I. Na linguagem radiofônica, o texto a ser locutado está desassociado dos padrões de enunciação do locutor. Esse tópico depende do padrão enunciativo adotado pela empresa. Se as normas internas da emissora pedem uma enunciação mais formal, o radialista se verá obrigado a formalizar ao máximo seus textos e sua narração, no entanto, de forma geral, as rádios preferem aproximar a enunciação do radialista (e, por conseguinte, da comunidade da qual ele veio), como forma de aproximação com o público, por isso acredito que foi considerada errada.
II. O rádio foi utilizado como um importante instrumento político por diversos países durante a Segunda Guerra Mundial. Sim, foi no fim do séc. XIX que foi descoberta as ondas eletromagnéticas e no início do séc. XX que foram transmitidos as primeiras mensagens sem fios. A popularização do rádio coincidiu com a segunda guerra mundial, que utilizou amplamente esse recurso como instrumento de informação às massas.
III. O silêncio sempre é considerado uma falha no processo comunicativo estabelecido entre o rádio e o ouvinte. O que pode ser considerado uma falha na comunicação é o "ruído" que se caracteriza por ser todo sinal indesejado que está justaposto a um sinal útil, ou seja, é o resultado de vários tipos de perturbações que tendem a atrapalhar uma informação quando ele é apresentado numa frequência considerável dentro da amplitude de todos os sinais. A palavra "sempre" tornou a questão errada, uma vez que o silêncio também pode servir de informação.
IV. Entre os elementos que compõem a linguagem radiofônica, está a sonoplastia. A sonoplastia é a comunicação pelo som. Abrange todas as formas sonoras - música, ruídos e fala, e recorre à manipulação de registros de som estabelecendo uma linguagem através de signos e significados, que se dividem em ruídos naturais e ruídos de efeito. No rádio a sonoplastia surgiu na década de 60 com o teatro radiofônico, reconstituindo artificialmente os efeitos sonoros que acompanhavam a ação. Esse recurso tem por função a recriação de sons da natureza, de animais e objetos, de ações e movimentos, elementos que no teatro radiofônico têm que ser ilustrados ou aludidos sonoramente. Para tanto ocorria a gravação e montagem de diálogos e a seleção, gravação e alinhamento de música com uma função dramatúrgica na ação ou narração, portanto a sonoplastia é parte essencial do rádio.
Gabarito: letra E