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ID
3046564
Banca
FCC
Órgão
Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos


O tempo nos nossos tempos

    O espaço e o tempo são categorias básicas da existência humana. E, no entanto, raramente discutimos o seu sentido; tendemos a tê-los por certos e lhes damos atribuições do senso comum ou autoevidentes. Registramos a passagem do tempo em segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, décadas, séculos e eras, como se tudo tivesse o seu lugar numa única escala temporal objetiva. Embora o tempo na física seja um conceito difícil e objeto de contendas, não costumamos deixar que isso interfira no nosso sentido comum do tempo, em torno do qual organizamos nossa rotina diária. Reconhecemos, é verdade, que os nossos processos e percepções mentais podem nos pregar peças, fazer segundos parecerem anos-luz ou horas agradáveis passarem com tanta rapidez que mal nos damos conta. Também podemos reconhecer o fato de diferentes sociedades (ou mesmo diferentes subgrupos) cultivarem sentidos de tempo bem distintos. 
    Na sociedade moderna, muitos sentidos distintos de tempo se entrecruzam. Os movimentos cíclicos e repetitivos (do café da manhã e da ida ao trabalho a rituais sazonais como festas populares e aberturas de temporadas esportivas) oferecem sensação de segurança num mundo em que o impulso geral do progresso parece ser sempre para frente e para o alto – na direção do firmamento do desconhecido.
    Quando o sentido do tempo como progresso é ameaçado pela depressão ou pela recessão, pela guerra ou pelo caos social, podemos nos reassegurar (em parte) com a ideia do tempo cíclico como um fenômeno natural a que devemos forçosamente nos adaptar ou recorrer a uma imagem ainda mais forte de alguma propensão universal estável, como contraponto perpétuo do progresso. E, em momentos de desespero ou de exaltação, quem entre nós consegue impedir-se de invocar o tempo do destino, do mito, dos deuses?

(HARVEY, David. Condição pós-moderna. Trad. Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 1993, p. 187-188) 

Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    → frase que apresenta valor sinônimo, sentido semelhante:

    → podemos nos reassegurar (em parte) com a ideia (3°parágrafo) = somos capazes de nos reassentar (parcialmente) com o conceito.

    → observa-se que o jogo de palavras com valor sinonímico foi feito de forma plenamente adequada.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! AVANTE NA LUTA!

  • por que a D está errada ?

  • Erro da alternativa mais marcada (D):

    entrecruzar = entrelaçar, entretecer, enlaçar, cruzar.

    NÃO É O MESMO QUE:

    interpor = colocar(-se) [coisa ou pessoa] entre duas outras.

     

     

  • Gab.: Alternativa A

    Confesso que achei difícil. Fazendo uma pesquisa, vi que REASSENTAR é o mesmo que ASSENTAR NOVAMENTE, que tem como um dos sinônimos a palavra ASSEGURAR.

  • GAB: LETRA A

    ERRO LETRA B:

    Senso comum: Modo de pensar da maioria das pessoas, são noções comumente admitidas pelos indivíduos. Significa o conhecimento adquirido pelo homem partir de experiências, vivências e observações do mundo.

    Mais simples: Que não é composto, múltiplo ou desdobrado em partes.

    ERRO LETRA C:

    Processos: Método, sistema, maneira de agir ou conjunto de medidas tomadas para atingir algum objetivo.

    Preceitos: Premissa que deve ser observada e respeitada ante a execução de determinada ação.

    ERRO LETRA D:

    Tempo: Duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro; período contínuo no qual os eventos se sucedem.

    Cronológico: Que segue uma sequência natural de acontecimentos no decorrer do tempo.

  • QUESTÃO POLÊMICA. ENTENDO QUE REASSEGURAR (NO SENTIDO DE CERTIFICAR, REAFIRMAR, REFORÇAR) É DIFERENTE DE REASSENTAR (NO SENTIDO DE ASSENTAR NOVAMENTE).

  • Impingir: obrigar alguém a aceitar algo.

     

    Gab.: A