Independente do seu caráter público, privado ou filantrópico, as instituições também são espaços de lutas e disputas hegemônicas. Neste sentido, a hierarquia e as relações de poder aparecem para os assistentes sociais como fatores que limitam o exercício profissional e impactam direta ou indiretamente na relativa autonomia que possuem. Conforme Rodrigues et al. (2014) entre os principais condicionantes do mercado de trabalho que dificultam a prática profissional do assistente social destacam-se os baixos salários, a sobrecarga de trabalho, o desemprego, a instabilidade, a precarização das condições e das relações de trabalho, o clientelismo, a infraestrutura e a ingerência da gestão.
Com vistas a garantir um pouco de sua autonomia relativa nos locais onde está inserido, destaca-se a relevância do assistente social demonstrar competência política e técnica em suas intervenções profissionais. A competência política advém de sua capacidade de negociar com a instituição e estabelecer parcerias para atender da forma mais equânime possível às demandas que lhe são colocadas. E a competência técnica pressupõe dispor dos conhecimentos teórico-metodológicos e também técnico-operativos para propor alternativas às situações colocadas. Para Rodrigues et al. (2014, p. 86):