A historiografia medieval estagnou-se tendo em
vista que esta foi elaborada por hagiógrafos,
cronistas, membros do clero episcopal próximos ao
poder, ou pelos monges. Escrevem-se genealogias,
áridos anais, listas cronológicas de acontecimentos
ocorridos nos reinados dos seus soberanos (anais
reais) ou da sucessão de abades (anais monásticos);
"vidas" (biografias) de carácter edificante, como as
dos santos Merovíngios, ou, mais tarde, dos reis da
França, e "histórias" que contam o nascimento de
uma nação cristã, exaltam uma dinastia ou,
inversamente, fustigam os ignóbeis de uma
perspectiva religiosa.