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Questões de Cartas Patrimoniais


ID
195940
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A respeito da Carta de Atenas (1933), que contém uma série de diretrizes voltadas ao ordenamento das cidades modernas, julgue o item abaixo.

De acordo com essa carta, as chaves do urbanismo estão nas funções habitar, trabalhar, estudar e descansar.

Alternativas
Comentários
  • Habitação
    Lazer
    Trabalho
    Circulação
  • Carta de Atenas foi um manifesto urbanístico resultante da do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (Atenas, 1933). O documento preconizava a organização da cidade a partir de quatro funções básicas: habitar, trabalhar, recrear e circular.

  • Gab. Errado

    mnemônico: C/Re/Ta HABITA (Creta é a maior ilha grega - fica fácil associar)

    C- Circular

    Re- recrear (lazer)

    T - trabalhar

    Habita


ID
196000
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Considerando que, de acordo com a Carta de Atenas (1933), o urbanismo é uma ciência de três dimensões e não apenas de duas. É fazendo intervir o elemento altura que será dada uma solução para as circulações modernas, assim como para os lazeres, mediante a exploração dos espaços livres assim criados, julgue o item abaixo.

Apesar de a Carta de Atenas ter sido escrita em 1933, poucas cidades novas adotaram o princípio acima descrito. No Brasil, a única apropriação real desse princípio é o Plano Piloto de Brasília, que, pela disposição de suas vias de circulação, sobretudo na zona central, pode ser considerado fruto de um urbanismo tridimensional.

Alternativas
Comentários
  • Se existe alguma cidade na América do Norte chamada RIO DE JANEIRO eu desconheço!! Caso ela exista, perdoem a minha ignorância! Caso não, esse item está completamente errado só por incluir o Rio entre cidades norteamericanas!!

    Passível de anulação, ou mudança de gabarito!!
  • a questão Q65332 é igual a essa e com gabarito invertido. como assim?


ID
229783
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Caixa
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O restauro deve ter caráter excepcional e se destina a conservar e revelar os valores estéticos e históricos dos monumentos. Baseia-se no respeito pelas substâncias e pelos documentos. Na reconstituição, qualquer trabalho complementar, indispensável a causas estéticas ou técnicas, fica condicionado a uma conciliação ou harmonia arquitetônica e terá que acusar a data da intervenção. O restauro será sempre precedido e acompanhado de estudo arqueológico e histórico do monumento. Sempre que as técnicas tradicionais se revelem inadequadas, a consolidação de um monumento pode ser assegurada com o apoio de técnicas modernas. Os contributos válidos das diferentes épocas referentes à edificação de um monumento devem ser respeitados, não sendo a unidade de estilo um objetivo a alcançar no decurso de um restauro.

Carta de Veneza. Artigos 9, 10 e 11 (com adaptações).

A respeito dos conceitos expressos no texto acima, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • d) CORRETA. Art. 9º. - A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Tem por objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos. Termina onde começa a  hipóteseno plano das reconstituições conjeturais, todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca do nosso tempo. restauração será sempre precedida e acompanhada de um estudo arqueológico e histórico do monumento.


    e) ERRADA. Art.11º - As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas, visto que a unidade de estilo não é a finalidade a alcançar no curso de uma restauraçãoa exibição de uma etapa subjacente só se justifica em circunstâncias excepcionais e quando o que se elimina é de pouco interesse e o material que é revelado é de grande valor histórico, arqueológico, ou estético, e seu estado de conservação é considerado satisfatório. O julgamento do valor dos elementos em causa e a decisão quanto ao que pode ser eliminado não podem depender somente do autor do projeto.

    Artigo 12º - Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, distinguindo-se, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de história.



  • A) ERRADA

    Art. 1.º: A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Estende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural.

    B) ERRADA

    Art. 3.º: A conservação e a restauração visam a salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico.

    C) ERRADA

    Art. 9.º: A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Tem por objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos. Termina onde começa a  hipótese; no plano das reconstituições conjeturais, todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca do nosso tempo. A restauração serásempre precedida e acompanhada de um estudo arqueológico e histórico do monumento.

    D) A restauração pode ocorrer devido a razões estéticas, enquanto a consolidação somente se justifica por questões técnicas. (CORRETA)

    Art. 9.º: A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Tem por objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos. Termina onde começa a  hipótese; no plano das reconstituições conjeturais, todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca do nosso tempo. A restauração serásempre precedida e acompanhada de um estudo arqueológico e histórico do monumento.

    Art. 10.º: Quando as técnicas tradicionais se revelarem inadequadas, a consolidação do monumento pode ser assegurada com emprego de todas as técnicas modernas de conservação e construção cuja eficácia tenha sido demonstrada por dados científicos e comprovada pela experiência.

    E)  ERRADA

    Art. 11.º: As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas, visto que a unidade de estilo não é a finalidade a alcançar no curso de uma restauração, a exibição de uma etapa subjacente só se justifica em circunstâncias excepcionais e quando o que se elimina é de pouco interesse e o material que é revelado é de grande valor histórico, arqueológico, ou estético, e seu estado de conservação é considerado satisfatório. O julgamento do valor dos elementos em causa e a decisão quanto ao que pode ser eliminado não podem depender somente do autor do projeto.


ID
715564
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Caixa
Ano
2012
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Burra, que contém texto conclusivo do encontro internacional promovido pelo Icomos, na Austrália, em 1980, estabelece princípios e procedimentos para a conservação, preservação, restauração e reconstrução de bens culturais de valor estético, histórico, científico ou social para as gerações passadas, presentes e futuras.

Segundo o texto, o termo conservação é definido como

Alternativas
Comentários
  • http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=251
  • a - preservação

    b - manutenção

    c- adaptação

    d - tombamento

    e - conservação


ID
910435
Banca
CESGRANRIO
Órgão
BNDES
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O Patrimônio Cultural de uma nação, de uma região ou de uma comunidade é composto de todas as expressões materiais e espirituais que a constituem, incluindo o meio ambiente natural.
Declaração de Caracas - 1992

A respeito das normas sobre patrimônio cultural, considere as afirmativas abaixo.

I - Os municípios possuem o dever de conservar e proteger os bens tombados pela União e pelos Estados, mas não podem declarar novos tombamentos.

II - Com o objetivo de avaliar a redução da visibilidade de um bem tombado, a construção de imóveis em seu entorno deve ser autorizada pela entidade responsável pelo tombamento.

III - Os bens tombados somente poderão ser reparados ou pintados com autorização da entidade responsável pelo tombamento.

É correto APENAS o que se afirma em

Alternativas
Comentários
  • I - ERRADA! Art. 5º O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios se fará de ofício, por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atual IPHAN), mas deverá ser notificado à entidade a quem pertencer, ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada, afim de produzir os necessários efeitos. (Lei nº 25)

    O Tombamento pode ser feito pela União, através do IPHAN; pelo Governo Estadual, através da Secretaria de Estado da Cultura ou pelas administrações municipais que dispuserem de leis específicas. (...) A Constituição Federal no Artigo 216, estabelece que é função da União, do Estado e dos Municípios, com o apoio da comunidade, preservar os bens culturais e naturais brasileiros, dando especial atenção aos sítios arqueológicos.  (http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=4)

     

    II - CORRETA Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer construção que lhe impeça ou reduza a visibílidade, nem nela colocar anúncios ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra ou retirar o objéto, impondo-se nêste caso a multa de cincoenta por cento do valor do mesmo objéto. (Lei nº 25)

     

    III - CORRETA  Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruidas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de cincoenta por cento do dano causado. (Lei nº 25)

     

    Bons Estudos! =)


ID
1150765
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INPI
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação à preservação e ao restauro do patrimônio arquitetônico e urbanístico, julgue os itens de 81 a 84.

As cartas patrimoniais representam as leis e as posturas que direcionaram o restauro a partir do século XX. Particularmente, a Carta de Atenas de 1931 procurou adequar tais leis e posturas às culturas latino-americanas, valorizando também o acervo sociológico e o folclore nacional dessas alturas.

Alternativas
Comentários
  •  

     O 4º CIAM em Atenas foi em 1933. Também errado: "adequar tais leis e posturas às culturas latino-americanas, valorizando também o acervo sociológico e o folclore nacional dessas alturas."



  • A principal diferença entre as duas Cartas de Atenas acredito ser os objetivos específicos que cada documento trás. A Carta de 1931 foi criada por profissionais da restauração com o intuito de estabelecer uma orientação. Já a Carta de 1933 trata-se das resoluções de um congresso reunido para debater e impulsionar os novos rumos para a cidade moderna.

  • As cartas patrimoniais são documentos frutos de encontros nacionais e internacionais para o desenvolvimento de princípios que direcionam o restauro a partir do século XX.

    Carta de Atenas: Produzida em 1930, reflete preocupação internacional com diretrizes comuns relativas à conservação patrimonial mundial.

    Carta de Veneza: Produzida em 1964, na situação do pós-guerra europeu, ratifica e desenvolve conceitos da carta anterior.

    Normas de Quito: Documento produzido na Conferência de Quito em 1967, procura adequar os princípios da Carta de Veneza às culturas latino-americanas, valorizando também o acervo sociológico e o folclore nacional. 


ID
1238503
Banca
FCC
Órgão
DPE-RS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Acerca das recomendações da Carta de Veneza para conservação e restauração de monumentos e sítios considere:

I. O monumento é inseparável da história de que é testemunho e do meio em que se situa. Portanto, o deslocamento de todo o monumento ou de parte dele não pode ser tolerado em qualquer hipótese.

II. A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade. Tal destinação é desejável, mas não pode nem deve alterar a disposição ou a decoração dos edifícios.

III. Os elementos de escultura, pintura ou decoração que são parte integrante do monumento não lhes podem ser retirados a não ser que essa medida seja a única capaz de assegurar sua conservação.

Está correto o que consta APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I. O monumento é inseparável da história de que é testemunho e do meio em que se situa. Portanto, o deslocamento de todo o monumento ou de parte dele não pode ser tolerado em qualquer hipótese. - FALSA

    Carta de Veneza 1964 -

    Artigo 7°

    O monumento é inseparável da história de que é testemunho e do meio em que se situa. Por isso, o deslocamento de todo o monumento ou de parte dele não pode ser tolerado, exceto quando a salvaguarda do monumento o exigir ou quando o justificarem razões de grande interesse nacional ou internacional.

    II. A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade. Tal destinação é desejável, mas não pode nem deve alterar a disposição ou a decoração dos edifícios. - VERDADE

    Carta de Veneza 1964 -

    Art 5º

    A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade; tal destinação é, portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar a disposição ou a decoração dos edifícios. É somente dentro destes limites que se devem conceber e se podem autorizar as modificações exigidas pela evolução dos usos e costumes.

    III. Os elementos de escultura, pintura ou decoração que são parte integrante do monumento não lhes podem ser retirados a não ser que essa medida seja a única capaz de assegurar sua conservação. - VERDADE

    Carta de Veneza 1964 -

    Art. 8º

    Os elementos de escultura, pintura ou decoração que são parte integrante do monumento não lhes podem ser retirados a não ser que essa medida seja a única capaz de assegurar sua conservação.


ID
1401652
Banca
FGV
Órgão
TJ-BA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Em consonância com as prescrições da Carta de Veneza de 1964, carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios, analise as afirmativas referentes à restauração:

I. A restauração objetiva conservar e revelar, especificamente, os valores estéticos do monumento, visto que os valores históricos não podem ser resgatados.

II. A consolidação do monumento não pode ser assegurada com o emprego de técnicas modernas de conservação e construção, mesmo que sua eficácia tenha sido cientificamente comprovada.

III. As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas, visto que a unidade de estilo não é a finalidade a alcançar no curso de uma restauração.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • I. ERRADA A restauração objetiva conservar e revelar, especificamente, os valores estéticos do monumento, visto que os valores históricos não podem ser resgatados.

    Carta de Veneza

    Art.3 - A conservação e o restauro dos monumentos têm como objetivo salvaguardar tanto a obra de arte como as respectivas evidências históricas.

    II.ERRADA A consolidação do monumento não pode ser assegurada com o emprego de técnicas modernas de conservação e construção, mesmo que sua eficácia tenha sido cientificamente comprovada.

    Carta de Veneza

    Art.2 - A conservação e o restauro dos monumentos devem recorrer à colaboração de todas as ciências e técnicas que possam contribuir para o estudo e a proteção do patrimônio monumental.

    III. CERTA As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas, visto que a unidade de estilo não é a finalidade a alcançar no curso de uma restauração.

    Carta de Veneza

    Art.11 - As contribuições válidas de todas as épocas para a construção de um monumento devem ser respeitadas, dado que a unidade de estilo não é o objetivo que se pretende alcançar nos trabalhos de restauro. Quando um edifício apresente uma sobreposição de trabalhos realizados em épocas diferentes, a eliminação de algum desses trabalhos posteriores apenas poderá ser justificada em circunstâncias excepcionais, quando o que for removido seja de pouco interesse e aquilo que se pretenda pôr a descoberto tenha grande valor histórico, arqueológico ou estético e o seu estado de conservação seja suficientemente bom para justificar uma ação desse tipo. A avaliação da importância dos elementos envolvidos e a decisão sobre o que pode ser destruído não podem depender apenas do coordenador dos trabalhos.


ID
1401655
Banca
FGV
Órgão
TJ-BA
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Faça a correspondência entre as duas colunas abaixo, enumerando cada conceito com suas respectivas definições, ditadas pela Carta de Burra, do I ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, de 1980:

1. conservação

2. manutenção

3. preservação

4. reincorporação

5. reconstrução

6. adaptação

( ) agenciamento de um bem a uma nova destinação, sem destruição de sua significação cultural;

( ) proteção contínua da substância, do conteúdo e do entorno de um bem;

( ) cuidados a serem dispensados a um bem para preservar-lhes as as características que apresentem uma significação cultural;

( ) manutenção no estado da substância de um bem e desaceleração do processo pelo qual ele se degrada;

( ) restabelecimento, com máximo de exatidão, de um estado anterior conhecido.

