GABARITO: B
a) ao papel econômico que desde sempre o consumismo desenfreado teria assumido como fator de aceleração do progresso social.
O autor deixa bem claro que em tempos antigos, a regra era a austeridade, e não o consumismo desenfreado.
b) aos valores constituídos numa sociedade atenta às demandas essenciais e aos daquela regida pela valorização do máximo consumo.
c) às reações daqueles que, diante das práticas consumistas, ou louvam a moralidade dos mais pobres ou incriminam a dos mais ricos.
O examinador viajou tanto nessa que eu não sei nem como justificar o erro kk
d) às práticas consumistas que, em nossos dias, vêm provocando, por um lado, melhor distribuição de renda e, por outro, enriquecimento ilícito.
Não se fala em enriquecimento ilícito no texto.
e) à função dos economistas, que deveriam, segundo uns, criar um modelo austero e, segundo outros, administrar as condições de escassez.
Não há no texto referência às funções dos economistas.
#Análise das alternativas com os erros marcados em negrito:
OBS.: A FCC pede a tese de divergência em que se baseia o texto
A) ao papel econômico que desde sempre o consumismo desenfreado teria assumido como fator de aceleração do progresso social.
Incorreta. Extrapolação clara da banca, uma vez que não dá para concluir que o consumismo desenfreado assumiu, desde sempre, importância como fator de aceleração do progresso social. Nesse sentido, conforme enxerto a seguir - "Mas a maioria das pessoas, ao longo da história, viveu em condições de escassez. A fragilidade era, portanto, sua palavra de ordem.", a escassez e a fragilidade eram as palavras de ordem em outros períodos, sendo privilégio apenas reis e nobres.
B) aos valores constituídos numa sociedade atenta às demandas essenciais e aos daquela regida pela valorização do máximo consumo.
Correta. Realmente a divergência se estabelece em torno de 2 tipos de sociedade. A primeira, de antigamente, mais atenta às necessidades essenciais, ou seja, que dava mais importância à coletividade. E a segunda, atual, que impulsiona a valorização do consumo exacerbado e elevação da satisfação individual, conforme trechos a seguir:
"A fragilidade era, portanto, sua palavra de ordem. A ética austera dos puritanos e a dos espartanos são apenas dois exemplos famosos. Uma pessoa boa evitava luxos e nunca desperdiçava comida. Somente reis e nobres se permitiam renunciar publicamente a tais valores e ostentar suas riquezas." (MODELO 1 DE SOCIEDADE = QUE VALORIZAVA AS NECESSIDADES ESSENCIAIS DEVIDO À ESCASSEZ DE RECURSOS)
"Encoraja as pessoas a cuidarem de si mesmas, a se mimarem e até a se matarem pouco a pouco por meio do consumo exagerado. A frugalidade é uma doença a ser curada." (MODELO 2 DE SOCIEDADE = A CONSUMISTA DESENFREADA)
C) às reações daqueles que, diante das práticas consumistas, ou louvam a moralidade dos mais pobres ou incriminam a dos mais ricos.
Incorreta. Outra extrapolação da banca, de modo que não há no texto evidências de que as pessoas têm reações diferentes de acordo com a moralidade dos pobres ou dos mais ricos. O texto ressalta é como o consumismo influencia a sociedade como um todo.
D) às práticas consumistas que, em nossos dias, vêm provocando, por um lado, melhor distribuição de renda e, por outro, enriquecimento ilícito.
Incorreta. Não há inferências no texto de que as práticas consumistas estejam provocando melhor distribuição de renda ou enriquecimento. Outra extrapolação da banca.
E) à função dos economistas, que deveriam, segundo uns, criar um modelo austero e, segundo outros, administrar as condições de escassez.
Incorreta. E, mais uma vez, a banca extrapola com inferências relacionadas aos economistas e a visão que as pessoas teriam deles.
Gabarito: item "B"
Espero ter ajudado. :D