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ID
3019132
Banca
IBADE
Órgão
Câmara de Jaru - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                         Einstein tinha razão


      Os buracos negros são há muito tempo as superestrelas da ficção científica. Mas a sua fama hollywoodesca é um pouco estranha porque ninguém tinha visto um — pelo menos até agora. Para quem precisa de ver para crer, pode agradecer ao Event Horizon Telescope (EHT), que acabou de nos oferecer a primeira imagem direta de um buraco negro. Este feito notável exigiu uma colaboração global para transformar a Terra num gigante telescópio e captar um objeto a milhares de trilhões de quilômetros.

      Sendo assombroso e inovador, o projeto do EHT não é apenas um desafio. É na verdade um teste sem precedentes para ver se as ideias de Einstein sobre a própria natureza do espaço e do tempo se confirmam em circunstâncias extremas, e lança o olhar mais próximo que obtivemos até hoje sobre o papel dos buracos negros no universo.

      Para resumir: Einstein tinha razão.

      Um buraco negro é uma zona do espaço cuja massa é tão grande e densa que nem sequer a luz consegue escapar à sua atração gravitacional. Capturá-lo contra o fundo negro do além é uma tarefa quase impossível. Mas graças ao trabalho inovador de Stephen Hawking, sabemos que estas massas colossais não são apenas um abismo de onde nada sai. Os buracos negros são capazes não só de emitir grandes jatos de plasma, como a sua gravidade imensa também puxa fluxos de matéria para o seu núcleo.

      Quando a matéria se aproxima do horizonte de eventos de um buraco negro — o ponto a partir do qual nem a luz escapa — esta forma um disco orbital. A matéria neste disco converte alguma da sua energia em fricção entre as partículas. Isto aquece o disco, tal como nós aquecemos as mãos esfregando-as num dia frio. Quanto mais próxima estiver a matéria, maior a fricção. A matéria mais próxima do horizonte de eventos irradia um grande brilho ao atingir o calor de centenas de sóis. Foi esta luz que o EHT detectou, junto com a "silhueta" do buraco negro.

      Analisar estes dados e produzir uma imagem é uma tarefa hercúlea. Como astrônomo que estuda os buracos negros em galáxias distantes, é raro eu conseguir obter uma imagem clara sequer de uma estrela nessas galáxias, muito menos do buraco negro no centro delas.

      A equipe do EHT decidiu concentrar-se em dois dos buracos negros supermassivos mais próximos de nós — na grande galáxia em forma de elipse M87, e em Sagitário A, no centro da nossa Via Láctea. 

      Para dar uma ideia da dificuldade da tarefa: embora o buraco negro da Via Láctea tenha uma massa de 4,1 milhões de sóis e um diâmetro de 60 milhões de quilômetros, ele encontra-se a 250 614 750 218 665 392 quilômetros de distância da Terra — o equivalente a ir de Londres a Nova Iorque 45 trilhões, ou milhões de milhões de vezes. Como a equipe do EHT comentou, isto é como estar em Nova Iorque a tentar contar os sulcos de uma bola de golfe em Los Angeles, ou fotografar uma laranja na lua a partir da Terra.

      Para fotografar um objeto tão impossivelmente distante, a equipe do EHT precisaria de um telescópio tão grande como a própria Terra. Não existindo uma máquina desse tamanho, a equipe ligou entre si telescópios por todo o mundo e combinou os dados recolhidos por eles. Para captar uma imagem precisa a uma tal distância, os telescópios tinham de ter grande estabilidade e as suas leituras sincronizadas na perfeição.

      Para atingir este feito, a equipe usou relógios atômicos tão precisos que a cada 100 milhões de anos perdem apenas um segundo. Os 5 mil Terabytes de dados recolhidos ocuparam centenas de discos duros que tiveram de ser transportados e ligados fisicamente a um supercomputador, que corrigiu as diferenças de tempo nos dados e produziu a imagem do buraco negro.

(Por Kevin Pimbblet, professor de Física da Universidade de Hull – Texto adaptado)

No trecho “Ao ouvir a notícia sobre a imagem do buraco negro, o ESPECTADOR ficou admirado!”, a palavra grifada tem o seu homônimo equivalente na palavra EXPECTADOR. Dentre as alternativas abaixo, a que apresenta um par de parônimos é:

Alternativas
Comentários
  • Parônimos são diferentes de homônimos. Os primeiros se assemelham na escrita e na pronúncia; em contrapartida, os segundos são idênticos na fala e/ou pronúncia. A banca pede o par que se parece na escrita e na pronúncia. O único que atende ao que foi pedido é o que consta na alternativa B. Veja:

    a) Homônimos homófonos (iguais na pronúncia);

    b) Parônimos (parecidos na grafia e na pronúncia);

    c) Homônimos homófonos (iguais na pronúncia);

    d) Homônimos homófonos (iguais na pronúncia);

    e) Homônimos homófonos (iguais na pronúncia).