A sequência correta é:

Alternativas
Comentários

  • (6 ) agenciamento de um bem a uma nova destinação, sem destruição de sua significação cultural; adaptação  

    ( 2) proteção contínua da substância, do conteúdo e do entorno de um bem; manutenção 

    ( 1) cuidados a serem dispensados a um bem para preservar-lhes as as características que apresentem uma significação cultural; conservação 

    ( 3) manutenção no estado da substância de um bem e desaceleração do processo pelo qual ele se degrada; preservação 

    ( 5) restabelecimento, com máximo de exatidão, de um estado anterior conhecido. Reconstrução 


ID
1504912
Banca
FGV
Órgão
DPE-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As cartas patrimoniais são documentos firmados internacionalmente sobre a preservação de bens culturais. Entre elas encontra-se a Carta de Restauro que estabelece as normas para esse procedimento.
A respeito das cartas do restauro, analise as afirmativas a seguir.

I. Quando o reboco está irrecuperável ou completamente ausente, deve-se deixar como está para não se introduzir erros históricos durante a restauração.
II. Quando o reboco está marcado pela passagem do tempo, mas em estado de boa conservação, deve-se usar do máximo respeito pela preexistência, limitando as operações ao mínimo indispensável.
III. Quando o reboco apresenta bom estado de conservação, mas apresenta as suas cores irreversivelmente comprometidas, deve-se evitar a renovação das cores para não se perder as características originais.

Assinale:

Alternativas
Comentários
  • Alguém sabe me dizer por que a afirmativa III foi considerada certa?

    _________________________________________________________________________________________________________________

    I. Quando o reboco está irrecuperável ou completamente ausente, deve-se deixar como está para não se introduzir erros históricos durante a restauração. ERRADA

    "O reboco est· em pÈssimas condiÁıes e irrecuper·vel, ou completamente ausente. Neste caso È f˙til encararem-se obras de conservaÁ„o ou de manutenÁ„o. Encontramo-nos perante um problema de reintegraÁ„o da imagem, a ser conduzido com rigor filolÛgico e sentido crÌtico; os edifÌcios danificados perderam, de facto, a sua imagem assumindo o aspecto de figuras mutiladas. Na proposta de um NOVO REBOCO devem-se evitar, assim, quaisquer tentativas de reposiÁ„o de um inverosÌmil ìestado originalî, ou de procura de efeitos de ìtraÁo antigoî, ou de imitaÁıes ìao estiloî. Devem-se resolver os problemas de reinterpretaÁ„o desse edifÌcio, procurando-se o objectivo da definiÁ„o caso a caso, dentro dos limites crom·ticos, historicamente circunscritos, propostos pelo ambiente.'
    II. Quando o reboco está marcado pela passagem do tempo, mas em estado de boa conservação, deve-se usar do máximo respeito pela preexistência, limitando as operações ao mínimo indispensável.  CERTA

    " - O reboco apresenta-se bem conservado mas marcado de diferentes formas pela passagem do tempo. Nestes casos é possÌvel usar-se do máximo respeito pela preexistência limitando-se as operações ao mÌnimo indispensável"


    III. Quando o reboco apresenta bom estado de conservação, mas apresenta as suas cores irreversivelmente comprometidas, deve-se evitar a renovação das cores para não se perder as características originais. CERTA?

    "O reboco apresenta-se bem conservado mas as suas cores (N.T - tintas) est„o irreversivelmente comprometidas. Nestes casos torna-se indispensável a renovação da coloração (N.T. -  pintura) das fachadas. "  https://5cidade.files.wordpress.com/2008/04/fundamentacao-teorica-do-restauro.pdf

  • comentário da Prof. Moema Machado do Estratégia Concursos:

    I. Incorreta. Quando o reboco está irrecuperável ou completamente ausente, na proposta de

    um novo reboco devem-se evitar quaisquer tentativas de reposição de um inverosímil “estado

    original”, ou de procura de efeitos de “traço antigo”, ou de imitações “ao estilo”. Ou seja, deve

    haver uma proposta de um novo reboco, porém como uma reinterpretação do edifício, com

    rigor filosófico e sentido crítico.

    II. Correta. Fiquem sempre atentos! As intervenções devem se ater ao mínimo indispensável.

    III. Correta. Nesse caso, torna-se indispensável a renovação da coloração, mas não a renovação

    das cores originais. Outro ponto importante, e muito cobrado nas provas, é que na

    intervenção, quando as partes estiverem muito comprometidas, não se deve tentar imitar o

    original, pois seria uma grave alteração aos valores históricos.

  • Na verdade a assertiva III está errada, e passível de anulação.

    Segue a fonte da questão:

    III. Quando o reboco apresenta bom estado de conservação, mas apresenta as suas cores irreversivelmente comprometidas, deve-se evitar a renovação das cores para não se perder as características originais.

    DEVE-SE RENOVAR A COLORAÇÃO (SEM IMITAR AS CORES ORIGINAIS).

    Fonte: https://5cidade.files.wordpress.com/2008/04/fundamentacao-teorica-do-restauro.pdf

    1. O reboco apresenta-se bem conservado mas as suas cores estão irreversivelmente comprometidas. Nestes casos torna-se indispensável a renovação da coloração (N.T. ñ pintura) das fachadas. A intervençãoo não deve, no entanto, assumir um carácter excessivamente competitivo ou prevaricante relativamente em que se insere, nem deve ser imitativa ou mimética no respeito pela imagem arquitetonica; se forem profusamente seguidas estas disposiÁıes, provoca-se uma grave alteração aos valores históricos. As novas cores (N.T ñ tintas) não devem, no entanto, voltarem a propor as originais ou uma das que se lhes tenham seguido; a utilização de uma cor nova destina-se a constituir uma adição crÌtica, ou seja, uma contribuição que a cultura actual pode legitimamente trazer solução do problema.  

  • FGV vocês estão equivocados... a III está errada!

    deve-se fazer a renovação das cores evitando caráter competitivo ou prevaricante, conforme os colegas abaixo disseram

  • Acredito que a III foi considerada certa por este motivo:

    A questão fala em RENOVAÇÃO. Isso seria equivalente a PINTAR DA MESMA COR ANTERIOR, o que é considerado produzir um FALSO HISTÓRICO.

    Para ser realizada a pintura, teria que ser com uma cor diferente.


ID
1730560
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O 1º Encontro dos Governadores de Estado, secretários estaduais de área cultural, prefeitos de municípios ineressados, presidentes e representantes de instituições culturais, ocorrido no Brasil, recomendou, entre outras coisas, a criação, onde ainda não houvesse, de orgãos estaduais e municipais, articulados com os Conselhos Estaduais de Cultura e com o Deprtamento de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN).
Deste encontro resultou o seguinte documento:

Alternativas
Comentários
  • gab. B

    COMPROMISSO BRASÍLIA - 1970

    Em 1970, o Brasil vivia um momento importante, e, influenciado pelos documentos internacionais relacionados ao patrimônio, foi promovido o 1º Encontro dos Governadores de Estado, Secretários Estaduais da Área Cultural, Prefeitos de Municípios Interessados, Presidentes e Representantes de Instituições Culturais, do qual resultou o Compromisso de Brasília

    Tal documento foi baseado na necessidade de cuidados com o patrimônio cultural brasileiro, e recomenda a criação de órgãos estaduais ou municipais onde ainda não houver, todos ligados aos Conselhos Estaduais de Cultura e ao DPHAN. Quanto ao plano de proteção da natureza, é importante a criação de legislação e serviços estaduais articulados com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal.

    Chegou a ser discutida a carência de mão de obra especializada em níveis superiores, médio e artesanal, criando programas de formação de arquitetos restauradores, conservadores de pintura, escultura e documentos, arquivologistas e museólogos de várias especialidades. Nesse sentido outra recomendação se dá na criação de um programa que abarque todo o sistema de educação, com a visão de que saber da história da arte do Brasil é primordial para a formação da consciência.

    Junto a este Compromisso, foi anexada uma carta assinada por Lucio Costa, na qual ele relata a problemática encontrada na recuperação e na restauração de monumentos pela dependência de técnicos qualificados, inventário histórico-artístico, estudo de documentos, tombamento, eleição do que mereça restauro, recursos financeiros, etc. Foi relatada também a questão da ação da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o DPHAN, em restauro de alguns monumentos e na ausência de preservação de outros (IPHAN – Compromisso de Brasília, 1970)


ID
1730566
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O conceito de conservação urbana integrada (CI) tem origem no urbanismo reformista italiano dos anos 1960/70, mais especificamente a partir da experiência de reabilitação do centro histórico da cidade de Bolonha. Planejadores como Venuti, Benevollo e Cervellati ganharam notoriedade mundial por suas originais contribuições no campo do planejamento urbano e da conservação patrimonial das cidades, as quais ultrapassaram os limites da Itália e, em 1975, influenciaram o Conselho da Europa na formulação de diretrizes, expressas pela Declaração de Amsterdã, para o planejamento urbano de centros históricos do continente. 
A partir do texto, com relação às contribuições da Declaração de Amsterdã, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas

ID
1730572
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Veneza (1964) trouxe contribuições importantes para a atuação no campo da preservação de monumentos, que influenciaram em grande medida as políticas de preservação do patrimônio, inclusive no Brasil.
Assinale a afirmativa que apresenta uma dessas contribuições:

Alternativas
Comentários
  • CARTA DE VENEZA 1964

    Artigo 1º

    A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Estende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural.


ID
1730578
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O Seminário Semana do Patrimônio – Cultura e Memória na Fronteira, realizado no município de Bagé/RS, em agosto de 2007, abordou de forma pioneira no Brasil o tema da Paisagem Cultural e resultou na Carta de Bagé que tem por objetivo a defesa das paisagens culturais em geral e, em especial, do território dos Pampas e das paisagens culturais de fronteira.
O documento define Paisagem Cultural como “o meio natural ao qual o ser humano imprimiu as marcas de suas ações e formas de expressão, resultando em uma soma de todos os testemunhos resultantes da interação do homem com a natureza e, reciprocamente, da natureza com homem, passíveis de leituras espaciais e temporais”.
Com relação às recomendações da referida carta, assinale a afirmativa incorreta.

Alternativas
Comentários
  • Gab. E

    Complementando...

    Carta de Bagé(2007) - Carta da Paisagem Cultural

    A Carta de Bagé, ou Carta da Paisagem Cultural, de 2007, que define as paisagens culturais como os mais representativos modelos de integração e articulação entre todos os diferentes bens que constituem o Patrimônio Cultural brasileiro;

    Esta Carta, denominada Carta de Bagé ou Carta da Paisagem Culturaltem por objetivo a defesa das paisagens culturais em geral e, mais especificamente, do território dos Pampas e das paisagens culturais de fronteira.

     A Carta de Bagé ainda sustentou que seria implantado um sistema de avaliação da qualidade da paisagem que monitore todas as fases de modificação ou evolução da paisagem por meio de procedimentos, normas e critérios, assegurando que produtos não conformes aos requisitos especificados sejam impedidos de serem certificados.

    Cada paisagem receberá um selo de chancela de sua qualidade, sendo designados órgãos responsáveis pelo patrimônio cultural que, conjuntamente com Prefeituras, Estados e a União, a depender de cada caso e as comunidades residentes em sua abrangência territorial, serão responsáveis por coordenar e controlar o sistema da qualidade, que deve ser documentado na forma de um manual e implementado, considerando as formas de uso e ocupação existentes.

    Para tanto, deverão ser adotados procedimentos para garantir assistência a usuários da paisagem como turistas e visitantes, bem como a assegurar às populações que nela existam de forma equilibrada, condições de sustentabilidade, oferecendo alternativas econômicas para novas ou tradicionais formas de utilização dos recursos econômicos e dos modos de produção. Sem o cumprimento desses procedimentos, o certificado, emitido por um órgão de patrimônio cultural, poderá ser cancelado.


ID
1730593
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O documento sobre autenticidade, resultante da Conferência de Nara (1994), concebido no espírito da Carta de Veneza (1964), desenvolve e amplia os conceitos referentes ao escopo do que é patrimônio cultural e seus interesses no mundo contemporâneo.
No que tange aos valores e à autenticidade, segundo a Conferência de Nara, assinale a afirmativa correta

Alternativas
Comentários
  • Resposta: letra A.

    Está conforme a carta, ctrl C ctrl V:

    • Todos os julgamentos sobre atribuição de valores conferidos às características culturais de um bem, assim como a credibilidade das pesquisas realizadas, podem diferir de cultura para cultura, e mesmo dentro de uma mesma cultura, não sendo, portanto, possível basear os julgamentos de valor e autenticidade em critérios fixos. Ao contrário, o respeito devido a todas as culturas exige que as características de um determinado patrimônio sejam consideradas e julgadas nos contextos culturais aos quais pertençam.


ID
1730626
Banca
FGV
Órgão
FIOCRUZ
Ano
2010
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Florença, de 1981, elaborada pelo Comitê Internacional de Sítios e Jardins Históricos da UNESCO, define em seu artigo 1º que “um jardim histórico é uma composição arquitetônica e vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta um interesse público. Como tal é considerado monumento”.
Mais adiante, no artigo 4º, a Carta relaciona os elementos que se destacam na composição arquitetônica do jardim histórico.
Assinale a afirmativa que não apresenta um dos elementos da Carta.

Alternativas
Comentários
  • CARTA DE FLORENÇA 1981

    Artigo 4º

    Determinam a composição arquitetônica de um jardim histórico:

    . O seu traçado e a sua topografia;

    . A sua vegetação: espécies, volumes, jogos de cores, distâncias e respectivas alturas;

    . Os seus elementos estruturais ou decorativos;

    . A a sua água, em movimento ou parada, refletindo o céu.

  • Se a Carta de Florença se refere a Jardins Históricos, todos as alternativas tem relações ou jardins menos o item (D) Subsolo


ID
1756798
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Em 1931, na Carta de Atenas, foram traçadas diretrizes e fórmulas para o conceito de urbanismo moderno, que apresentaram como referência

Alternativas
Comentários
  • Sobre a Carta de Atenas – As discussões culminaram na famosa teoria de organização espacial obedecendo as distintas atividades humanas básicas: trabalhar – habitar – cultivar o corpo e o espírito – circular. Acreditava-se firmemente que as decisões tomadas na prancheta poderiam guiar as cidades e até mesmo a vida dos indivíduos de maneira direta e completa.

    (Resumão sobre o assunto: https://arquiconcurseiros.wordpress.com/2015/06/18/carta-de-atenas/)

     

    Bons Estudos! =)

  • A Carta de Atenas que trata do Urbanismo Racional data de 1933, um manifesto urbanístico resultante do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna.

