“Mas não seria possível ensinar a História de modo
neutro? A provável resposta à pergunta pode
desdobrar-se em um sem-número de questões, tais
como: ‘É possível ser neutro frente à violência da
conquista da América?’; ‘É possível ser neutro
frente ao trabalho escravo?’; ‘É possível ser neutro
frente aos campos de extermínio nazistas?’; ‘É
possível ser neutro frente ao bombardeio de
Hiroshima e Nagasaki?’. Ora, é impossível
trabalhar esses temas com a mesma isenção do
professor que ensina a regência dos verbos, o que
não significa que este professor e aqueles das
demais disciplinas não tenham compromisso com a
educação dos futuros cidadãos. A diferença é que
ensinar História também significa comprometer-se
com uma estética de mundo, onde guerras,
massacres e outras formas de violência precisam
ser tratados de modo crítico.”
(MICELI, Paulo. Uma pedagogia da História? In: PINSKY,
Jaime. O Ensino de História e a criação do fato. 14º. Edição,
São Paulo: Contexto, 2011, p.41).
Ao propor uma pedagogia da História, Paulo Miceli
defende algumas posições abaixo. Identifique o
item incorreto: