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ID
3011560
Banca
UECE-CEV
Órgão
UECE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia
Assuntos

Um dos argumentos em favor do direito amplo ao armamento individual é o que afirma que cabe ao próprio indivíduo, e não ao Estado, a proteção de sua vida e de sua propriedade. Esse argumento pode ser entendido, nos termos da filosofia de Thomas Hobbes, como um “direito de natureza”, que o pensador inglês define no seguinte modo: “O direito de natureza é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim”.

HOBBES, Thomas. Leviatã, Parte I, cap. XIV. Trad. br. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1983 – adaptado.

Com base na definição acima, considere as seguintes afirmações:

I. O direito de natureza não garante a vida de ninguém.

II. O direito de natureza não garante a propriedade individual.

III. O direito de natureza é igual para todos.

É correto o que se afirma em 

Alternativas
Comentários
  • Segundo Hobbes, o direito de natureza se resume à capacidade individual em preservar sua vida. Ele é igual para todos, mas não garante nem a propriedade, nem a vida, pois sempre poderá existir alguém mais forte que exercerá o seu direito e se imporá sobre o outro. Esse seria o estado de guerra, segundo Hobbes, o homem sendo lobo do próprio homem. Não há limites para o que se pode, somente o limite da própria força. Contra esse nível de insegurança e incerteza, o homem aceitou abdicar de parte de sua liberdade, a de exercer a força conforme sua possibilidade, para que possa existir uma segurança média a todos. Assim se estabeleceu a sociedade, a partir de um contrato, segundo Hobbes. O Leviatã guarda essa sociedade e aplica sua justiça. 
    A reposta é letra D.
  • Segundo Hobbes, o direito de natureza se resume à capacidade individual em preservar sua vida. Ele é igual para todos, mas não garante nem a propriedade, nem a vida, pois sempre poderá existir alguém mais forte que exercerá o seu direito e se imporá sobre o outro.

    Gabarito: D

    (comentário do professor Athos Vieira)