    A Carta de Atenas de 1931 é conhecida como Carta de Restauro, que, entre outras coisas, declara necessidade de criação e fortalecimento de organizações nacionais e internacionais voltadas à preservação e restauro do patrimônio.

    Portanto, parece que houve um equívoco da banca com relação à formulação da questão, passível de ser anulada.

  • Gab. A

    Porém, a questão é passiva de recurso, pois a Carta de Atenas que se refere ao Urbanismo é a Carta de Atenas de 1933!

  • Essa questão deveria ser anulada, pois induz o estudante a pensar de acordo com a carta de 1931, mas dá como gabarito atividades encontradas apenas na carta de 1933.


ID
1777054
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STJ
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Julgue o seguinte item, relativo à teoria da história da arquitetura.

A Carta de Atenas, redigida no início da década de 1930, no congresso internacional de arquitetos e técnicos de monumentos históricos, constitui o primeiro ato normativo internacional a reunir deliberações de consenso entre vários países referentes à temática da longevidade de monumentos históricos, documento mais antigo com registros que se dedicam exclusivamente ao patrimônio e restauro.

Alternativas
Comentários
  • Cartas de Atenas 1931/1933

    ·         recomenda que edificações e monumentos históricos sejam mantidos em uso, a fim de se assegurar a continuidade de sua existência.

    ·         1931 a primeira carta;

    ·         Necessidade de organizações que trabalhem com atuação, consulta e restauro na área da preservação;

    ·         Legislações;

     

    ·         1933;

    ·         Trata do crescimento urbano;

    ·         Cidade funcional;

    FONTE: MINHAS ANOTAÇÕES

  • A Carta de Atenas é o primeiro ato normativo internacional, contudo, a afirmativa de que é "o documento mais antigo com registros que se dedicam exclusivamente ao patrimônio e ao restauro" é bem duvidosa e genérica. Há tantos documentos anteriores que se dedicam ao patrimônio e ao restauro...Quantos teóricos trabalharam nisso antes da Carta de Atenas e produziram documentos...QUESTÃO RUIM ESTA...


ID
1798027
Banca
FGV
Órgão
TJ-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Veneza, carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios, estabelece que a Conservação dos Monumentos:

Alternativas
Comentários
  • Carta de Venza, 1964:

    CONSERVAÇÃO

    Art.4 - Para a conservação dos monumentos é essencial que estes sejam sujeitos a operações regulares de manutenção.

    Art.5 - A conservação dos monumentos é sempre facilitada pela sua utilização para fins sociais úteis. Esta utilização, embora desejável, não deve alterar a disposição ou a decoração dos edifícios. É apenas dentro destes limites que as modificações que seja necessário efetuar poderão ser admitidas.

    Art.6 - A conservação de um monumento implica a manutenção de um espaço envolvente devidamente proporcionado. Sempre que o espaço envolvente tradicional subsista, deve ser conservado, não devendo ser permitidas quaisquer novas construções, demolições ou modificações que possam alterar as relações volumétricas e cromáticas.

    Art.7 - Um monumento é inseparável da história de que é testemunho e do meio em que está inserido. A remoção do todo ou de parte do monumento não deve ser permitida, exceto quando tal seja exigido para a conservação desse monumento ou por razões de grande interesse nacional ou internacional.

    Art.8 - Os elementos de escultura, pintura ou decoração que façam parte integrante de um monumento apenas poderão ser removidos se essa for a única forma de garantir a sua preservação.


ID
1798030
Banca
FGV
Órgão
TJ-RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Em 1981, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios e o Comitê Internacional de Jardins e Sítios Históricos – ICOMOS/IFLA decidiram elaborar uma Carta relativa à proteção dos jardins históricos, visando complementar a Carta de Veneza, que se denominou:

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    O ICOMOS-IFLA International Comitee for Historic Gardens, reunindo em Florença a 21 de Maio de 1981, decidiu emitir uma carta sobre a preservação dos jardins históricos que levaria o nome dessa cidade.

  • Cartas Patrimoniais mais cobradas em provas:

    1. Carta de Atenas- 1931

    2. Carta de Veneza- 1964

    3. Normas de Quito- 1967

    4. Carta de Burra- 1980

    5. Carta de Florença-1981

  • A) CARTA DE BURRA - 1980
    Baseada nos conhecimentos dos membros do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), a Carta de Burra segue linhas de orientação e conservação e gestão dos sítios com significado cultural. Escrita na Austrália, ela reconhece a necessidade de envolver pessoas nos processos de formação das decisões.
    Com 29 artigos, a Carta aborda questões relacionadas às definições de conceitos, conservação e preservação por meio de manutenção e restauração, reconstrução (dadas às exceções, circunstâncias e características de elementos a serem implantados e mantidos) e procedimentos de intervenção (IPHAN – Carta de Burra, 1980).​

    b)  CARTA DE FLORENÇA - 1981 ( LEMBRAR JARDINS, FLORES - FLORENÇA)
    Criada em 1981, pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), a Carta de Florença visou o cuidado com os jardins históricos, sendo estes uma composição arquitetônica e vegetal que apresenta interesse público.
    Os jardins históricos possuem características que devem ser preservadas, como o traçado e a topografia, vegetação, mantendo espécies, volumes, cores, distâncias e alturas, elementos estruturais e/ou decorativos. Cuidados devem ser tomados para a manutenção, conservação, restauração e reconstrução dos jardins.
    A reestruturação e reconstrução dos jardins devem acontecer depois de estudos através de documentos para assegurar o caráter científico da intervenção. A sua utilização precisa ser controlada e o seu acesso para visitação deve ser limitado para conservar a sua substância e sua mensagem cultural.
    O documento ainda defende a importância de identificar, inventariar e proteger os jardins históricos, criar medidas legais financeiras para manutenção, conservação e restauro (IPHAN – Carta de Florença, 1981).

    C) CARTA DE WASHINGTON - 1986
    A Carta de Washington foi criada pelo Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios (ICOMOS), no ano de 1986, em Washington (EUA), é a Carta Internacional para a Salvaguarda das Cidades Históricas. Este documento diz respeito às grandes ou pequenas cidades, centros ou bairros históricos, com seu ambiente natural ou edificado, que expressam valores próprios das civilizações urbanas tradicionais.
    Salvaguardar as cidades históricas significa adotar medidas para proteção, conservação e restauro, assim como ao seu desenvolvimento coerente e à sua adaptação harmoniosa à vida contemporânea.
    Os valores a preservar são:
    • Forma urbana definida pela malha fundiária e pela rede viária;
    • As relações entre edifícios, espaços verdes e espaços livres;
    • A forma e o aspecto dos edifícios (interior e exterior) definidos pela sua estrutura, volume, estilo, escala, materiais, cor e decoração;
    • As relações da cidade com o seu ambiente natural ou criado pelo homem;
    • As vocações diversas da cidade adquiridas ao longo da sua história.
    Segundo esta Carta, qualquer ataque a estes valores comprometeria a autenticidade da cidade histórica (IPHAN – Carta de Washington, 1986).
     

  • Carta de Lausanne -1990: Carta para a proteção e a gestão do patrimônio arqueológico.

    Fonte: Material Método Arqconcurso.

  • Uma dica pra lembrar qual carta é relativa à proteção dos jardins históricos:

    Carta de Florença - flor lembra jardim.

  • https://www.instagram.com/p/CEKztCElCFi/

    @dicasdearq


ID
2301889
Banca
FCC
Órgão
AL-MS
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Texto basilar da preservação dos monumentos históricos, a Carta de Veneza (1964) proclama que

Alternativas
Comentários
  • LETRA A

     

    b) Art 3º- a conservação e a restauração dos monumentos visam a salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico

    c) Art 8º- os elementos de escultura, pintura ou decoração que são parte integrante do monumento não poderão ser retirados a não ser que essa medida seja a única capaz de assegurar a sua conservação

    d) Art 12º - os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem se distinguir das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de história

    e) Art 7º- o monumento é inseparável da história de que é testemunho e não deverá ser deslocado em conjunto ou em parte, exceto quando a salvaguarda do monumento o exigir ou quando o justificarem razões de grande interesse nacional ou internacional

     

  • A) A conservação dos monumentos exige, antes de tudo, manutenção permanente.
    Correta pois além de estar descrita igualmente no art. 4 também é a mais coerente entre todas as outras.



    B) A conservação e a restauração dos monumentos visam a salvaguardar tão somente o seu testemunho histórico. 
    Errada, poís a obra tem tanto valor quanto seu testemunho histórico. Descrito no art. 3

     

    Art 3º- a conservação e a restauração dos monumentos visam a salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico

     

    C) Os elementos de escultura, pintura ou decoração que são parte integrante do monumento jamais poderão ser retirados para sua conservação
    Errada, poís se não forem retirados para sua conversação permanecerão em estado de abando causando sua perda. 

     

    Art 8º- os elementos de escultura, pintura ou decoração que são parte integrante do monumento não poderão ser retirados a não ser que essa medida seja a única capaz de assegurar a sua conservação. 

     

    D) Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem ser cópias fidedignas das partes originais. 
    Errada, pois um dos principais princípios da Carta de Veneza traz é o conceito "distinguibilidade" seja ela técnica, material e temporal afim de que não falsifique o bocumento.

    Art 12º - os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem se distinguir das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de história. ​

     

    E) O monumento é inseparável da história de que é testemunho e não deverá nunca ser deslocado em conjunto ou em parte. 
    Errado, pois em havendo necessidade de deslocamento para que haja sua conservação não há sentido não o fazê-lo levando a perca da obra. Descrito no art. 7

     Art 7º- o monumento é inseparável da história de que é testemunho e não deverá ser deslocado em conjunto ou em parte, exceto quando a salvaguarda do monumento o exigir ou quando o justificarem razões de grande interesse nacional ou internacional. 


ID
2366782
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

“A Carta de Atenas de 1933, elaborada pelo CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura Moderna), criticava as cidades tradicionais e propunha uma concepção de cidade pautada no funcionalismo, conforme as visões do Urbanismo Moderno. Estas visões ‘assumiram um caráter dogmático, influenciando profundamente as nossas cidades’.” (Kanashiro, 2005, p. 1.)

Assinale a alternativa que apresenta as funções básicas da cidade moderna definidas pela Carta de Atenas (1933).

Alternativas
Comentários
  • Letra A. 

    Habitar, trabalhar, recrear e circular. 

  • Gab. A

    A Carta de Atenas afirma quatro funções básicas do urbanismo: habitar, trabalhar, divertir-se e circular e que os planos devem fixar sua estrutura e implantação.

    MORADIA/HABITAÇÃO:

     A melhoria da qualidade de vida destaca-se como item de grande destaque, de modo que pregam que cada moradia deve receber insolação mínima, por direito; devem afastar-se do alinhamento das vias de modo a distanciarem-se da poeira, gases tóxicos e ruídos que ali se formam e que as construções mais elevadas distem uma das outras, liberando o solo para áreas verdes.

    TRABALHO:

    Os locais de trabalho e moradia devem ficar próximos e as indústrias devem se concentrar em vias lineares de modo que os setores industriais e habitacionais sejam separados por zonas verdes.

    LAZER/RECREAÇÃO:

    Ao lazer, o estatuto do solo deve assegurar superfícies verdes satisfatórias a organização de cada região. As periferias da cidade devem ser organizadas como áreas de lazer semanais de fácil acesso, oferecendo atividades diversas e saudáveis de entretenimento e novas áreas verdes devem servir ao embelezamento e ao mesmo tempo abrigar instalações coletivas.

    CIRCULAÇÃO:

    Quanto a circulação, deverá ser feita uma classificação e separação das vias segundo seu uso/natureza e velocidades média, sendo então categorizadas (passeio, trânsito...) e administradas por um regime próprio. Zonas de vegetação devem isolar os leitos de grande circulação que serão afastados das edificações.


ID
2366821
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Washington, carta internacional para salvaguarda das cidades históricas, elaborada pelo ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios) , em 1986, “define os princípios e os objetivos, os métodos e os instrumentos de ação apropriados a salvaguardar a qualidade das cidades históricas, a favorecer a harmonia da vida individual e social e perpetuar o conjunto de bens que, mesmo modestos, constituem a memória da humanidade”. A respeito da Carta de Washington (ICOMOS, 1986), marque a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

     

    Carta de Washington, 1986:

     

    a) A melhoria do habitat deve ser um dos objetivos fundamentais da salvaguarda.

     

    b) Os valores a preservar são o caráter histórico da cidade e o conjunto de elementos materiais e espirituais que expressam sua imagem. Qualquer ameaça a esses valores comprometeria a autenticidade da cidade histórica.

     

    d) O êxito da salvaguarda das cidades e bairros históricos  não depende exclusivamente de um corpo técnico e atuação profissional competente. A abertura à participação dos habitantes da cidade é indispensável ao êxito do processo de salvaguarda e devem ser estimulados. Não se deve jamais esquecer que a salvaguarda das cidades e bairros históricos diz respeito primeiramente a seus habitantes.

     

    e) A introdução de elemetnos de caráter contemporâneo, desde que não pertube a harmonia do conjunto, pode contribuir para o seu enriquecimento.

     

     


ID
2366836
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Burra, elaborada pelo ICOMOS (Conselho Internacional de Monumentos e Sítios), em 1980, define conceitos e práticas de salvaguarda do patrimônio histórico e cultural. Com base nessas definições, analise.

1. “[...] será o agenciamento de um bem a uma nova destinação, sem a destruição de sua significação cultural.”
2. “[...] designará os cuidados a serem dispensados a um bem para preservar-lhes as características que apresentem uma significação cultural.”
3. “[...] será a manutenção no estado da substância de um bem e a desaceleração do processo pelo qual ele se degrada.”
4. “[...] será o restabelecimento, com o máximo de exatidão, de um estado anterior conhecido; ela se distingue pela introdução na substância existente pela introdução de materiais diferentes, sejam novos ou antigos.”
5. “[...] será o restabelecimento da substância de um bem em um estado anterior conhecido.” 

Assinale a alternativa que relaciona, correta e respectivamente, o termo conceitual às definições descritas anteriormente, estabelecidas pela Carta de Burra (ICOMOS, 1980).

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - LETRA E

     

    Adaptação - É o agenciamento de um bem a uma nova destinação, sem a destruição de sua significação cultural.

