SóProvas


ID
3044242
Banca
AOCP
Órgão
UEFS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ela lembra tudo e sofre com isso, mostra "A Mulher que Não Consegue Esquecer"

                                                                                                         Livraria da Folha


      No curioso caso de Jill Price, o médico James McGaugh diagnosticou o primeiro caso de síndrome de "hipermemória". O caso, descrito pelo autor Bert Davis, está no livro "A Mulher que Não Consegue Esquecer".

      O que é hipermemória? É um distúrbio que faz com que a pessoa não esqueça nada do que viveu, nem tampouco dos sentimentos que experimentou. Todos os erros e acertos, todas as alegrias e tristezas... Tudo continua vivo, colorido, presente.

      Quando nos convém, olhamos para o céu, apertamos as mãos entre elas e murmuramos como seria bom ter uma memória cinematográfica. [...] Contudo, quando os acontecimentos não são dos melhores, o que todos querem é esquecer.

      A memória é personagem de episódios familiares, desgraças históricas, da formação e confirmação de sua própria existência. Diversos livros e filmes já trataram do assunto, além de filósofos, psiquiatras e psicanalistas que conflitam as produções de imagens que ora estão recalcadas no inconsciente ora estão presentes e vivas em nossa mente.

      No caso da "A Mulher que Não Consegue Esquecer", Jill se lembra do que comeu na semana passada, de diálogos do filme favorito e muito mais. Ela se recorda de datas de acidentes aéreos, o que passou em determinada segunda-feira na televisão, além de conseguir se lembrar com precisão o que ela mesmo estava fazendo e pensando.

      Leia trecho:

      “Sei muito bem quão tirânica a memória consegue ser. Sou portadora do primeiro caso diagnosticado de um distúrbio da memória que os cientistas denominaram síndrome da hipermemória – a lembrança autobiográfica contínua e automática de cada dia da minha vida desde os meus catorze anos. Minha memória começou a se tornar horrivelmente completa em 1974, quando eu tinha oito anos. A partir de 1980, é quase perfeita. Diga uma data daquele ano em diante que eu direi instantaneamente qual dia da semana foi, o que fiz naquele dia e quaisquer acontecimentos importantes que ocorreram – ou até acontecimentos menores –, contanto que tenha ouvido falar deles naquele dia.

      Minhas lembranças são como cenas de filmes caseiros de cada dia de minha vida, constantemente projetados em minha cabeça, avançando e retrocedendo pelos anos de forma implacável, transportando-me a qualquer momento, independente da minha vontade. Imagine que alguém tivesse feito vídeos seus desde a época de criança, seguindo você o dia inteiro, dia após dia, e depois reunisse tudo em um DVD, e que você se sentasse numa sala e assistisse à compilação num aparelho programado para embaralhar aleatoriamente as cenas.

      [...]

      Consigo ter lembranças à vontade quando me pedem, mas normalmente minha memória é automática. Não faço nenhum esforço para evocar as lembranças; elas simplesmente preenchem minha mente. Na verdade, não estou sob meu controle consciente, e por mais que eu queira, não consigo detê-las. Elas pipocam na minha cabeça, talvez desencadeadas por alguém mencionando uma data ou um nome, ou por uma canção no rádio, e quer eu deseje ou não voltar a uma época específica, minha mente dispara bem para aquele momento.

      Minha maior esperança é que os cientistas descubram algo sobre meu cérebro que ajude a solucionar os enigmas dos trágicos distúrbios da perda de memória. Eles já concluíram, a partir de tomografias do meu cérebro, que existem diferenças estruturais pronunciadas que provavelmente explicam por que minha memória é tão completa e implacável. Eles me contaram quantos mistérios sobre a memória ainda estão enfrentando, e parece que o que aprenderam sobre o meu cérebro e memória levará a pesquisas frutíferas. Por ora, espero que minha história seja esclarecedora e instigante para os leitores e que ajude a explicar o papel da memória – bem como o do esquecimento – na vida de todos nós e como nossas lembranças são responsáveis, em grande parte, pelo que somos.” 


Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ 777141-ela-lembra-tudo-e-sofre-com-isso-mostra-a-mulher-que-nao-consegue-esquecer.shtml Acesso em: 20/04/2018.

Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, os processos de formação das seguintes palavras utilizadas no texto de apoio “hipermemória” e “esclarecedora”.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    hipermemória” → acréscimo de prefixo -hiper, configurando, dessa forma, uma derivação prefixal.

    → “esclarecedora”. → derivação sufixal, acréscimo do prefixo ao verbo "esclarecer".

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! AVANTE NA LUTA!

  • luta dura, vitória certa.

  • # letra B

    → “hipermemória” → acréscimo de prefixo -hiper, configurando, dessa forma, uma derivação prefixal.

