SóProvas


ID
3044269
Banca
AOCP
Órgão
UEFS
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ela lembra tudo e sofre com isso, mostra "A Mulher que Não Consegue Esquecer"

                                                                                                         Livraria da Folha


      No curioso caso de Jill Price, o médico James McGaugh diagnosticou o primeiro caso de síndrome de "hipermemória". O caso, descrito pelo autor Bert Davis, está no livro "A Mulher que Não Consegue Esquecer".

      O que é hipermemória? É um distúrbio que faz com que a pessoa não esqueça nada do que viveu, nem tampouco dos sentimentos que experimentou. Todos os erros e acertos, todas as alegrias e tristezas... Tudo continua vivo, colorido, presente.

      Quando nos convém, olhamos para o céu, apertamos as mãos entre elas e murmuramos como seria bom ter uma memória cinematográfica. [...] Contudo, quando os acontecimentos não são dos melhores, o que todos querem é esquecer.

      A memória é personagem de episódios familiares, desgraças históricas, da formação e confirmação de sua própria existência. Diversos livros e filmes já trataram do assunto, além de filósofos, psiquiatras e psicanalistas que conflitam as produções de imagens que ora estão recalcadas no inconsciente ora estão presentes e vivas em nossa mente.

      No caso da "A Mulher que Não Consegue Esquecer", Jill se lembra do que comeu na semana passada, de diálogos do filme favorito e muito mais. Ela se recorda de datas de acidentes aéreos, o que passou em determinada segunda-feira na televisão, além de conseguir se lembrar com precisão o que ela mesmo estava fazendo e pensando.

      Leia trecho:

      “Sei muito bem quão tirânica a memória consegue ser. Sou portadora do primeiro caso diagnosticado de um distúrbio da memória que os cientistas denominaram síndrome da hipermemória – a lembrança autobiográfica contínua e automática de cada dia da minha vida desde os meus catorze anos. Minha memória começou a se tornar horrivelmente completa em 1974, quando eu tinha oito anos. A partir de 1980, é quase perfeita. Diga uma data daquele ano em diante que eu direi instantaneamente qual dia da semana foi, o que fiz naquele dia e quaisquer acontecimentos importantes que ocorreram – ou até acontecimentos menores –, contanto que tenha ouvido falar deles naquele dia.

      Minhas lembranças são como cenas de filmes caseiros de cada dia de minha vida, constantemente projetados em minha cabeça, avançando e retrocedendo pelos anos de forma implacável, transportando-me a qualquer momento, independente da minha vontade. Imagine que alguém tivesse feito vídeos seus desde a época de criança, seguindo você o dia inteiro, dia após dia, e depois reunisse tudo em um DVD, e que você se sentasse numa sala e assistisse à compilação num aparelho programado para embaralhar aleatoriamente as cenas.

      [...]

      Consigo ter lembranças à vontade quando me pedem, mas normalmente minha memória é automática. Não faço nenhum esforço para evocar as lembranças; elas simplesmente preenchem minha mente. Na verdade, não estou sob meu controle consciente, e por mais que eu queira, não consigo detê-las. Elas pipocam na minha cabeça, talvez desencadeadas por alguém mencionando uma data ou um nome, ou por uma canção no rádio, e quer eu deseje ou não voltar a uma época específica, minha mente dispara bem para aquele momento.

      Minha maior esperança é que os cientistas descubram algo sobre meu cérebro que ajude a solucionar os enigmas dos trágicos distúrbios da perda de memória. Eles já concluíram, a partir de tomografias do meu cérebro, que existem diferenças estruturais pronunciadas que provavelmente explicam por que minha memória é tão completa e implacável. Eles me contaram quantos mistérios sobre a memória ainda estão enfrentando, e parece que o que aprenderam sobre o meu cérebro e memória levará a pesquisas frutíferas. Por ora, espero que minha história seja esclarecedora e instigante para os leitores e que ajude a explicar o papel da memória – bem como o do esquecimento – na vida de todos nós e como nossas lembranças são responsáveis, em grande parte, pelo que somos.” 


Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ 777141-ela-lembra-tudo-e-sofre-com-isso-mostra-a-mulher-que-nao-consegue-esquecer.shtml Acesso em: 20/04/2018.

No trecho ‘Filmes caseiros de cada dia de minha vida são constantemente projetados em minha cabeça, “transportando-me a qualquer momento”.’, será obrigatório o uso do sinal indicativo da crase, caso a expressão em destaque seja substituída por

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    → transportando-me a algum lugar (temos a preposição presente, logo precisamos do artigo definido "a" ou "as"):

    a) o passado. → preposição + artigo definido "o" → ao passado.

    b) uma lembrança passada. → somente a preposição, visto que já há o artigo indefinido "uma": a uma lembrança.

    c) minhas memórias passadas. → temos um pronome possessivo adjetivo, não foi usado o artigo definido "as", logo somente a preposição "a" está presente: a minhas memórias.

    d) as lembranças passadas. → artigo definido "as" + preposição "a", formando a crase= às lembranças...

    e) meus momentos passados. → somente a preposição "a" estará presente, visto que temos um pronome possessivo adjetivo masculino, sendo facultativo: aos meus momentos OU a meus momentos.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

  • "à as lembranças passadas"? questão mal elaborada.
  • Tô com o colega Carlos SOUZA.

  • Carlos Souza, mas o "AS" de lembranças passadas faz fusão com a preposição "A" do transportando-me.

    A + AS = ÀS

    Com isso, a frase fica "transportando-me às lembranças passadas."

  • As lembranças passadas. ? artigo definido "as" + preposição "a", formando a crase= às lembranças.

    gb d

    pmgo

  • Deveriam ter incluído a preposição na frase em destaque.

  • SIGAM @etomedika

    RESPOSTA D

    NÃO PODE HAVER CRASE:

    Antes de verbo

    Antes de artigo indefinido (um, uma, uns, umas)

    Antes de palavra masculina 

    Antes de numerais cardinais (exceto hora = pode!)

    Antes de palavra plural o “a” estiver singular (se o “a” estiver plural = obrigatória)

    Depois de preposição (exceto até = facultativa)

    Antes de nomes próprios femininos completos

    Entre palavra repetidas de circunstância/idiomáticas

    Em Objetos Diretos

    Em sujeitos

    Antes de “Dona” + nome próprio

    Antes de pronomes pessoais (ele, ela, mim, nós, vós...)

    Antes de pronomes de tratamento (exceto senhora e senhorita cabe crase)

    Antes de pronomes indefinidos (exceto mesma, outra e própria que cabe crase)

    Antes de pronomes demonstrativos (exceto iniciados por A cabe crase ex: aquele)

  • A + AS = ÀS

  • pergunta feita igual a cara deles

  • Gab: D

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • Gab: D

    Casos Proibidos da Crase

    1  Antes de Substantivos masculinos

    2  Antes de Verbo

    3  Antes do artigo indefinido ‘’uma’’ e dos Pronomes que não admitem o artigo ‘’a’’ (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos, relativos)

    4  Antes de numerais

    5  Entre substantivos idênticos

    6  Quando está sozinho antes de palavra no plural

    7  Antes de Nossa Senhora e nomes de santas

    8  Depois de preposições

    9  Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar

    10 Antes da palavra terra quando se opõe a bordo

    11 Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido ‘’uma’’

    12 Antes de lugares que não admitem o artigo ‘’a’’ 

  • Calalh... é brincadeira... Parece até que os caras não sabem redigir uma coisa qualquer. Questão muito MAL ELABORADA. Fizeram a questão com os pé... O cara sabe a matéria e fica parecendo um iniciante, catando milho... uffffaaa

  • a) Não há case diante de substantivo masculino

    b) Não há crase diante de artigo indefinido

    c) diante de pronome possessivo feminino, o uso da crase é facultativo.

    e) Não há crase diante de pronome possessivo masculino.

