A cultura de massa forma um sistema de cultura, constituindo-se como um conjunto de símbolos, valores, mitos e imagens que dizem respeito quer à vida prática quer ao imaginário colectivo. Todavia, não é o único sistema cultural das sociedades contemporâneas. Estas são realidades policulturais em que a cultura de massa «se faz incluir, controlar, censurar [...] e, ao mesmo tempo, tende a corromper e a desagregar as outras culturas [...]. A cultura de massa não é autónoma no sentido absoluto do termo, pode embeber-se de cultura nacional, religiosa ou humanística e, por sua vez, penetrar na cultura nacional, religiosa ou humanística. Não é a única cultura do séc. XX, mas é a corrente verdadeiramente de massa e verdadeiramente nova do séc. XX» (Morin, 1962, 8).
Fonte: Teorias da Comunicação - Mauro Wolf
GABARITO E
Teoria Culturológica
A teoria culturológica foi criada na década de 1960 na escola sociológica europeia, a partir, principalmente, do livro “Cultura de massa no século XX: o espírito do tempo”, de Edgar Morin.
As ideias da Teoria Cultorológica dizem respeito à nova forma de cultura da sociedade contemporânea, e considera em segundo plano as influências do mass media, ou seus efeitos sobre os destinatários, indo de encontro ao pensamento da Teoria Crítica, no qual a mídia é um meio de alienação.
Sua principal característica é a abordagem dada aos produtos da indústria cultural e a relação entre o consumidor e o objeto de consumo. O consumismo assume papel de valor nessa abordagem.
A Teoria Culturológica procura definir a natureza da cultura das sociedades contemporâneas. Sua principal conclusão é que a cultura de massa não é autônoma, como defendem as demais teorias, mas parte integrante da cultura nacional, religiosa ou humanística. Ou seja, a padronização dos símbolos não é imposta pela cultura de massa. Esta apenas utiliza a padronização desenvolvida espontaneamente pelo imaginário popular.
A cultura de massa convive com os demais sistemas culturais numa realidade contemporânea policultural. Contudo, a relação entre essas culturas é conflituosa. A cultura de massa, por suas potencialidades, corrompe e desagrega outras culturas que não saem imunes ao contato com a cultura industrializada.
FONTE: www.pautar.com.br