esse fenômeno é conhecido como Alavancagem Operacional, cuja mensuração é feita através de um coeficiente denominado grau de alavancagem operacional (GAO):

    GAO = (Variação em % do LAJIR)/(Variação em % das vendas)

    Atenção! Repare que enquanto a alavancagem financeira tem a ver com eficiência na gestão do capital, a alavancagem operacional tem a ver com a eficiência na gestão do negócio em si.

    Por fim, segundo Gitman³, também podemos avaliar o efeito combinado da alavancagem operacional e financeira sobre o risco da empresa, mediante um enfoque semelhante ao usado para desenvolver os conceitos individuais de alavancagem. Esse efeito combinado, ou alavancagem total, pode ser definido como o uso potencial de custos fixos, tanto operacionais quanto financeiros, para ampliar os efeitos de variações nas vendas sobre o lucro por ação da empresa. A alavancagem total pode, portanto, ser vista como o impacto total dos custos fixos presentes na estrutura operacional e financeira da empresa.

    Matematicamente teremos o grau de alavancagem total (GAT) como:

    GAT = (Variação em % LPA)/(Variação em % das vendas)

    Atenção! Repare que é exatamente a multiplicação do (GAFxGAO), utilizando a segunda fórmula do GAF.

    Feita toda a revisão já podemos identificar a correção da afirmativa:

    O efeito combinado de alavancagem operacional e alavancagem financeira gera a alavancagem total.

    O quadro abaixo do livro do Gitman³ arremata muito bem a questão:

    Gabarito do Professor: Certo

    ¹ Montoto, Eugenio Contabilidade geral e avançada esquematizado® / Eugenio Montoto – 5. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018.

    ² Viceconti, Paulo Eduardo Vilchez, 1948 - Contabilidade de custos : um enfoque direto e objetivo / Paulo Eduardo V. Viceconti, Silvério das Neves . — 9. ed. — São Paulo : Frase Editora, 2010.

    ³ Gitman, Lawrence J. Princípios de administração financeira / Lawrence J. Gitman; tradução Allan Vidigal Hastings; revisão técnica Jean Jacques Salim. — 12. ed. — São Paulo : Pearson Prentice Hall, 2010.