    Conservação - Designa os cuidados a serem dispensados a um bem para preservar-lhes as características que apresentem uma significação cultural.

    Preservação - É a manutenção no estado da substância de um bem e a desaceleração do processo pelo qual ele se degrada.

    Reconstrução - É o restabelecimento, com o máximo de exatidão, de um estado anterior conhecido; ela se distingue pela introdução na substância existente pela introdução de materiais diferentes, sejam novos ou antigos

    Restauração - É o restabelecimento da substância de um bem em um estado anterior conhecido.


ID
2371012
Banca
FGV
Órgão
ALERJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Veneza, de maio de 1964, estabelece que a restauração dos monumentos é uma operação que deve ter caráter excepcional.
Um dos aspectos abordados nessa Carta sugere que a restauração deve:

Alternativas
Comentários
  • Da Carta de Veneza, 1964:

    RESTAURO

    Art.9 - O restauro é um tipo de operação altamente especializado. O seu objetivo é a preservação dos valores estéticos e históricos do monumento, devendo ser baseado no respeito pelos materiais originais e pela documentação autêntica. Qualquer operação desse tipo deve terminar no ponto em que as conjecturas comecem; qualquer trabalho adicional que seja necessário efetuar deverá ser distinto da composição arquitetônica original e apresentar marcas que o reportem claramente ao tempo presente. O restauro deve ser sempre precedido e acompanhado por um estudo arqueológico e histórico do monumento.

    Art.10 - Quando as técnicas tradicionais se revelarem inadequadas, a consolidação de um monumento pode ser efetuada através do recurso a outras técnicas modernas de conservação ou de construção, cuja eficácia tenha sido demonstrada cientificamente e garantida através da experiência de uso.

    Art.11 - As contribuições válidas de todas as épocas para a construção de um monumento devem ser respeitadas, dado que a unidade de estilo não é o objetivo que se pretende alcançar nos trabalhos de restauro. Quando um edifício apresente uma sobreposição de trabalhos realizados em épocas diferentes, a eliminação de algum desses trabalhos posteriores apenas poderá ser justificada em circunstâncias excepcionais, quando o que for removido seja de pouco interesse e aquilo que se pretenda pôr a descoberto tenha grande valor histórico, arqueológico ou estético e o seu estado de conservação seja suficientemente bom para justificar uma ação desse tipo. A avaliação da importância dos elementos envolvidos e a decisão sobre o que pode ser destruído não podem depender apenas do coordenador dos trabalhos.

    Art.12 - Os elementos destinados a substituírem as partes que faltem devem integrar-se harmoniosamente no conjunto e, simultaneamente, serem distinguíveis do original por forma a que o restauro não falsifique o documento artístico ou histórico.

    Art.13 - Não é permitida a realização de acrescentos que não respeitem todas as partes importantes do edifício, o equilíbrio da sua composição e a sua relação com o ambiente circundante.

  •  A) Começar onde se inicia a hipótese sobre os valores do monumento; 
    Está errada pois é completamente confusa, uma vez que algumas versões da carta de Veneza (IPHAN) traz a frase "termina onde se começa a hipotese;..." que não fornece nenhum entendimento para quem lê pois logo fala das adições, totalmente fora de contexto levando a confusão do aluno. 

    B) Destacar-se da composição arquitetônica, ostentando a marca do seu tempo; 

    Está Correta pois o art. 9 traz o conceito de respeito a obra pela distinção compositiva da adição com o original marcando os tempos entre as obras.

    Art.9 - O restauro é um tipo de operação altamente especializado. O seu objetivo é a preservação dos valores estéticos e históricos do monumento, devendo ser baseado no respeito pelos materiais originais e pela documentação autêntica. Qualquer operação desse tipo deve terminar no ponto em que as conjecturas comecem; qualquer trabalho adicional que seja necessário efetuar deverá ser distinto da composição arquitetônica original e apresentar marcas que o reportem claramente ao tempo presente

     

    C) Ser precedida e acompanhada de um estudo artístico do monumento; ​
    Está errada uma vez que apenas um estudo artistico é pouco no art. 16 na parte de Documentação explica: 


    Artigo 16 - Todos os trabalhos de conservação, de restauro e as escavações deverão ser sempre acompanhados pela compilação de documentação precisa, sob a forma de relatórios analíticos ou críticos, ilustrados com desenhos e fotografias. Todas as fases dos trabalhos de desobstrução, de consolidação, de recomposição e de reintegração, assim como os elementos técnicos e formais identificados no decurso dos trabalhos deverão ser anotados. Esta documentação deverá ser guardada nos arquivos de um organismo público e colocada à disposição dos investigadores, recomendando-se a sua publicação.


    D) Integrar os elementos destinados a substituir as partes faltantes, de modo que pareçam partes originais do conjunto;

    Está errada, pois no art. 12  traz o conceito de distinguibilidade 
    Art.12 - Os elementos destinados a substituírem as partes que faltem devem integrar-se harmoniosamente no conjunto e, simultaneamente, serem distinguíveis do original por forma a que o restauro não falsifique o documento artístico ou histórico.

    E. Empregar técnicas tradicionais, sendo vetadas as técnicas modernas, mesmo que fundamentadas em dados científicos.

    Está errada, pois o art. 10 traz o contrário;
    Art. 10 - Quando as técnicas tradicionais se revelarem inadequadas, a consolidação de um monumento pode ser efetuada através do recurso a outras técnicas modernas de conservação ou de construção, cuja eficácia tenha sido demonstrada cientificamente e garantida através da experiência de uso.


ID
2371015
Banca
FGV
Órgão
ALERJ
Ano
2017
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Petrópolis, originada no 1o Seminário Brasileiro para preservação e revitalização de centros históricos de 1987, estabelece que o sítio histórico urbano - SHU é parte integrante de um contexto amplo que comporta as paisagens natural e construída, assim como a vivência de seus habitantes.
Um dos itens apresentado na Carta determina que a preservação do SHU deve:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    a) ser realizada através de diferentes tipos de instrumentos como: tombamento, inventário, normas urbanísticas, isenções e incentivos, declaração de interesse cultural e desapropriação.

     

    b) constituir ação integrada entre os órgãos federais, estaduais e municipais, bem como a participação da comunidade interessada nas decisões de planejamento (...)

     

    d) considerar a moradia como função primordial do espaço edificado, haja vista a flagrante carência habitacional brasileira.

     

    e) a realização do inventário com a participação da comunidade proporciona não apenas a obtenção do conhecimento do valor por ela atribuído ao patrimônio, mas também, o fortalecimento dos seus vínculos em relação ao patrimônio.

     

  • (Complementando)

    > Sítio histórico em sentido operacional de área crítica, e não por oposição a espaços não-históricos da cidade, já que toda cidade é um organismo histórico

    > (A Carta) Defende a polifuncionalidade, contrária a exclusividade de usos vezes ditos culturais

    >> Deve-se abrigar universos de trabalho e do cotidiano, onde se manifestam as verdadeiras expressões de uma sociedade heterogênea e plural


ID
2482228
Banca
FADESP
Órgão
COSANPA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Veneza, como é conhecida a carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios oriunda do II Congresso Internacional de arquitetos e técnicos dos monumentos históricos, reunido em maio de 1964, possui definições voltadas a princípios que devem presidir a conservação e a restauração dos monumentos de forma comum e formulados em um plano internacional, ainda que caiba a cada nação aplicá-los no seu contexto e segundo suas próprias cultura e tradições. Considerando as definições contidas neste documento, é correto afirmar o seguinte:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

     

    Carta de Veneza, 1964:
    a) Art 9º- a restauração é uma operação considerada excepcional,tem por objetivo conservar, pois busca revelar os valores estéticos e históricos com monumento, fundamentando-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos.


    b) Art 10º- quando técnicas tradicionais não forem adequadas à consolidação do monumento poderá ser assegurada por técnicas modernas de conservação e construção, cuja eficácia tenha sido demonstrada por dados científicos e comprovada pela experiência.

     

    c) (CERTA) Art 5º - a conservação dos monumentos, a manutenção constante, é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade, tendo modificações que devem ser autorizadas em função da evolução de usos e costumes.

     

     d) Art 11º - as contribuições de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas, visto que à unidade de estilo não é finalidade a alcançar no curso de uma restauração (...) 

     

     

  • QUESTÃO ANULÁVEL

    As modificações EXIGIDAS pela evolução dos usos e costumes são AUTORIZADAS quando não alteram a disposição ou a decoração dos edifícios. 

    O que diz o artigo 5º da Carta de Veneza?

    Art 5º -  A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade; tal destinação é portanto desejável, mas não pode, nem deve alterar a disposição ou a decoração dos edifiícios. É somente dentro destes limites (Quais limites? Não alterar a disposição ou a decoração dos edifiícios) que se deve  conceber e se pode autorizar (só se pode autorizar dentro dos limites ditos, não em função da evolução dos usos e costumes) as modificações exigidas pela evolução dos usos e costumes.

    (meu ponto de vista)

  • Achei q a letra C fosse da carta de Atenas....

  • A) A restauração é uma operação considerada excepcional, distinta de conservar, pois busca revelar os valores estéticos e históricos com monumento, fundamentando-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos
    Está errada, pois o artigo 9° traz a premissa de que se restaura para conservar


    Art 9º- A restauração é uma operação considerada excepcional,tem por objetivo conservar, pois busca revelar os valores estéticos e históricos com monumento, fundamentando-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos.

     

     B) Quando técnicas tradicionais não forem adequadas à consolidação do monumento poderá ser assegurada por técnicas modernas de conservação e construção, conforme a experiência e a eficácia e conforme o senso comum.  

     Art 10º- quando técnicas tradicionais não forem adequadas à consolidação do monumento poderá ser assegurada por técnicas modernas de conservação e construção, cuja eficácia tenha sido demonstrada por dados científicos e comprovada pela experiência.

     

    C) A conservação dos monumentos, a manutenção constante, é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade, tendo modificações que devem ser autorizadas em função da evolução de usos e costumes. 
    Está correta pois encontra-se igual ao texto descrito no art. 5 da carta.
     

    D) As contribuições de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser menosprezadas em respeito à unidade de estilo, finalidade a alcançar no curso de uma restauração. 
    Embora o texto seja bem parecido há pegadinha pois no art. 11 cita extamente o contrário. Numa obra de restauro é importante a diversidade de estilos cada um marcando seu tempo ao longo das restaurações.

    Art 11º - as contribuições de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitadas, visto que à unidade de estilo não é finalidade a alcançar no curso de uma restauração (...) 

  • não que a alternativa C esteja errada, está incompletamente formulada.

  • odeio quando a banca inventa de reescrever algum artigo e reescreve errado :|


ID
2516017
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A urbanística moderna preocupar-se-á exageradamente com a distribuição dos usos do solo. O funcionamento da cidade constituirá um vetor fundamental de planejamento. Como caso extremo, os postulados da Carta de Atenas propõem o zoneamento das principais funções na cidade.


Com base nas afirmativas acima, marque a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra b) Habitação, trabalho, lazer e circulação.

     

     

     

  • Gab. C

    Habitação, trabalho, lazer e circulação.

    Com considerações sobre as habitações, o lazer, o trabalho, a circulação e o patrimônio histórico das cidades, a Carta de Atenas prega, entre outros pontos, a separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho, através da setorização das áreas e de um planejamento do uso do solo. Os locais de trabalho e moradia devem ficar próximos e as indústrias devem se concentrar em vias lineares de modo que os setores industriais e habitacionais sejam separados por zonas verdes.

    MORADIA/HABITAÇÃO:

     A melhoria da qualidade de vida destaca-se como item de grande destaque, de modo que pregam que cada moradia deve receber insolação mínima, por direito; devem afastar-se do alinhamento das vias de modo a distanciarem-se da poeira, gases tóxicos e ruídos que ali se formam e que as construções mais elevadas distem uma das outras, liberando o solo para áreas verdes.

    TRABALHO:

    Os locais de trabalho e moradia devem ficar próximos e as indústrias devem se concentrar em vias lineares de modo que os setores industriais e habitacionais sejam separados por zonas verdes.

    LAZER/RECREAÇÃO:

    Ao lazer, o estatuto do solo deve assegurar superfícies verdes satisfatórias a organização de cada região. As periferias da cidade devem ser organizadas como áreas de lazer semanais de fácil acesso, oferecendo atividades diversas e saudáveis de entretenimento e novas áreas verdes devem servir ao embelezamento e ao mesmo tempo abrigar instalações coletivas.

    CIRCULAÇÃO:

    Quanto a circulação, deverá ser feita uma classificação e separação das vias segundo seu uso/natureza e velocidades média, sendo então categorizadas (passeio, trânsito...) e administradas por um regime próprio. Zonas de vegetação devem isolar os leitos de grande circulação que serão afastados das edificações.


ID
2516026
Banca
IF-TO
Órgão
IF-TO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As chamadas cartas patrimoniais são documentos cujo caráter é indicativo ou, no máximo, prescritivo. Constituem base deontológica para as várias profissões envolvidas na preservação, mas não são receituário de simples aplicação.


A Carta de Veneza, fruto do II Congresso Internacional de Arquitetos e de Técnicos de Monumentos Históricos realizado em Veneza, em 1964, permanece como documento-base do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), criado em 1965 e acolhido pela Unesco como órgão consultor e de colaboração.


A seguir, são reproduzidos excertos desse documento. Escolha a alternativa correta que corresponde à sequência de lacunas em branco.


Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, distinguindo-se, todavia, das partes originais a fim de que a ________ não falsifique o documento de arte e de história.


Todo trabalho de ________ deverá, no entanto, ser excluído à partida; somente a anastilose (recomposição das partes existentes mas desmembradas) poderá ser encarada. Os elementos de integração serão sempre reconhecíveis e representarão o mínimo necessário para assegurar a conservação do monumento e restabelecer a continuidade de suas formas.


A ________ de um monumento implica a preservação de um esquema em sua escala. Enquanto subsistir, o esquema tradicional será conservado, e toda construção nova, toda destruição e toda modificação que poderiam alterar as relações de volumes e de cores serão proibidas.


Os trabalhos de ________ devem ser executados em conformidade com padrões científicos e com a “Recomendação Definidora dos Princípios Internacionais a serem aplicados em Matéria de Escavações Arqueológicas”, adotadas pela UNESCO em 1956.


