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ID
3023680
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de São José do Rio Preto - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Comunicação Social
Assuntos

Segundo Vera Íris Paternostro (O Texto na TV), para passar a informação com entendimento exato e correto, o redator de telejornalismo deve evitar o uso da catacrese, como no exemplo a seguir:

Alternativas
Comentários
  • Catacrese é a figura de linguagem que consiste no uso de uma palavra ou expressão que não descreve com exatidão o que se quer expressar, mas é adotada por não haver uma outra palavra apropriada - ou a palavra apropriada não é de uso comum; é uma gíria do cotidiano, expressão usada para facilitar a comunicação.

  • Muita gente deve ter errado esta questão porque caiu na pegadinha de confundir prosopopeia com catacrese. Julgou totalmente inadequado (e com razão) que em um telejornal o apresentador desse características humanas à '"entrada do teatro, que aplaudia os frequentadores e dava-lhes boas vindas com carinho".

    Acontece que o gabarito não é esta alternativa porque ela não é caso de catacrese, mas de prosopopeia ou personificação.

    O gabarito é letra D porque a catacrese a ser evitada, segundo a consultora, é a do famigerado pé-de-galinha.

    "As marcas do tempo estavam estampadas nos pés-de-galinha em torno dos olhos da artista".

    Ok, QUASE todo mundo sabe que o termo se refere a rugas, vez que é usado no falar cotidiano há trocentos milhões de anos.

    No entanto, essa longevidade da gíria não torna o termo politicamente correto na atual conjuntura do jornalismo, tanto por poder soar ofensivo a pessoas que estão envelhecendo quanto incompreensível aos mais jovens, que talvez o desconheçam.

    E também (principalmente) por já existir no Português uma palavra específica e de uso corrente, RUGA, que exprime a ideia com muito mais exatidão que a "metáfora" dos pés de galinha, que repetida à exaustão virou a catacrese agora politicamente incorreta.