    Letra B

  • GABARITO: LETRA B

    → parônimos (assemelham-se na escrita e na pronúncia, mas com significado diferente); homônimos são iguais na grafia, ou na pronúncia, ou os dois...

    a) cerração / serração. → homônimos homófonos → FON (SOM) → iguais na pronúncia, mas grafia e significado diferente.

    b) cavaleiro / cavalheiro. → semelhantes na grafia e na pronúncia (SOM), mas com significado diferente, temos o nosso gabarito.

    c) esperto / experto.→ homônimos homófonos → FON (SOM) → iguais na pronúncia, mas grafia e significado diferente.

    d) estrato / extrato. → homônimos homófonos → FON (SOM) → iguais na pronúncia, mas grafia e significado diferente.

    e) incipiente / insipiente. → homônimos homófonos → FON (SOM) → iguais na pronúncia, mas grafia e significado diferente.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • Parônimos são palavras apenas parecidas mas que não tem nem GRAFIA e nem FONEMA iguais.

    Ex: Tráfego e tráfico

  • incipiante= início

    insipiente=ignorante

    #PartiuPosse!
     

  • Homônimos (lembrar de homogêneo)

    Tem ou: GRAFIA IGUAL, pronúncia diferente / PRONÚNCIA IGUAL/ grafia diferente / PRONÚNCIA e GRAFIA IGUAIS

    sempre algo será igual

    Ex: Assento, acento (pronúncia igual e grafia diferente - HOMÓFONOS)

    Denuncia, Denúncia (grafia igual, pronúncia diferente - HOMÓGRAFOS)

    Cedo (verbo), Cedo (advérbio de tempo) (grafia e pronúncia iguais - PERFEITOS)

    Parônimos

    GRAFIA E PRONÚNCIA DIFERENTES, porém SEMELHANTES

    Ex: Inflingir (aplicar pena), Infringir (violar)

    Eminente (elevado), Iminente (prestes a ocorrer)

  • (Par)ônimos - (Par)ecido

  • Parônimos são também palavras que apresentam significados diferentes, mas que são pronunciadas da forma parecida, como comprimento e cumprimento.

    Câmara – local onde se reúnem os deputados;

    Câmera – aparelho que capta e reproduz imagens.

    Cavaleiro – aquele que sabe andar a cavalo;

    Cavalheiro – homem educado.

    Celerado - aquele que cometeu ou é capaz de cometer crimes;

    Acelerado - apressado.

    Comprimento – extensão;

    Cumprimento – saudação, ato de cumprir.

    Conjetura – suposição, hipótese;

    Conjuntura – situação, circunstância

  • Por que não pode ser a E?

  • Por que não pode ser a E?

  • Carlos, não pode ser a alternativa "E" porque as palavras incipiente (iniciante) e insipiente (ignorante) são homônimas (têm a mesma pronúncia, mas grafia diferente). A questão pediu um par de paronímia, ou seja, palavras parecidas na pronúncia, e não iguais (se a pronúncia fosse exatamente igual, seria caso de homonímia).

    Espero ter ajudado, bons estudos.

  • PARÔNIMO-----> GRAFIA E PRONÚNCIA QUASE IGUAL

    GABARITO B

  • Parônimos

    (PARecidas) - por isso referem-se às palavras com escrita e pronúncia PARECIDAS (mas nunca iguais)

    Logo, letra B é o gabarito.

    As demais são homônimos

    Homo - igual

    Grafia ou pronúncia igual.

  • As outras palavras são homófonas: escrita diferente e pronúncia igual.

    O que diferencia os homófonos dos parônimos é a pronúncia, pois o parônimo apresenta pronúncia parecida, por isso não pode ser a alternativa E , já como o c e o s possuem a mesma pronúncia nas duas palavras.

  • Gabarito B

    Parônimos a pronuncia e a grafia são QUASE iguais, já as homônimos a pronuncia ou a grafia são IGUAIS.

  • Serração significa o ato ou efeito de serrar, de cortar com serras; oficina onde a madeira é serrada.

    Cerração significa neblina, nevoeiro, bruma; ato ou efeito de cerrar.

    Cavaleiro é um substantivo comum masculino e se refere a um homem que anda de cavalo, a um membro da cavalaria, ou seja, a um montador.

    Cavalheiro pode ser um substantivo comum masculino ou um adjetivo. Refere-se a um homem nobre, educado, fino, cortês, digno, gentil. Significa também o homem que, em danças, faz par com a mulher. É ainda utilizada para indicar uma pessoa do gênero masculino. 

    Esperto: sagaz, vivo

    Experto:  exercitado, experiente, perito, prático, versado

    Extrato é um substantivo masculino e se refere a alguma coisa que foi extraída de outra, como extrato de tomate, extrato de carne,… É muito usada para indicar o extrato bancário, ou seja, o registro dos movimentos bancários de uma conta. Refere-se ainda a uma pequena passagem de um texto e a um perfume ou essência aromática.

    Estrato é também um substantivo masculino e se refere a uma faixa, uma camada: camada da pele, camada de um terreno sedimentar, camada social, camada populacional, … Significa também um conjunto de nuvens baixas, em formato de camadas horizontais uniformes e acinzentadas. 

    Insipiente: ignorante, tolo, néscio

    Incipiente: iniciante

  • GAB: LETRA B

    Parônimos a pronuncia e a grafia são QUASE iguais

  • Letra B!

    Os outros são homônimos.

  • Letra B!

    Os outros são homônimos.