A ________ é uma operação de caráter excepcional. Tem por objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos. Termina onde começa a hipótese.

Alternativas
Comentários
  • LETRA B

    Artigos extraídos da Carta de Veneza (1964): Art 12, Art 15, Art 6, Art 15, Art 9.





     


ID
2580499
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A preocupação com a preservação do patrimônio cultural tem início no século XIX, quando o patrimônio passou a constituir interesse de vários países, surgindo a necessidade de se discutirem critérios para sua definição e gestão, através das cartas patrimoniais. Sobre as cartas patrimoniais, é correto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra B

    A. Não tem a função de legislar, mas sim ser referência.

    B. correta

    C. A carta de Athenas é sim considerada uma das Cartas Patrimoniais.

    D. O erro está em dizer que as partes substituídas não devem ser distinguíveis do original, quando na verdade devem ser sim, para que não falsifiquem a obra.

    E. Não se trata especificamente disso.

    Fonte: minhas anotações

  • Complementando a

    Art 12º da carta de Veneza:

    Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, distinguindo-se, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de história


ID
2723383
Banca
IADES
Órgão
IPHAN
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Nara discorre sobre um conceito fundamental para a prática da conservação, que é o da autenticidade. Ao tratar desse conceito, há menção a um documento anterior, o qual foi ampliado e desenvolvido pela referida carta. Que documento é este?

Alternativas
Comentários
  • CONFERÊNCIA DE NARA - 1994

    A Conferência de Nara, realizada em 1994 no Japão, trata sobre Autenticidade em relação a Convenção do Patrimônio Mundial. Este documento traz o reconhecimento do valor da autenticidade do patrimônio, assunto já comentado em 1964 na Carta de Veneza, porém, visando estudos científicos, planos de conservação e restauração, etc. (IPHAN – Conferência de Nara, 1994).

    https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/cartas-patrimoniais/61157

  • Talvez ajude a memorizar - 30 anos depois - 64 -- 94.


ID
2781163
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    A Carta de Florença (1981) e a de Juiz de Fora (2010) estabelecem regras específicas para jardins históricos, salvaguardados como monumentos vivos. Consta da Carta de Florença (1981): “Art. 1.º: Um jardim histórico é uma composição arquitetônica e vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta um interesse público. Como tal é considerado monumento. (...) Art. 3.º: Por ser monumento, o jardim histórico deve ser salvaguardado conforme o espírito da Carta de Veneza. Todavia, como ‘monumento vivo’, sua salvaguarda requer regras específicas, que são objetivos da presente carta”.

Tendo o texto precedente como referência inicial e considerando que a intervenção em jardins históricos segue diretrizes específicas que objetivam a proteção e a preservação sistematizada desses monumentos, julgue o item que segue.

A Carta de Florença estabelece que a proteção dos jardins históricos exige que eles sejam identificados e inventariados e impõe como intervenções a manutenção, a conservação e a restauração, mas não a sua reconstituição.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    O Art. 9º da Carta de Florença diz: "...pode-se eventualmente recomendar a reconstituição..."

  • Nenhuma carta patrimonial exige. Ela apenas recomenda.
  • Gab. Errado

    Pode-se, eventualmente, recomendar a reconstituição.

    Carta de Florença (1981)

    [...]

    Art. 9º      A proteção dos jardins históricos exige que eles sejam identificados e inventariados. Impõe intervenções diferenciadas, que são a manutenção, a conservação, a restauração. Pode-se, eventualmente, recomendar a reconstituição. A “autenticidade” diz respeito tanto ao desenho e ao volume de partes quanto ao seu decór ou à escolha de vegetais ou de minerais que os constituem.

    Porém, atenção ao art. 17º quando fala da reconstituição que se pretenda fazer em jardim desaparecido,etc,

    Art. 17º Quando um jardim houver desaparecido totalmente ou quando só se possuírem elementos conjeturais de seus estados sucessivos, não se poderia empreender uma reconstituição relevante da noção de jardim histórico.

    Os trabalhos que, nesse caso, se inspirariam em formas tradicionais sobre o terreno de um jardim antigo, ou em lugar onde nenhum jardim tenha previamente existido, constituiriam então noções de evocação de criação, excluída qualquer qualificação de jardim histórico.


ID
2781172
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    A Carta de Florença (1981) e a de Juiz de Fora (2010) estabelecem regras específicas para jardins históricos, salvaguardados como monumentos vivos. Consta da Carta de Florença (1981): “Art. 1.º: Um jardim histórico é uma composição arquitetônica e vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta um interesse público. Como tal é considerado monumento. (...) Art. 3.º: Por ser monumento, o jardim histórico deve ser salvaguardado conforme o espírito da Carta de Veneza. Todavia, como ‘monumento vivo’, sua salvaguarda requer regras específicas, que são objetivos da presente carta”.

Tendo o texto precedente como referência inicial e considerando que a intervenção em jardins históricos segue diretrizes específicas que objetivam a proteção e a preservação sistematizada desses monumentos, julgue o item que segue.


A Carta de Juiz de Fora traduz para a realidade brasileira o conteúdo da Carta de Florença sobre jardins históricos, ampliando o entendimento das tipologias de bens que podem ser considerados jardins históricos no Brasil.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

  • Gab. C

    Em Juiz de Fora, no ano de 2010, foi elaborada a Carta dos Jardins Históricos descreve conceitos, diretrizes e critérios para a defesa e preservação dos jardins históricos como sítios e paisagens criados pelo homem.

    A Carta de Florença (1981) e a de Juiz de Fora (2010) estabelecem regras específicas para jardins históricos, salvaguardados como monumentos vivos.

    A Carta de Juiz de Fora traduz para a realidade brasileira o conteúdo da Carta de Florença sobre jardins históricos, ampliando o entendimento das tipologias de bens que podem ser considerados jardins históricos no Brasil


ID
2781175
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    A Carta de Florença (1981) e a de Juiz de Fora (2010) estabelecem regras específicas para jardins históricos, salvaguardados como monumentos vivos. Consta da Carta de Florença (1981): “Art. 1.º: Um jardim histórico é uma composição arquitetônica e vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta um interesse público. Como tal é considerado monumento. (...) Art. 3.º: Por ser monumento, o jardim histórico deve ser salvaguardado conforme o espírito da Carta de Veneza. Todavia, como ‘monumento vivo’, sua salvaguarda requer regras específicas, que são objetivos da presente carta”.

Tendo o texto precedente como referência inicial e considerando que a intervenção em jardins históricos segue diretrizes específicas que objetivam a proteção e a preservação sistematizada desses monumentos, julgue o item que segue.


As intervenções com vistas à conservação de jardins históricos podem ser definidas como conjunto de ações destinadas a prolongar o tempo de vida ou a integridade física do bem cultural e preservar a sua autenticidade.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

    Carta de Florença -1981

  • Gab. Certo

    CONSERVAÇÃO: É o conjunto de ações destinadas a prolongar o tempo de vida ou a integridade física do sítio. As ações de conservação podem ser destinadas a recuperar, refazer ou restaurar partes danificadas, devendo as obras de reabilitação destinadas a aumentar os níveis de qualidade para novo uso do sítio serem objeto do projeto de restauração. A conservação inclui a prevenção contra deterioração, de modo a manter o estado existente de um bem cultural livre de danos ou mudanças. O conceito geral da conservação implica em vários tipos de tratamentos que buscam salvaguardar o sítio, suas edificações, a vegetação, o traçado dos jardins. A conservação inclui manutenção, consolidação, reparação, reforços.

    O objetivo primordial da conservação é preservar a autenticidade e integridade do bem cultural.  


ID
2781178
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    A Carta de Florença (1981) e a de Juiz de Fora (2010) estabelecem regras específicas para jardins históricos, salvaguardados como monumentos vivos. Consta da Carta de Florença (1981): “Art. 1.º: Um jardim histórico é uma composição arquitetônica e vegetal que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta um interesse público. Como tal é considerado monumento. (...) Art. 3.º: Por ser monumento, o jardim histórico deve ser salvaguardado conforme o espírito da Carta de Veneza. Todavia, como ‘monumento vivo’, sua salvaguarda requer regras específicas, que são objetivos da presente carta”.

Tendo o texto precedente como referência inicial e considerando que a intervenção em jardins históricos segue diretrizes específicas que objetivam a proteção e a preservação sistematizada desses monumentos, julgue o item que segue.


A segurança da execução das intervenções de restauração em jardins históricos independe de fiscalização e supervisão contínuas.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO E

    Carta de Florença - 1981


ID
2784715
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Além de outras fontes de inspiração, o projeto do Plano Piloto de Brasília sofreu influências dos princípios da Carta de Atenas (1933), que, resultante das reflexões do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), definiu quatro funções-chave para o espaço urbano: habitar, trabalhar, divertir-se e circular. O documento propõe ainda a separação radical, nas áreas congestionadas, entre o caminho dos pedestres e o dos veículos mecânicos.

Tendo como referência as informações apresentadas no texto precedente, julgue o item a seguir.

As quatro escalas do Plano Piloto de Brasília — habitacional, gregária, bucólica e monumental —, por suas características singulares que propiciam diferentes interações humanas, correspondem às quatro funções-chave propostas na Carta de Atenas.

Alternativas
Comentários
  • Escala do Plano Piloto de Brasília: Habitacional, gregária, bucólica e monumental.

    Funções-chaves na Carta de Atenas: Viver, trabalhar, recrear e circular.

    gab: E

  • Não é escala habitacional, é residencial a palavra usada por Lúcio Costa em seu relatório.

  • ERRADO

    Não existe escala habitacional, sendo o correto escala residencial.

    A concepção urbana de Brasília se traduz em quatro escalas distintas: a monumental, a residencial, a gregária e a bucólica.

    A presença da escala monumental — "não no sentido da ostentação, mas no sentido da expressão palpável, por assim dizer, consciente daquilo que vale e significa" — conferiu à cidade nascente, desde seus primórdios, a marca inelutável de efetiva capital do país.

    A escala residencial, com a proposta inovadora da Superquadra, a serenidade urbana assegurada pelo gabarito uniforme de seis pavimentos, o chão livre e accessível a todos através do uso generalizado dos pilotis e o franco predomínio do verde, trouxe consigo o embrião de uma nova maneira de viver, própria de Brasília e inteiramente diversa da das demais cidades brasileiras.

    A escala gregária, prevista para o centro da cidade — até hoje ainda em grande parte desocupado — teve a intenção de criar um espaço urbano mais densamente utilizado e propício ao encontro.

    As extensas áreas livres, a serem densamente arborizadas ou guardando a cobertura vegetal nativa, diretamente contígua a áreas edificadas, marcam a presença da escala bucólica

    FONTE: BRASÍLIA REVISITADA, 1985/87 

  • O Plano Piloto foi dividido em quatro escalas - monumental, residencial, gregária e bucólica (mnemônico: MO/RE BU/GRE) -, cortado por dois eixos que se cruzam. Ruas e esquinas foram substituídas por pistas ou eixos, de onde sobressaem os trevos e as passagens de nível, eliminando-se os cruzamentos e separando-se a circulação de pedestre da de veículos. 

    Escala Monumental - Configura-se ao longo do eixo homônimo e é onde se concentram as principais atividades administrativas federais e locais, confere à cidade o caráter de capital. A Praça dos Três Poderes contém em cada um de seus vértices, simbolizando o equilíbrio entre eles, os poderes fundamentais da República: o Palácio do Planalto, sede do poder executivo; o Supremo Tribunal Federal, sede do poder judiciário; e o Congresso Nacional, sede do poder legislativo, todos projetos por Niemeyer. Ele também projetou a Esplanada dos Ministérios, o Palácio Itamaraty, a Catedral, o Teatro Nacional e o Museu Nacional da República. Lucio Costa assinou a Torre de Televisão e a Plataforma da Rodoviária.

    Escala Residencial - Tem como espinha dorsal o Eixo Rodoviário, ao longo do qual estão localizadas as Unidades de Vizinhança, com superquadras que reinventam a forma de morar, já que além dos blocos de pilotis, há áreas destinadas a escolas, clubes, bibliotecas, igrejas e outros equipamentos urbanos.

    Escala Gregária - Localizada no cruzamento dos dois eixos, confunde-se com o centro da cidade, onde se situam os setores bancário, hoteleiro, comercial e de diversões.

    Escala Bucólica - Permeando as outras três e se tornando mais presente na orla do Lago Paranoá, é formada pelas áreas livres e arborizadas, conferindo a Brasília o caráter de cidade-parque.

    ~~~~~~

    "É o jogo das três escalas que vai caracterizar e dar sentido a Brasília. A escala residencial ou cotidiana; a dita escala monumental, em que o homem adquire dimensão coletiva, a expressão urbanística desse novo conceito de nobreza. Finalmente, a escala gregária, onde as dimensões e o espaço são deliberadamente reduzidos e concentrados a fim de criar clima propício ao agrupamento. Poderemos ainda acrescentar mais uma quarta escala, a escala bucólica das áreas abertas destinadas a fins de semana lacustres ou campestres.”

  • A Carta de Atenas (1933), documento originário do IV CIAM, trata sobre as práticas urbanísticas decorrentes do rápido crescimento das cidades, propondo aspectos para a melhoria dos centros urbanos contemporâneos. As cidades deveriam ser organizadas de acordo com quatro funções -chave básicas: Habitar, Trabalhar, Circular e Recrear, autônomas entre si. Tal concepção de cidade baseada nestes princípios formais e funcionais foi aplicada na cidade de Brasília, inaugurada em 1960.

    O Plano Piloto da cidade de Brasília concebida por Lucio Costa foi dividido em quatro escalas, sendo elas: Monumental, Residencial, Gregária e Bucólica. Tais escalas são cortadas por dois eixos principais que se cruzam (Eixo Monumental, de leste a oeste, e Eixo Rodoviário, de norte a sul), organizando e separando a circulação de veículos da circulação de pedestres. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.


ID
2784718
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

    Além de outras fontes de inspiração, o projeto do Plano Piloto de Brasília sofreu influências dos princípios da Carta de Atenas (1933), que, resultante das reflexões do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), definiu quatro funções-chave para o espaço urbano: habitar, trabalhar, divertir-se e circular. O documento propõe ainda a separação radical, nas áreas congestionadas, entre o caminho dos pedestres e o dos veículos mecânicos.

