SóProvas


ID
3000559
Banca
FUNCERN
Órgão
Prefeitura de Apodi - RN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                       A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade

                                                                                                         José Ricardo Bandeira


      A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.

      E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.

      A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.

      Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.

      Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.

      Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.

      A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.

      Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.

      Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.

                         Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2019

E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.


O uso do acento grave é justificado

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ===> repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.

    ===> temos o substantivo COMBATE exigindo o uso de uma preposição: combate A alguma coisa (preposição, o termo é regente); a criminalidade (substantivo feminino que é regido e acompanhando de um artigo definido feminino "a") = à criminalidade.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Esta questão era para ser anulada, na formação da crase, acontece quando os verbos ou nomes pedem preposições.

  • combate a algo

  • Gab A.

    Combate é nome, não verbo.

    Combate à corrupção.

    Combate ao superfaturamento.

  • Aqui no App ela está mal elaborada. Nao entendi nada dessa questão. Fora a resposta totalmente diferente.
  • errei pq a expressão não está em destaque afff

  • Pra vc responder certo tem de procurar a crase no texto, mas o comando da questão não fala nada sobre - o uso da crase neste caso específico - faz uma pergunta genérica, mal elaborado pra cacete, pra mim tem duas alternativas certas, mas o gab é A

  • A questão requer interpretação de texto, pois o elaborador pede a alternativa que indique a questão relacionada ao texto, e não ao conceito da regência em si.

    "combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito."

    Combate(regente) = Substantivo que exige a preposição A. Quem combate, combate a alguma coisa.

    Criminalidade = Substantivo feminino (termo regido) acompanhado pelo artigo definido A.

  • Se Farias, se tu continuar com esse pensamento, nunca será alguém na vida Só porque é um texto que tu não entende, é de esquerdista? Use o cérebro um pouco, idiota
  • em regra é o verbo (termo regente ) + substantivo feminino (termo regido)

    porém,no caso combate à criminalidade=   é o substantivo que exige a preposicao.. 

    lembrando que o complemento pode ser nominal tbm ..  adjetivo substantivo e adverbio tbm podem exigir a preposicao 

    trata-se de regencia nominal.

  • Pqp, mas que lixo de questão que tem que adivinhar o que o examinador "queria" saber

  • Decorem: Regente é o homem que" infiltra" e o regido é a mulher que toma nas costas...

    Esquecerão nunca mais.

  • acertei... mas tem que ter uma lei federal para regularizar essas bancas de feira de domingo.... elas fazem oq quer e pronto!

    GB: A

  • Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita