O quadro reacional pulpar manifesta-se subjetivamente pela dor, que sofrerá modificações no processo da perda tecidual.
A teoria que explica como a dentina transmite os estímulos que resultam em manifestações de dor é, ainda, um tema controverso na literatura.
A sensação dolorosa é resposta instantânea ao estímulo. Nem sempre, porém, há inter-relação entre a gravidade da lesão pulpar e a intensidade da dor provocada. A presença de dor traduz no mínimo, um distúrbio funcional da polpa. Não se pode concluir que, a ausência de fenômenos dolorosos signifique uma polpa sadia.
A propósito, as crises de dor, relacionadas com estados inflamatórios pulpares na fase inicial, são intervaladas por períodos assintomáticos.
Habitualmente, as dores ocorrem após extensa perda de substância dentária; porém não é raro, observar-se casos de cárie recente, com pouca destruição de estruturas e, no entanto, extremamente sensíveis aos estímulos. Outras vezes, o inverso ocorre, alterações pulpares evoluem mais ou menos, sem nenhuma manifestação dolorosa, para mortificação pulpar.
Dada a multiplicidade de fatores suscetíveis de influir nas características dos irritantes e das estruturas dentárias, pode afirmar que as respostas do complexo tecidual dentina-polpa não são uniformes.
Sempre que ocorrer perda de substância dentária, não importando a causa inicial (cárie, fratura, abrasão, preparos cavitários de profundidades variáveis, etc.), ficam a dentina e polpa sujeitas a estímulos anormais.