SóProvas


ID
3004021
Banca
Itame
Órgão
Prefeitura de Avelinópolis - GO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Relato


      Em Santos, onde morávamos, minha mãe me lia histórias, meu pai gostava de declamar poesias. Foi em algum momento do ginásio – por volta do que hoje seria a sexta ou sétima série – que li de começo a fim um romance: Inocência, de Taunay, é minha mais remota lembrança de leitura de um romance brasileiro. Livro aberto nos joelhos, afundada de atravessado numa poltrona velha e gorda, num quartinho com máquina de costura, estante de quinquilharias e uma gata branca chamada Minie.

      Até então, leitura era coisa doméstica. Tinha a ver apenas comigo mesma, com os livros que havia na estante de quinquilharias de meu pai e com os volumes que avós, tias e madrinhas me davam de presente. No cardápio destas leituras, Monteiro Lobato, as aventuras de Tarzan, os volumes da Biblioteca das Moças. O sítio do Pica Pau Amarelo, as florestas africanas, castelos e cidades europeias constituíam a geografia romanesca que preenchia meus momentos livres.

      Mas um dia a escola entrou na história. Dona Célia, nossa professora de português, mandou a gente ler um livro chamado Inocência. Disse que era um romance. Na classe, tinha uma menina chamada Maria Inocência. Loira desbotada, rica e chata. Muito chata. Alguma coisa em minha cabeça dizia que um livro com nome de colega chata não podia ser coisa boa.

      Foi por isso que com a maior má vontade do mundo comecei a leitura do romance de Visconde de Taunay, de quem eu nunca tinha ouvido falar: visconde, para mim, era o de Sabugosa. Fui lendo a frio, sem entusiasmo nenhum.

      O presságio da chatice confirmava-se, até que apareceu o episódio das borboletas. Aí me interessei pelo livro: um alemão corria caçando borboletas e depois dava a uma delas o nome da heroína do livro... Gostei. Não muito, mas gostei. E passei a olhar o nome das borboletas com olhos diferentes: alguma delas seria a papiloinnocentia da história? [...]

(Marisa Lajolo. Como e por que ler o romance brasileiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. p. 15-7.)

Considerando o contexto do texto, aponte a alternativa em que todas as palavras são substantivos.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) hoje–sétima – velha– poltrona. ===> advérbio.

    B) onde – romance – afundada – brasileiro. ===> pronome.

    C) comigo – cardápio – europeias – caçando. ===> adjetivo.

    D) lembrança – madrinhas – geografia – presságio.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

  • Arthur Carvalho, eu entendi da seguinte maneira - mas não tenho certeza se está correto -;

    A) hoje – sétima – velha – poltrona. ===> advérbio. adjetivo

    B) onde – romance – afundada brasileiro. ===> advérbio. verbo. adjetivo

    C) comigo – cardápio – europeias caçando. ===> pronome. adjetivo. verbo

    D) lembrança – madrinhas – geografia – presságio.

    Erros, avisem-me por favor.

  • Lembrança é um substantivo abstrato.

    Substantivo Abstrato é um tipo de substantivo que indica qualidade, sentimento, estado, ação e conceito. É um ser que não existe por si só, pois necessita de outro ser para se manifestar, por exemplo: alegria.

  • Pessoal, a forma mais fácil de se descobrir, é passando para o plural. "Hoje" pode ir para o plural? Não, então não é substantivo. Da mesma forma o "onde" e "comigo".

    Ao contrário de velha ou brasileiro, que podem se comportar como adjetivo ou substantivo, a depender do contexto.

  • a) E. Hoje é advérbio de tempo. Isso já macula o item, já que ele quer que todos sejam substantivos.

    b) E. Onde é conjunção indicando lugar. Isso já macula o item, já que ele quer que todos sejam substantivos.

    c) E. Comigo é pronome. Isso já macula o item, já que ele quer que todos sejam substantivos.

    d) C. Note que o substantivo vem geralmente acompanhado do artigo. E termos de outros classes gramaticais podem virar substantivos. Ex: Andar de carro é luxo [andar = verbo]. O andar de carro é luxo [andar = substantivo]. 

  • GABARITO: LETRA D.

    D) lembrança – madrinhas – geografia – presságio.

  • Uma dúvida: "sétima" no item a) não seria NUMERAL??? vejo muitos aqui dizendo se tratar de substantivo.

  • Poderiam colocar a linha de cada substantivo, banca maléfica rs

  • acertei sem ter certeza

    GABARITO: LETRA D

    GABARITO: LETRA D

    A) hoje–sétima – velha– poltrona. => advérbio( modifica verbo-adjetivo-adverbio, atribui uma circunstância).

    .

    B) onde – romance – afundada – brasileiro. => Pronome (substitui (pron. substantivo) ou acompanha (pron. adjetivo) o substantivo. O pronome situa numa pessoa 1ª,2ª 3ªetc p. 237 e 261: ONDE: é relativo locativo é usado para retomar e substituir termos que contenham lugar.)

    .

    C) comigo – cardápio – europeias – caçando. => adjetivo. Modifica o substantivo e atribui qualidade-estado-modo de ser - caracteristicas: É variável.

    D) lembrança – madrinhas – geografia – presságio.

  • ENUNCIADO - Marque a alternativa em que todas as palavras são substantivos:

    F - A) hojesétima velha– poltrona.

    Por volta do que hoje seria a sexta ou sétima série

    Atravessado numa poltrona velha

    hoje: advérbio de tempo

    sétima: numeral

    velha: adjetivo

    poltrona: substantivo

    F - B) onde – romance – afundada brasileiro.

    Em Santos, onde morávamos

    Leitura de um romance brasileiro

    Livro aberto nos joelhos, afundada de atravessado numa poltrona

    onde: pronome relativo

    romance: substantivo

    afundada: verbo

    brasileiro: adjetivo

    F - C) comigo – cardápio – europeias caçando.

    Tinha a ver apenas comigo mesma

    No cardápio destas leitura

    Cidades europeias

    Um alemão corria caçando borboletas

    comigo: pronome pessoal

    cardápio: substantivo

    europeias: adjetivo

    caçando: verbo

    V - D) lembrança – madrinhas – geografia – presságio. = substantivos!

    Remota lembrança  

    Livros que madrinhas me davam de presente

    A geografia romanesca

    O presságio da chatice confirmava-se

  • Não sou da geração do mi-mi-mi-mi!!!!

    Mas falar ou escrever: Loira desbotada -terceiro parágrafo- não é racismo ? injúria racial?

    Nessas horas ofensas raciais e ofensas a grupos étnicos são toleradas.

    # menos hipocrisia

    Bons estudos