Tendo como referência as informações apresentadas no texto precedente, julgue o item a seguir.


Com relação à circulação viária, o projeto urbanístico de Brasília não seguiu fielmente os ditames da Carta de Atenas: embora haja uma hierarquização das vias e dos caminhos para pedestres, não há no Plano Piloto uma separação radical entre estes e os veículos, pois Lúcio Costa considerou que o automóvel não seria mais um inimigo inconciliável do homem.

Alternativas
Comentários
  • http://brasiliaconcreta.com.br/wp-content/uploads/2015/03/dscn9041.jpg → "não há uma separação radical"

    AHAM

  • CORRETA

    No relatório do Plano Piloto de Brasília, Lúcio Costa descreve como planejou Brasília. Vejamos como nasceu, se definiu e resolveu a presente solução:

    Fixada assim a rede geral do tráfego automóvel, estabeleceram-se, tanto nos setores centrais como nos residenciais, tramas autônomas para o trânsito local dos pedestres a fim de garantir-lhes o uso livre do chão, sem contudo levar tal separação a extremos sistemáticos e anti-naturais pois não se deve esquecer que o automóvel, hoje em dia, deixou de ser o inimigo inconciliável do homem, domesticou-se, já faz, por assim dizer, parte da família. Ele só se “desumaniza”, readquirindo vis-à-vis do pedestre feição ameaçadora e hostil quando incorporado à massa anônima do tráfego. Há então que separá-los, mas sem perder de vista que em determinadas condições e para comodidade recíproca, a coexistência se impõe.

    Fonte: Moema Machado, prova comentada Estratégia Concursos


ID
2784733
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

À luz das recomendações internacionais de preservação, julgue o item subsequente.

De acordo com a Carta de Veneza, a restauração é uma ação de caráter ordinário e que tem por objetivo a conservação e a revelação dos valores estéticos e históricos do monumento; assim, para que a restauração seja feita de forma harmônica, os elementos colocados em lugar de partes faltantes devem ser integrados ao monumento, de forma a não se destacarem das partes originais.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Carta de Veneza, a restauração é uma ação de caráter extraordinário e que tem por objetivo a conservação e a revelação dos valores estéticos e históricos do monumento; assim, para que a restauração seja feita de forma harmônica, os elementos colocados em lugar de partes faltantes devem ser integrados ao monumento, de forma a se destacarem das partes originais.

    Carta de Veneza (1964)

    "Art. 9 - A restauração é uma operação de caráter extraordinário. Tem por objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos. (...) Todo trabalho reconhecido como indispensável por razões técnicas ou estéticas destacar-se-á da composição e deverá ostentar a marca do nosso tempo."

    GAB E


ID
2784736
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

À luz das recomendações internacionais de preservação, julgue o item subsequente.


A Declaração de Estocolmo, que estabelece critérios para preservação e melhoria do meio ambiente, propõe o uso preferencial de materiais recicláveis nas ações de conservação e preservação do patrimônio histórico.

Alternativas
Comentários
  • Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – 1972 Documento também conhecido como Declaração de Estocolmo, atenta à necessidade de um critério e de princípios comuns que ofereçam aos povos do mundo inspiração e guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano.

  • GABARITO E


ID
2784739
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

À luz das recomendações internacionais de preservação, julgue o item subsequente.


De acordo com a Carta de Washington, todo acréscimo de imóveis deverá respeitar a organização espacial existente, devendo-se evitar a introdução de elementos de caráter contemporâneo, para não comprometer a harmonia do conjunto.

Alternativas
Comentários
  • Carta de Washington (1987)

    "No caso de ser necessário efetuar transformações nos edifícios ou construir edifícios novos, qualquer operação deverá respeitar a organização espacial existente, nomeadamente a sua rede viária e escala, como o impõem a qualidade e o caráter geral decorrente da qualidade e do valor do conjunto das construções existentes. A introdução de elementos de caráter contemporâneo, desde que não perturbem a harmonia do conjunto, pode contribuir para o seu enriquecimento."

    GAB E

  • Carta de Washington, ou Carta Internacional para a Salvaguarda das Cidades Históricas, foi elaborada pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS), em 1987. Esta carta diz respeito às cidades e centros históricos em situação de ameaça por degradação, desestruturação ou destruição proveniente do processo de urbanização industrial. Portanto, a Carta de Washington expressa princípios e objetivos para salvaguardar tais sítios, precedidos por estudos pluridisciplinares. A Carta explicita:

    “O plano de salvaguarda deve determinar quais os edifícios ou grupos de edifícios a serem especialmente protegidos, a conservar em certas condições e, em circunstâncias excepcionais, a serem demolidos."

    E, ainda:

    “No caso de ser necessário efetuar transformações nos edifícios ou construir novos, qualquer operação deverá respeitar a organização espacial existente , nomeadamente a sua rede viária e escala, como impõem a qualidade e o caráter geral decorrente da qualidade e do valor do conjunto das construções existentes. A introdução de elementos de caráter contemporâneo, desde que não perturbem a harmonia do conjunto, pode contribuir para o seu enriquecimento. "

    Portanto, é permitido introduzir elementos de caráter contemporâneo nas edificações, observando e preservando a harmonia do conjunto.

      Gabarito do Professor: ERRADO.


ID
2784742
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

À luz das recomendações internacionais de preservação, julgue o item subsequente.


Conforme a Carta de Burra, a reconstrução consiste na reversão de um sítio (lugar, área, terreno, paisagem, edifício, grupo de edifícios) a um estado anterior conhecido e distingue-se do restauro pela introdução de material novo na fábrica (que corresponde a todo o material físico do sítio).

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

  • Reconstrução – É o restabelecimento, com o máximo de exatidão, de um estado anterior conhecido. Ela se distingue pela introdução na substância existente pela introdução de materiais diferentes, sejam novos ou antigos. 

    (Fonte: comentário da "Lu e Vlad" em uma questão)

  • Caí na pegadinha! Fiquei com a ideia de "novo de fábrica", quando na verdade ele explica que fábrica é o espaço físico do lugar... Aff CESPE, quero te encontrar não num concurso!


ID
2784745
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

À luz das recomendações internacionais de preservação, julgue o item subsequente.


Tanto a Carta de Nara quanto a Carta de Brasília tratam da questão da autenticidade: a primeira sob uma ótica abrangente, e a segunda com enfoque na realidade latino-americana, sobretudo a do Cone Sul, caracterizado por uma identidade fortemente marcada por uma herança multicultural.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

  • Gab. Certo

    CONFERÊNCIA DE NARA – 1994

    A Conferência de Nara, realizada em 1994 no Japão, trata sobre Autenticidade em relação a Convenção do Patrimônio Mundial. Este documento traz o reconhecimento do valor da autenticidade do patrimônio, assunto já comentado em 1964 na Carta de Veneza, porém, visando estudos científicos, planos de conservação e restauração, etc. (IPHAN – Conferência de Nara, 1994).

    CARTA BRASÍLIA – 1995

    Novamente o tema de Autenticidade é abordado, dessa vez em Brasília, no ano de 1995. Representantes do Cone Sul discutem a questão diante da situação regional de uma cultura “sincretista” e de resistência, no qual relaciona a autenticidade e a identidade; autenticidade e a mensagem; autenticidade e o contexto; a autenticidade e a materialidade. Outros pontos são levantados como a graduação e a conservação da autenticidade (IPHAN – Carta Brasília, 1995).


ID
2786212
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação às cartas patrimoniais, julgue o item seguinte.


As cartas patrimoniais têm caráter normativo e dispõem toda a fundamentação teórica do período em que foram concebidas.

Alternativas
Comentários
  • Cartas Patrimoniais não dipõe de toda a fundamentação. Faz uma análise dos problemas, dá reconhecimentos as ações  e compromisso assumidos. É um instrumento de utilização e consevação do patrimonio histórico...

  • O QUE SÃO CARTAS PATRIMONIAIS?

    As Cartas Patrimoniais são documentos que contêm desde conceitos a medidas para ações administrativas com diretrizes de documentação, promoção da preservação de bens, planos de conservação, manutenção e restauro de um patrimônio, seja histórico, artístico e/ou cultural. Elaboradas por especialistas e organismos que trabalham com patrimônios culturais, as Cartas somam mais de 40 (IPHAN, 2015) e permanecem atuais, sendo constantemente complementadas.

    São muitos os documentos elaborados, sendo alguns descritos de forma mais detalhada, outros de forma mais simplificada, porém, todos têm uma importante contribuição para o tema relacionado à preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural.

     

    Fonte:https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/cartas-patrimoniais/61157

     


     

  • Gab. Errado

    As chamadas cartas patrimoniais são documentos cujo caráter é indicativo ou, no máximo, prescritivo. Constituem base deontológica para as várias profissões envolvidas na preservação, mas não são receituário de simples aplicação.

  • Calma, galera essa questão era pra área específica

    ÁREA 7 REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em conservação e restauração de bens culturais móveis ou nível superior em qualquer área de formação, acrescido de pós-graduação em conservação e restauração de bens culturais móveis, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC.

    Gabarito: ERRADO

  • É nessas horas q eu vejo a vantagem de ter realizado mais de 30mil questões da cespe (no meu perfil são menos de 20mil, porém eu já zerei as questões várias vezes). Estou acertando a maioria dessas questões simplesmente por conhecimento da forma como as assertivas são redigidas e por certas palavras restritivas.

    Então, amigos, façam muitas questões da banca do seu concurso. É muito, muito, muito importante!!

  • normal errar esta questao, nao me aprofundei sobre este assunto...

  • Ainda bem que achei um 'todo' ali no meio.


ID
2786221
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação às cartas patrimoniais, julgue o item seguinte.


A Carta de Veneza foi elaborada com base na teoria do restauro científico.

Alternativas
Comentários
  • Não dá pra ser feliz assim, CESPE! Não dá! 

  • Acredito que a questão se contradiz em "Elaborada com Teoria do restauro". No caso seria foi conservada ou restaurada que é uma ação corretiva..

  • CARTA DE VENEZA - 1964

    Em 1964, no II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos Monumentos Históricos, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) elaborou a Carta de Veneza, com o foco na carência de um plano internacional para conservar e restaurar os bens culturais numa ação interdisciplinar.

    Primeiramente, monumento histórico é definido como uma criação isolada, sítio urbano ou rural que testemunha uma civilização particular, evolução significativa ou acontecimento histórico. Posteriormente descreve sua finalidade como sendo a busca de conservação e restauração dos monumentos, visando preservar tanto a obra propriamente dita, quanto o seu testemunho histórico.

    Este documento defende que a conservação exige uma manutenção constante, sendo sempre favorecida quando sua destinação é útil para a sociedade, mas vale ressaltar que não podem ocorrer mudanças de disposição ou decoração da construção. Outro ponto levantado é a proibição de deslocamento do monumento, salvo quando sua preservação exige tal ação, ou quando há interesses nacional e internacional.

    A restauração é tratada como uma ação de caráter excepcional, tendo por objetivo a conservação e revelação dos valores estéticos e históricos do monumento, se fundamentando essencialmente no respeito ao material original e aos documentos, bem como à época de criação. Como diretriz importante, os elementos que substituírem as partes faltantes devem ser integrados de forma harmoniosa, porém é imprescindível que se distinguem das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o objeto em questão (IPHAN – Carta de Veneza, 1964).

    Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/cotidiano/cartas-patrimoniais/61157

  • Essa me trincou!

  • Vamos ajudar quem não pode assinar o QC.

    RESPOSTA: E

  • Essa prova do IPHAN....

  • Diabéisso? O.o

  • CREDO...Eu aqui estudando para a PGDF e o IPHAN me desnimando.

  • Nayane Obg muito grata!
  • A Carta de Veneza foi elaborada com base na teoria do restauro CRÍTICO

    A Carta de Veneza é herdeira direta do restauro crítico e, indiretamente, também da teoria brandiana.

    Cesare Brandi nasceu em Siena em 8 de Abril de 1906, é o dono do conceito do “restauro crítico”, que leva o profissional a refletir e avaliar caso por caso, para garantir que não hajam intervenções inadequadas, e defende a reversibilidade de toda intervenção.

  • Calma, galera essa questão era pra área específica

    ÁREA 7 REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de conclusão de curso de graduação de nível superior em conservação e restauração de bens culturais móveis ou nível superior em qualquer área de formação, acrescido de pós-graduação em conservação e restauração de bens culturais móveis, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC.

    Gabarito: ERRADO

  • Achava que era arquivologia, mas não. è história mesmo :(

  • POR FAVOR, PEÇO QUE MANTENHAM A VERSÃO ANTIGA

  • Para quem não entendeu, esta é uma questão ótima para se deixar em branco.

  • Restauro CRITICO

  • O Restauro Científico surgiu ao final do século XIX e início do século XX, baseado nas teorias do arquiteto romano Camillo Boito e posteriormente Gustavo Giovannoni. Sua teoria defendia que o edifício fosse mantido ao longo do tempo de modo a evitar ao máximo seu restauro, sem acrescentar ou renovar, mas sem deixá-lo cair em ruínas. Quando as intervenções fossem necessárias, deveriam diferenciar-se da obra original.

    Posteriormente, em meados do século XX, no contexto pós Segunda Guerra Mundial, com a necessidade de reconstrução das cidades, monumentos e obras de arte devastados pela guerra, surgiu a teoria de restauro de Cesari Brandi inovando frente à teoria da conservação com intervenção mínima baseada nos princípios da Carta de Atenas e Restauro Científico. Para Brandi, sentimento pelo valor artístico do monumento destruído deve prevalecer sobre o seu valor histórico, onde a consistência física da obra de arte deve ter necessariamente prioridade porque assegura a transmissão da imagem ao futuro. Tais ideias ficaram conhecidas como a teoria do Restauro Crítico. O restauro deverá restabelecer a unidade potencial da obra de arte, sempre que isto seja possível sem cometer uma falsificação artística ou uma falsificação histórica, e sem apagar as marcas do percurso da obra de arte através do tempo (BRANDI, 1988).

    A Carta de Veneza (1964), Carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios, é uma carta patrimonial, com caráter indicativo sobre preservação de obras e conjuntos arquitetônicos e tem seus princípios de conservação e restauro baseados na teoria do Restauro Crítico. A carta apresenta, em seu artigo 3º a sua Finalidade: A conservação e a restauração dos monumentos visam a salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico.