    → “esclarecedora”. → derivação sufixal, acréscimo do prefixo ao verbo "esclarecer".

  • GABARITO: B

    Derivação é o processo pelo qual novas palavras são formadas a partir de uma palavra, denominada primitiva, pelo acréscimo de novos elementos que modificam ou alteram o sentido primitivo da palavra.

    Derivação prefixal: ocorre quando há o acréscimo de um prefixo ao radical.

    Derivação sufixal: ocorre quando há o acréscimo de um sufixo ao radical.

    Derivação prefixal e sufixal: ocorre quando há o acréscimo simultâneo de um sufixo e um prefixo ao radical.

    Derivação parassintética: ocorre quando há o acréscimo simultâneo de um sufixo e um prefixo ao radical, de modo que a palavra não exista só com o prefixo ou só com o sufixo.

    Derivação regressiva: ocorre quando há eliminação de sufixos ou desinências. Na maioria das vezes, são substantivos formados a partir de verbos.

    Derivação imprópria: ocorre quando há mudança na classe gramatical.

    Composição é o processo pelo qual novas palavras são formadas através da união de dois radicais. A composição pode ser por aglutinação ou justaposição.

    Composição por justaposição: ocorre quando não há alteração fonética nos radicais. Ex.: Pontapé: ponta + pé.

    Composição por aglutinação: ocorre quando  alteração fonética nos radicais. Ex.: Fidalgo: filho + de + algo.

    Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - Baltasar Gracián.

    -Tu não pode desistir.

  • GABARITO B.

    A derivação prefixal se dá quando um prefixo é colocado junto à palavra primitiva ou colocado como último elemento de uma palavra que já havia sofrido algum processo de formação. Ocorre derivação sufixal quando um sufixo é colocado junto à palavra primitiva ou colocado como último elemento de uma palavra que já havia sofrido algum processo de formação.

  • Não seria parassintética?

    claro -> es + claro + cer -> esclarecer > +derivação sufixal

  • Esclarecer é formada por prefixo (es) + radical + sufixo. Como esclarecedora deriva de esclarecer fiquei na duvida se uma palavra derivada vira radical quando dá origem a outra derivação. ao meu ver tanto esclarecer com esclarecedora são parassintéticas.

  • Reposta da Banca ao recurso interposto:

    Prezados Candidatos, em resposta ao recurso interposto para esta questão, temos a esclarecer que a mesma será mantida, tendo em vista que, em hipermemória, ocorre derivação prefixal e, em esclarecedora, ocorre derivação sufixal (atenção ao fato de que o nível de dificuldade da questão estava atrelado ao fato de que, primeiramente, ocorre derivação parassintética em esclarecer e apenas posteriormente ocorre a sufixal em esclarecedora). Portanto recurso indeferido. 04/06/2018

  • A questão é mal formulada, visto que “esclarecedora” possui derivação prefixal e sufixal. Acompanhe:

     

    Seu radical é clar (clarus = claro)

    Prefixo é es. Exemplos de prefixos: a- , contra- , des- , em-  (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-

    Sufixo dor. O sufixo -dor é usado para formar uma palavra indicando a ideia de agente. Pode se transformar, como é normal em certos sufixos, numa forma feminina e/ou plural. Por extensão: vendedora, inaladores, exibidoras etc.

    A meu ver, gabarito correto letra: E

    Gabarito da banca: B

     

    De nada. Não desistam!

     

  • Prezado Guerreiro Orlando Rodrigues, na derivação prefixal e sufixal quando retiramos o sufixo ou o prefixo, a palavra ainda permanece possível. Ex: infelizmente, desligado, deslealdade. Já na derivação parassintética, isso não é possível. Ex: Entristecer, emudecer.

    Desejando-lhe muito sucesso, despeço-me cordialmente.

  • Gabarito: B

     “hipermemória” - derivação prefixal

    “esclarecedora”. - derivação sufixal

  • GABARITO LETRA B

     

    HIPERMEMÓRIA (PREFIXOS GREGOS)
    ESCLARECEDORA (7 - SUFIXOS QUE FORMAM SUBSTANTIVOS E ADJETIVOS DERIVADOS DE VERBOS = OR(A); EIRA)

  • Precisamos esclarecer de forma clara que "esclarecedora", apesar de tornar claro, não deriva de claro, mas de esclarecimento, que é o ato de tornar as coisas mais claras... bem... espero que tenha ficado claro - ou esclarecido! rs

  • homi, só aceitando o gabarito dado pela a banca mesmo. Pois a letra E, ao meu ver seria a mais correta, visto q está mais completa. então sem entender o gabarito mesmo, aceito na raiva kkkkkkkkkk