-
Carta de Veneza - 1964
Restauração
Art.12
Os elementos destinados a substituírem as partes que faltem devem integrar-se harmoniosamente no conjunto e, simultaneamente, serem distinguíveis do original por forma a que o restauro não falsifique o documento artístico ou histórico.
-
De acordo com a Carta de Veneza (1974):
a) Art. 9: "(...) todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca de nosso tempo. A restauração será sempre precedida e acompanhada de um estudo arqueológico e histórico do monumento".
b) Art. 15: "(...) Os elementos de integração deverão ser sempre reconhecíveis e reduzir-se ao mínimo necessário para assegurar as condições de conservação do monumento e restabelecer a continuidade de suas formas".
c) Art. 12: "Os elementos destinados a substituírem as partes que faltem devem integrar-se harmoniosamente no conjunto e, simultaneamente, serem distinguíveis do original por forma a que o restauro não falsifique o documento artístico ou histórico".
d) Sobre o item, a Carta não tem uma abordagem específica, mas não deixa de ser um procedimento correto.
e) Art. 5: "A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade; tal destinação é portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar à disposição ou a decoração dos edifícios (...)".
-
A Carta de Veneza é uma carta patrimonial, um
documento sintético que contém conceitos e orientações fundamentais sobre
conservação, manutenção e restauro de um patrimônio, seja ele cultura,
histórico ou artístico. Foi elaborada pelo ICOMOS - Conselho Internacional de
Monumentos e Sítios, no II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos
Monumentos Históricos, realizado em Veneza, na Itália, em maio de 1964.
Em seu artigo 9º, dispõe sobre
Restauração:
“Artigo 9º - A
restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Tem por
objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e
fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos
autênticos. Termina onde começa a hipótese; no plano das reconstituições
conjeturais, todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por
razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá
ostentar a marca do nosso tempo. A restauração será sempre precedida e
acompanhada de um estudo arqueológico e histórico do monumento."
As ações de restauro têm caráter excepcional. Quando
necessário adicionar algum elemento, esse deverá colocar-se como nova camada,
de maneira que não se confunda com a obra estratificada antes da intervenção,
mas de modo a não destoar do conjunto.
Gabarito: Alternativa B.
-
Complementando...
Alguns pontos importantes sobre a Carta de Veneza (1964)
CARTA DE VENEZA (1964) - ICOMOS - CARTA INTERNACIONAL SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE MONUMENTO E SÍTIOS
As propostas da Carta de Veneza são pautadas na visão conhecida como “restauro crítico”, dialogando com as propostas teóricas de Cesare Brandi (teoria brandista)
A Carta de Veneza reconhece a dimensão urbana da prática preservacionista ao afirmar que a noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural estendendo-se não apenas às grandes criações, mas também às obras modestas que tenham adquirido significa
O monumento é inseparável do meio onde se encontra. O entorno do monumento também deve ser mantido
Todo trabalho de reconstrução deve ser evitado, sendo recomendado somente a anastilose
A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade, tal destinação é portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar à disposição ou a decoração dos edifícios.
Foco na necessidade de um "plano internacional" de conservação e restauração dos monumentos. (manutenção permanente)
A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional.
As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitada, visto que a unidade de estilo NÃO É A FINALIDADE a alcançar no curso de uma restauração.
Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, DISTINGUINDO-SE, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de sua história (valoriza a autenticidade - distinção entre o historicamente verdadeiro e o moderno)