  • GAB: D

    ‘Filmes caseiros de cada dia de minha vida são constantemente projetados em minha cabeça, “transportando-me a qualquer momento”.

    às lembranças passadas

  • GABARITO: LETRA D

    ⇉ Há crase:

    ☛ Diante de palavra feminina que venha acompanhada de artigo, desde que o termo regente exija a preposição a:

    ☑ Ex: O juiz pronunciou-se favoravelmente à ré.

    ☛ Na indicação de horas:

    ☑ Ex: Combinamos de nos encontrar às seis horas.

    ☛ Diante de nomes masculinos, apenas nos casos em que é possível subentender-se palavra como moda ou maneira:

    ☑ Ex: Desenvolveu um modo de pintar à Van Gogh. (À maneira de Van Gogh).

                Apresenta programas à Chacrinha. (À moda do Chacrinha).

    ☛ Diante de nomes de lugares que geralmente não admitem artigo, quando apresentarem um elemento que os caracterize ou qualifique:

    ☑ Ex: Vou à famosa Roma.

                Finalmente chegamos à encantadora Ouro Preto.

    ☛ Diante da palavra “casa”, quando determinada:

    ☑ Ex: Você vai comigo à casa deles / dos meus amigos?

    Há crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas a partir de palavras femininas, pois, nesses casos, estaremos diante da sequência constituída de preposição + artigo feminino.

     

    Locuções adverbiais: Às vezes, à noite, à tarde, às claras, à meia-noite, às três horas.

    Locuções prepositivas: À frente de, à beira de, à exceção de.

    Locuções conjuntivas: À proporção que, à medida que.

    ⇛Meus resumos dos Livros: Gramática - Ernani & Floriana / Gramática - Texto: Análise e Construção de Sentido.

  • Gabarito: Letra -D

    ENTENDA:

    -o passado = Masculino

    -uma= PROIBIDO USO DE CRASE ANTES DE "UMA"

    -Meus= É possessivo--> Facultativo

    -Minhas= É possessivo--> Facultativo

  •  “transportando-me a qualquer momento

     → as lembranças passadas. (D)

    a+as= às lembranças passadas

     → ESSE CASO A CRASE É OBRIGATÓRIA

    LETRAS:

    A, B É E => CASOS PROIBIDOS

    C => CASO FACULTATIVO

  • No trecho ‘Filmes caseiros de cada dia de minha vida são constantemente projetados em minha cabeça, “transportando-me a qualquer momento”.’, será obrigatório o uso do sinal indicativo da crase, caso a expressão em destaque seja substituída por

    a)o passado. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    b)uma lembrança passada. Errado – pronome indefinido não tem crase

    c)minhas memórias passadas. Errado Ocorrência facultativa de crase

    d)as lembranças passadas. Certa

    e)meus momentos passados. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    Observação : Antecedendo um artigo indefinido (umumaunsumas) a crase não é admitida, uma vez que a palavra seguinte à preposição, mesmo que feminina, já está acompanhada de um determinante..

  • No excerto “[…] jamais avise a estranhos que você não estará em casa.”, será obrigatório o uso do sinal indicativo da crase, no caso de o termo em destaque ser substituído por

    a)vizinhos da rua. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    b)vizinhança toda. Certa

    c)entregadores. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    d)cobradores. Errada - não ocorre crase antes de masculino

    e)quem quer que seja. Não ocorre crase antes de pronomes que repelem o artigo

  • A o passado. (palavra masculina)

    B uma lembrança passada. (artigo indefinido)

    C minhas memórias passadas. (pronome possessivo)

    D as lembranças passadas. (correto, preposição a + as = às lembranças passadas)

    E meus momentos passados. (pronome possessivo)