    Gabarito do Professor: ERRADO.

    Fonte:

    BRANDI, Cesari. Teoria de la Restauracion. Alianza Editorial, 1988.

    Carta de Veneza (1964). Portal IPHAN.

  • Prega a necessidade de tornar a restauração um ato científico, que seguisse princípios e métodos cientificamente determinados. Seus projetos devem baseados em estudos rigorosos com atenção maior ao valor documental e histórico do que ao valor artístico e estético.

    https://realitas.joaosecocarmona.com/2014/09/restauro-cientifico.html#:~:text=Prega%20a%20necessidade%20de%20tornar,ao%20valor%20art%C3%ADstico%20e%20est%C3%A9tico.


ID
2786404
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Julgue o próximo item, relativo às recomendações internacionais de preservação.


O foco da Carta de Nara é a autenticidade, quando afirma que, em um mundo cada vez mais submetido às forças da globalização e da homogeneização, a principal contribuição fornecida pela consideração do valor de autenticidade na prática da conservação é clarificar e iluminar a memória coletiva da humanidade.

Alternativas
Comentários
  • Carta de Nara (1994)

    Preâmbulo 4. Num mundo que se encontra cada dia mais submetido às forças da globalização e da homogeneização, e onde a busca da identidade cultural é, algumas vezes, perseguida através da afirmação de uma nacionalismo agressivo e da supressão da cultura das minorias, a principal contribuição fornecida pela consideração do valor de autenticidade na prática da conservação é clarificar e iluminar a memória coletiva da humanidade."

    GAB C


ID
2786407
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Julgue o próximo item, relativo às recomendações internacionais de preservação.


A Carta de Veneza reconhece a dimensão urbana da prática preservacionista ao afirmar que a noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural estendendo-se não apenas às grandes criações, mas também às obras modestas que tenham adquirido significação cultural.

Alternativas
Comentários
  • Carta de Veneza (1964)

    "Art. 1º A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico. Estende-se não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham adquirido, com o tempo, uma significação cultural."

    GAB C


ID
2786410
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Julgue o próximo item, relativo às recomendações internacionais de preservação.


No cenário do Cone Sul, a Carta de Petrópolis coloca em pauta a questão da autenticidade a partir da peculiar realidade regional, que difere daquela dos países europeus ou asiáticos de longa tradição como nações.

Alternativas
Comentários
  • A Carta de Petrópolis (1987) trata dos Sítios Históricos Urbanos - SHU

    "Esse sítio histórico deve ser entendido em seu sentido operacional de área crítica, e não por oposição a espaços não-históricos da cidade, já que toda cidade é um organismo histórico. (...) Sendo a polifuncionalidade uma característica do SHU, a sua preservação não deve dar-se à custa de exclusividade de usos, nem mesmo daqueles ditos culturais, devendo, necessariamente, abrigar os universos de trabalho e do cotidiano, onde se manifestam as verdadeiras expressões de uma sociedade heterogênea e plural."

    GAB E

    --

    Obrigada L a r i !

  • A carta que trata sobre este assunto é a Carta de Brasília de 1995.

  • Gab. Errado

    Carta de Brasília (1995):

    Documento Regional do Cone Sul sobre autenticidade:

    Questão da autenticidade a partir da nossa peculiar realidade regional que difere daquelas dos países europeus e asiáticas de longa tradição como nações, pois nossa identidade foi submetida a mudanças, imposições, transformações que geram dois processos complemnentares: configuração de uma cultura sincretista e de cultura de resistência.

  • A Carta de Petrópolis é um documento de 1987 que trata sobre Preservação e Revitalização de Centros Históricos. No entanto, a Carta de Brasília (1995) é um documento regional dos países do Cone Sul – macrorregião da América Latina composta por Chile, Argentina e Uruguai, e em sentidos mais amplos, os estados do sul do Brasil - que dispõe sobre a questão da autenticidade “[...] a partir da nossa peculiar realidade regional, que difere daquelas dos países europeus os asiáticos de longa tradição como nações, pois nossa identidade foi submetida a mudanças, imposições, transformações que geram dois processos complementares: a configuração de uma cultura sincretista e a de uma cultura de resistência. [...] É preciso sensibilizar as comunidades para o tema autenticidade do patrimônio cultural, fornecendo modelos para seu conhecimento adequado a sua valorização, para sua conservação e proteção, fomentando seu desfrute artístico, espiritual e seu uso educacional, cuja raiz comum sejam a memória histórica, os testemunhos e a continuidade cultural.”

    Gabarito: Item Errado. 


ID
2786413
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
IPHAN
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Julgue o próximo item, relativo às recomendações internacionais de preservação.


A Carta de Madrid (2011) propõe-se a reexaminar os princípios da Carta de Burra, a fim de aprofundá-los e dotá-los de um alcance maior, ao defender que, no patrimônio arquitetônico do século XX, é importante incluir todos os aspectos relacionados com o bem, como os interiores, os elementos fixos e as obras de arte associadas.

Alternativas
Comentários
  • OBJECTIVO DO DOCUMENTO A obrigação de conservar o património do século XX tem a mesma importância que o nosso dever de conservar o património significativo de épocas anteriores. Mais que nunca, o património arquitectónico deste século está em risco devido a falta de apreciação e manutenção. Uma parte é já irrecuperável, e outra, ainda maior, está em perigo. Trata-se de um património vivo que é essencial entender, definir, interpretar e gerir adequadamente para as gerações futuras. O Documento de Madrid 2011 procura contribuir para o tratamento apropriado e respeitoso deste importante período do património arquitectónico. Reconhecendo os documentos relativos à conservação do património existentes (i), o Documento de Madrid identifica em simultâneo muitas das questões especificamente vinculadas à conservação do património arquitectónico. Não obstante, ainda que se aplique especificamente ao património arquitectónico em todas as suas manifestações, muitos dos seus conceitos podem igualmente aplicar-se a outras expressões do património cultural do século XX. O documento dirige-se a todos os envolvidos nos diferentes processos da conservação do património. São incorporadas notas explicativas onde necessário e um glossário de termos completa o documento.  

    http:/ /www.icomos-isc20c.org/pdf/MDversionportugese.pdf


ID
2794609
Banca
FGV
Órgão
AL-RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

As Cartas Patrimoniais constituem documentos que, em ordem cronológica, permitem uma leitura da evolução do pensamento preservacionista através dos tempos. A Carta em que, primeiramente, se recomendou “respeitar, na construção de edifícios, o caráter e a fisionomia das cidades, sobretudo na vizinhança dos monumentos antigos” foi denominada de

Alternativas
Comentários
  • Carta de Atenas - 1931 - III: A valorização dos Monumentos.

  •  Na versão oficial do ICOMOS Brasil, a tradução desse ponto é o seguinte: “A conferência recomenda respeitar, na construção dos edifícios, o caráter e a fisionomia das cidades, sobretudo na vizinhança dos monumentos antigos, cuja proximidade deve ser objeto de cuidados especiais. Em certos conjuntos, algumas perspectivas particularmente pitorescas devem ser preservadas. Deve-se também estudar as plantações e ornamentações vegetais convenientes a determinados conjuntos de monumentos para lhes conservar o caráter antigo. Recomenda-se, sobretudo, a supressão de toda publicidade, de toda presença abusiva de postes ou fios telegráficos, de toda indústria ruidosa, mesmo de altas chaminés, na vizinhança ou na proximidade dos monumentos, de arte ou de história.” https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.179/5531
  • Gab. D

    Carta de Atenas: Sociedade das Nações.

    Tratando-se das construções novas, em áreas históricas, deve-se “respeitar, na construção dos edifícios, o caráter e a fisionomia das cidades, sobretudo na vizinhança dos monumentos antigos, cuja proximidade deve ser objeto de cuidados especiais” (SOCIEDADE DAS NAÇÕES, 1931 apud IPHAN, 2004, p. 14)

  • A – Conclusões Gerais

    III – A Valorização dos Monumentos

    A conferência recomenda respeitar, na construção dos

    edifícios, o caráter e a fisionomia das cidades, sobretudo na vizinhança dos

    monumentos antigos, cuja proximidade deve ser objeto de cuidados

    especiais.

     

    Gabarito: D


ID
2820475
Banca
FGV
Órgão
Câmara Municipal do Recife-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Com relação ao que estabelece a Carta de Veneza, carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e sítios, de maio de 1964, analise as afirmativas a seguir.


I. A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica em conjunto, desconsiderando a obra arquitetônica isolada.

II. A conservação e a restauração dos monumentos visam a salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico.

III. A definição de monumento histórico se estende não só às grandes criações, mas também às obras modestas, que tenham significação cultural.


Assinale se:

Alternativas
Comentários
  • I. A noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural que dá testemunho de uma civilização particular, de uma evolução significativa ou de um acontecimento histórico.

  • GABARITO D

  • Carta de Veneza:

    Art. 1 - A noção de monumento histórico engloba, não só as criações arquitetônicas isoladamente, mas também os sítios, urbanos ou rurais, nos quais sejam patentes os testemunhos de uma civilização particular, de uma fase significativa da evolução ou do progresso, ou algum acontecimento histórico. Estende-se não só às grandes criações, mas também às obras mais modestas que tenham adquirido significado cultural com o passar do tempo.

    Art. 3 - A conservação e a restauração dos monumentos visam salvaguardar tanto a obra de arte quanto o testemunho histórico.


ID
2984461
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SLU-DF
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Brasília foi planejada conforme os conceitos do urbanismo moderno, sobretudo naquilo que se refere à Carta de Atenas de 1933. Devido a sua importância, a cidade foi reconhecida como patrimônio cultural em três instâncias: local, nacional e mundial.

Considerando as características de Brasília e os instrumentos de proteção do patrimônio cultural, julgue o item que segue.


Definida como área residencial com relativa autonomia e autossuficiência com relação à cidade, a ideia de unidade de vizinhança foi concebida por Lúcio Costa e implantada pela primeira vez no Plano Piloto de Brasília.

Alternativas
Comentários
  • O conceito de Unidade de Vizinhança foi desenvolvido pelo arquiteto e urbanista Clarence Arthur Perry originado a partir dos seus estudos e ideias para o Plano Regional para Nova York, de 1923. Nesse tipo de proposta, a área residencial tinha autonomia em determinados serviços públicos e privados em relação à cidade.

    Porém, foi em Nova Jersey, em 1928, que o conceito de Unidade de Vizinhança foi aplicado pela primeira vez em um Plano Urbano, proposto por Clarence Stein e Henry Wright. A proposta previa três Unidades de Vizinhança para uma população de 25 mil habitantes.

    Para Brasília, inaugurada em 1960, Lucio Costa se utilizou de várias referências e aplicou diversos conceitos e técnicas urbanísticas, teorizadas ou utilizadas na primeira metade do século XX em outros países dentro do padrão urbanístico idealizado pelo Movimento Moderno de Arquitetura, onde a Unidade de Vizinhança deveria dispor, numa distância acessível a pé, de todas as facilidades necessárias à vida cotidiana, e concomitantemente, deveria ser salvaguardada inteiramente do tráfego de passagem. (IPHAN, 2015). 

    Esses conceitos foram aplicados nas chamadas Super Quadras, que compõe as Asas Norte e Sul do Plano Piloto de Brasília. 


    Gabarito: Errado.


    FONTE:

    IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Brasil), Superintendência do Iphan no Distrito Federal. Superquadra de Brasília : preservando um lugar de viver. Brasília, 2015.


  • Gab. Errado

    O conceito de Unidade de Vizinhança origina-se das ideias do arquiteto e urbanista Clarence Arthur Perry para o Plano Regional de Nova York, de 1923, no qual ele a define como uma área residencial com relativa autonomia para com o conjunto maior, que seria a própria cidade, criando uma relativa autossuficiência em termos de oferta de determinados serviços, tanto públicos quanto privados.

    Assim, Clarence Perry propõe a implantação de equipamentos de uso coletivo como escolas, um sistema de parques e espaços de recreação para o encontro e o lazer, locais de comércio que estariam na junção de vias de tráfego adjacentes a outro comércio local. Um sistema que levaria em consideração, inclusive, o dimensionamento territorial da UV em função da escola. Os habitantes não teriam muita dificuldade em circular internamente na UV, mantendo sempre uma distância razoável entre a moradia e o equipamento educacional. Uma das principais preocupações de Perry era a preservação de valores de uma vida social em nível local, que teriam sido deteriorados pelas transformações ocorridas nas cidades em virtude do desenvolvimento industrial e da explosão demográfica

    A primeira aplicação da ideia de Unidade de Vizinhança foi no Plano Urbano de Radburn, Nova Jersey, em 1928, proposto por Clarence Stein e Henry Wright. Em Radburn, o projeto previa três Unidades de Vizinhança (foram implantadas somente duas), para uma população de 25 mil habitantes, com separação de vias de passagem e vias locais - vias para pedestres e veículos. Este sistema de separação de vias já tinha sido criado em 1859, por Frederick Law Olmsted, para o Central Park de Nova York.

    O próprio projeto da cidade de Brasília teve influência do conceito de unidade de vizinhança. O Plano Piloto da cidade foi escolhido em um concurso e seu vencedor, Lúcio Costa, baseou-se na ideia de quadras auto-suficientes, que chamou de superquadras, para vencer o certame. Segundo o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU), apenas as quadras 107, 108, 307 e 308 seguem à risca o plano de Costa. Conforme o projeto original do urbanista, quatro superquadras formariam uma unidade de vizinhança.

    A Unidade de Vizinhança proposta para Brasília é composta por quatro Superquadras com os Comércios Locais, a Igreja, o Clube, o Cinema, o Posto de Saúde, a Biblioteca, a Delegacia Policial e os equipamentos educacionais que comportariam o Plano Educacional de Anísio Teixeira: o Jardim de infância, a Escola-Parque, a Escola-Classe. 


ID
3008509
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Salvador - BA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Veneza, de 1964, define a restauração como sendo uma operação que deve ter caráter excepcional. Apresenta princípios fundamentais que devem nortear a restauração de um monumento.

A respeito dos princípios éticos e dos métodos utilizados em restauração e conservação de edificações históricas, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Carta de Veneza - 1964

    Restauração

    Art.12

    Os elementos destinados a substituírem as partes que faltem devem integrar-se harmoniosamente no conjunto e, simultaneamente, serem distinguíveis do original por forma a que o restauro não falsifique o documento artístico ou histórico.

  • De acordo com a Carta de Veneza (1974):

    a) Art. 9: "(...) todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca de nosso tempo. A restauração será sempre precedida e acompanhada de um estudo arqueológico e histórico do monumento".

    b) Art. 15: "(...) Os elementos de integração deverão ser sempre reconhecíveis e reduzir-se ao mínimo necessário para assegurar as condições de conservação do monumento e restabelecer a continuidade de suas formas".

    c) Art. 12: "Os elementos destinados a substituírem as partes que faltem devem integrar-se harmoniosamente no conjunto e, simultaneamente, serem distinguíveis do original por forma a que o restauro não falsifique o documento artístico ou histórico".

    d) Sobre o item, a Carta não tem uma abordagem específica, mas não deixa de ser um procedimento correto.

    e) Art. 5: "A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade; tal destinação é portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar à disposição ou a decoração dos edifícios (...)".

  • A Carta de Veneza é uma carta patrimonial, um documento sintético que contém conceitos e orientações fundamentais sobre conservação, manutenção e restauro de um patrimônio, seja ele cultura, histórico ou artístico. Foi elaborada pelo ICOMOS - Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, no II Congresso Internacional de Arquitetos e Técnicos dos Monumentos Históricos, realizado em Veneza, na Itália, em maio de 1964.

    Em seu artigo 9º, dispõe sobre Restauração:

    “Artigo 9º - A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional. Tem por objetivo conservar e revelar os valores estéticos e históricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentos autênticos. Termina onde começa a hipótese; no plano das reconstituições conjeturais, todo trabalho complementar reconhecido como indispensável por razões estéticas ou técnicas destacar-se-á da composição arquitetônica e deverá ostentar a marca do nosso tempo. A restauração será sempre precedida e acompanhada de um estudo arqueológico e histórico do monumento."

    As ações de restauro têm caráter excepcional. Quando necessário adicionar algum elemento, esse deverá colocar-se como nova camada, de maneira que não se confunda com a obra estratificada antes da intervenção, mas de modo a não destoar do conjunto.

    Gabarito: Alternativa B.
  • Complementando...

    Alguns pontos importantes sobre a Carta de Veneza (1964)

    CARTA DE VENEZA (1964) - ICOMOS - CARTA INTERNACIONAL SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE MONUMENTO E SÍTIOS

    As propostas da Carta de Veneza são pautadas na visão conhecida como “restauro crítico”, dialogando com as propostas teóricas de Cesare Brandi (teoria brandista)

    A Carta de Veneza reconhece a dimensão urbana da prática preservacionista ao afirmar que a noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural estendendo-se não apenas às grandes criações, mas também às obras modestas que tenham adquirido significa

    O monumento é inseparável do meio onde se encontra. O entorno do monumento também deve ser mantido

    Todo trabalho de reconstrução deve ser evitado, sendo recomendado somente a anastilose

    A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade, tal destinação é portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar à disposição ou a decoração dos edifícios.

    Foco na necessidade de um "plano internacional" de conservação e restauração dos monumentos. (manutenção permanente)

    A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional.

    As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitada, visto que a unidade de estilo NÃO É A FINALIDADE a alcançar no curso de uma restauração.

    Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, DISTINGUINDO-SE, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de sua história (valoriza a autenticidade - distinção entre o historicamente verdadeiro e o moderno)


ID
3065755
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

O “espaço que concentra testemunhos do fazer cultural da cidade, em suas diversas manifestações”, é denominado, segundo a Carta de Petrópolis (1987),

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    Carta de Petrópolis (1987):

    Sítio histórico em sentido operacional de área crítica, e não por oposição a espaços não-históricos da cidade, já que toda cidade é um organismo histórico

    > (A Carta) Defende a polifuncionalidade, contrária a exclusividade de usos vezes ditos culturais

    >> Deve-se abrigar universos de trabalho e do cotidiano, onde se manifestam as verdadeiras expressões de uma sociedade heterogênea e plural


ID
3263248
Banca
AOCP
Órgão
Prefeitura de Juiz de Fora - MG
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Veneza (1964) é um marco para a proteção e salvaguarda do patrimônio cultural. Sobre esse documento, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E

    significação cultural: valor estético, histórico, científico ou social de um bem para as gerações passadas, presentes ou futuras.

  • A) A conservação e a restauração dos monumentos históricos é atividade exclusiva da arquitetura.( ERRADO, MULTIDISCIPLINAR )

    B) A restauração é a ação fundamental para preservação e resgate dos valores estéticos e históricos dos monumentos.( ERRADO, CONSERVAÇÃO É A AÇÃO FUNDAMENTAL PARA PRESERVAÇÃO)

     C) A conservação e a restauração dos monumentos têm como objetivo salvaguardar a obra de arte, em detrimento do testemunho histórico.(ERRADO, NÃO É EM DETRIMENTO)

    D) Para conservação e salvaguarda dos monumentos históricos, estes devem ter função útil à sociedade, de preferência voltados ao uso cultural.(ERRADO, NÃO EXISTE PREFERÊNCIA DE USO)

    E) Os monumentos históricos não são somente as grandes criações, mas obras modestas que adquiriram significação cultural ao longo do tempo.(CORRETO)

  • Complementando...

    Alguns pontos importantes sobre a Carta de Veneza (1964)

    CARTA DE VENEZA (1964) - ICOMOS - CARTA INTERNACIONAL SOBRE CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE MONUMENTO E SÍTIOS

    As propostas da Carta de Veneza são pautadas na visão conhecida como “restauro crítico”, dialogando com as propostas teóricas de Cesare Brandi (teoria brandista)

    A Carta de Veneza reconhece a dimensão urbana da prática preservacionista ao afirmar que a noção de monumento histórico compreende a criação arquitetônica isolada, bem como o sítio urbano ou rural estendendo-se não apenas às grandes criações, mas também às obras modestas que tenham adquirido significa

    O monumento é inseparável do meio onde se encontra. O entorno do monumento também deve ser mantido

    Todo trabalho de reconstrução deve ser evitado, sendo recomendado somente a anastilose

    A conservação dos monumentos é sempre favorecida por sua destinação a uma função útil à sociedade, tal destinação é portanto, desejável, mas não pode nem deve alterar à disposição ou a decoração dos edifícios.

    Foco na necessidade de um "plano internacional" de conservação e restauração dos monumentos. (manutenção permanente)

    A restauração é uma operação que deve ter caráter excepcional.

    As contribuições válidas de todas as épocas para a edificação do monumento devem ser respeitada, visto que a unidade de estilo NÃO É A FINALIDADE a alcançar no curso de uma restauração.

    Os elementos destinados a substituir as partes faltantes devem integrar-se harmoniosamente ao conjunto, DISTINGUINDO-SE, todavia, das partes originais a fim de que a restauração não falsifique o documento de arte e de sua história (valoriza a autenticidade - distinção entre o historicamente verdadeiro e o moderno)


ID
3274480
Banca
CESGRANRIO
Órgão
UNIRIO
Ano
2016
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

A Carta de Veneza (1964) consagrou internacionalmente a importância da relação entre usos e a conservação de bens culturais, estabelecendo que, para que a conservação possa ser autorizada, a conservação dos monumentos

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

  • Gab. A

    A Carta de Veneza defende que a conservação exige uma manutenção constante, sendo SEMPRE FAVORECIDA QUANDO SUA DESTINAÇÃO É ÚTIL para a sociedade, mas vale ressaltar que NÃO PODEM OCORRER MUDANÇAS DE DISPOSIÇÃO OU DECORAÇÃO DA CONSTRUÇÃO.

    Outro ponto levantado é a proibição de deslocamento do monumento, salvo quando sua preservação exige tal ação, ou quando há interesses nacional e internacional.


ID
3324820
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Sobre as cartas patrimoniais, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.

( ) A Carta de Burra (1980), após apresentar a definição dos termos utilizados no documento, apresenta recomendações para as ações de conservação, preservação, restauração e reconstrução.

( ) As Normas de Quito (1956), elaboradas pela Conferência Geral da UNESCO, apresentam recomendações internacionais a serem aplicadas para autorização de pesquisas e proteção do patrimônio arqueológico.

( ) No Compromisso de Salvador (1971), assinado por governadores, prefeitos e representantes do MEC e do IPHAN, recomenda-se a criação do Ministério da Cultura e de Secretarias ou Fundações de Cultura no âmbito estadual.

Assinale a sequência correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab. A

    Referente ao erro da segunda alternativa, a Recomendação da UNESCO de 1956 que apresentou recomendações internacionais a serem aplicadas para autorização de pesquisas e proteção do patrimônio arqueológico foi a Carta de Nova Delhi(1956).

    Complementando...

    A Organização dos Estados Americano (OEA) foi a entidade que promoveu, na cidade de Quito, em 1967, reunião a respeito da conservação e utilização do monumento e lugares de interesse histórico e artístico. A Carta de Quito foi centrada em conservação e Turismo


ID
3324826
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Uberlândia - MG
Ano
2019
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Pela circular nº 117, de 6 de abril de 1972, o Ministério da Instrução Pública da Itália divulgou um documento sobre critérios de restauração, que ficou conhecido como Carta de Restauração ou Carta do Restauro. Apesar de não possuir força de lei, esse documento serviu, e ainda serve, de referência para tomadas de decisão na área.

Com relação às recomendações presentes na Carta de Restauração, é correto afirmar:

Alternativas

ID
3565255
Banca
IBFC
Órgão
Prefeitura de Cruzeiro do Sul - RS
Ano
2019
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

De acordo com a Carta de Burra, de 1980, documento base para a conservação de patrimônio reconhecida e aceita mundialmente, descreve restauro como sendo a retomada para um estado anterior conhecido, removendo acréscimos ou reunindo elementos existentes sem a introdução de novos materiais. Quanto às ações que estão associadas ao restauro, analise as afirmativas abaixo. 

I. Conservação, que é o processo de cuidar de um lugar para manter seu significado cultural podendo implicar, ou não, na preservação, na restauração e na manutenção. 
II. Manutenção, que é o cuidado de proteção contínua de um lugar e sua configuração, e, diferentemente do reparo, não envolve a restauração ou reconstrução. 
III. Preservação, que é a proteção, a manutenção do estado existente, retardando a deterioração. 
IV. Reconstrução, que visa voltar o lugar a um estágio anterior conhecido, mas com o acréscimo de novos elementos. 

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    conceitos:

    conservação designará os cuidados a serem dispensados a um bem para preservar- lhe as características que apresentem uma significação cultural. De acordo com as circunstâncias, a conservação implicará ou não a preservação ou a restauração, além da manutenção; ela poderá, igualmente, compreender obras mínimas de reconstrução ou adaptação que atendam às necessidades e exigências práticas.

    manutenção designará a proteção contínua da substância, do conteúdo e do entorno de um bem e não deve ser confundido com o termo reparação. A reparação implica a restauração e a reconstrução, e assim será considerada.

    preservação será a manutenção no estado da substância de um bem e a desaceleração do processo pelo qual ele se degrada.

    restauração será o restabelecimento da substância de um bem em um estado anterior conhecido.

    reconstrução será o restabelecimento, com o máximo de exatidão, de um estado anterior conhecido; ela se distingue pela introdução na substância existente de materiais diferentes, sejam novos ou antigos. A reconstrução não deve ser confundida, nem com a recriação, nem com a reconstituição hipotética, ambas excluídas do domínio regulamentado pelas presentes orientações.

    adaptação será o agenciamento de um bem a uma nova destinação sem a destruição de sua significação cultural.


ID
3741724
Banca
ACEP
Órgão
Prefeitura de Aracati - CE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Arquitetura
Assuntos

Marque a opção que apresenta, corretamente, títulos de Cartas Patrimoniais utilizadas para contribuir com o tema relacionado à preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa "B" - Carta de Atenas - Recomendação Paris.

  • Complementando...

    >>>>>>Carta de Atenas(1931):

    A Carta de Atenas constitui o primeiro ato normativo internacional, dedicado ao patrimônio e incidindo sobre o resturo de monumentos.

    Tratando-se das construções novas, em áreas históricas, deve-se “respeitar, na construção dos edifícios, o caráter e a fisionomia das cidades, sobretudo na vizinhança dos monumentos antigos, cuja proximidade deve ser objeto de cuidados especiais

    >>>>>>Recomendação París:

    Há várias recomendações París, a saber:

    RECOMENDAÇÃO PARIS (1962) - (PAISAGENS E SÍTIOS)

    Recomendação de Paris de 1962, trata da salvaguarda da beleza e do caráter das paisagens e lugares e quando necessário a restituição do aspecto das paisagens e sítios, naturais, rurais ou urbanas, devido a degradação da natureza ou obra do homem

    RECOMENDAÇÃO PARIS - 1964:

    Focada em impedir a exportação e importação ilegal, impedir transferências ilícitas de bens culturais

    RECOMENDAÇÃO PARIS DE OBRAS PÚBLICAS OU PRIVADAS (1968):

    Recomendação sobre a conservação dos bens culturais ameaçados pela execução de obras públicas e privadas.

    RECOMENDAÇÃO PARIS (1972):

    Focada no patrimônio material. Traz Definições de Patrimônio Cultural e Natural

    RECOMENDAÇÃO PARIS (1989):

    Recomendação sobre a salvaguarda da cultura tradicional e popular

    Recomendação Paris (2003):

    Preservação do patrimônio cultural IMATERIAL.

    Considerou a profunda interdependência que existe entre o patrimônio cultural imaterial e o patrimônio material cultural e natural

    >>>>>> Declaração de Sofia(1996):

    Utilização, proteção e exploração de patrimônio subaquático

    >>>>>>Compromisso Salvador:

     II Encontro de governadores para preservação do patrimônio histórico, artístico, arqueológico e natural do Brasil.  Recomenda-se a criação do Ministério da Cultura e secretarias ou fundações estaduais. Outras recomendações sobre o plano urbanístico com valorização dos sítios históricos; solicitada a parceria entre Estado e universidades.

    >>>>>>Carta do Rio

    Conferência geral das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento.

    Reafirma a Declaração de Estocolmo, apresenta 27 princípios sobre questões ambientais e desenvolvimento sustentável.