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ID
3077236
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

   Nossos sonhos estão repletos de originalidade. Seus elementos são velhos, nossas memórias do passado, mas as combinações são originais. As combinações compensam em variedade o que lhes falta em qualidade. Nossos sonhos misturam tempo, lugares e pessoas. 
    Acordados, possuímos um fluxo de consciência que também contém uma série de erros. Mas podemos rapidamente corrigi-los antes de expressá-los em voz alta. Podemos melhorar a frase ainda enquanto estamos falando. De fato, a maioria das frases que pronunciamos nunca foi dita por nós antes. Nós elaboramos as frases no ato. 
   Também antecipamos o futuro de uma forma que nenhum outro animal pode fazer. Já que ainda não aconteceu, temos que imaginar o que poderia acontecer. Frequentemente prevemos o futuro tomando atitudes correspondentes ao que supomos que irá acontecer. Somos capazes de pensar antes de agir, supondo como objetos ou pessoas podem reagir diante de determinado curso da ação. 
   Essa capacidade no ser humano é extraordinária quando comparada à de todos os outros animais. Ela leva certo tempo para se desenvolver nas crianças. Por volta da época em que elas começam a ir à escola, os adultos passam a esperar que consigam prever consequências. 
   A habilidade de prever as consequências do curso de uma ação é o fundamento da ética. O livre-arbítrio não implica somente escolher entre as opções já conhecidas, mas também imaginar alternativas inusitadas. Muitos animais usam a técnica de tentativa e erro diante da novidade, mas nós, humanos, fazemos isso “nos bastidores” antes de agir de fato. E podemos assim criar algo proveitoso. O processo de contemplação e ensaio mental está incluído no âmago de alguns dos atributos humanos mais estimados. 

(Adaptado de: CALVIN, William H.. As coisas são assim. Org. John Brockman e Katinka Matson. Trad. Diogo Meyer e Suzana Sturlini Couto. São Paulo, Cia das Letras, 1995, p. 164-165) 

mas nós, humanos, fazemos isso “nos bastidores” antes de agir de fato (último parágrafo)

No contexto, o segmento sublinhado acima refere-se à capacidade de

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    fazemos isso “nos bastidores” -> nesse segmento, o "isso" se refere a este trecho "Muitos animais usam a técnica de tentativa e erro diante da novidade". Porém, como é explicado no contexto, nós humanos fazemos isso "nos bastidores" (de outra forma), e o 3º parágrafo explica muito bem isso.

    "Também antecipamos o futuro de uma forma que nenhum outro animal pode fazer. Já que ainda não aconteceu, temos que imaginar o que poderia acontecer. Frequentemente prevemos o futuro tomando atitudes correspondentes ao que supomos que irá acontecer. Somos capazes de pensar antes de agir, supondo como objetos ou pessoas podem reagir diante de determinado curso da ação."

  • GABARITO C

  • Não consigo enxergar como a B está errada. O elemento "isso" se refere às técnicas de tentativa e erro. Se alguém puder me explicar, agradeço.

  • Man! O isso (esse,essa e flexões) retomam o termo mais próximo quando há mais de uma possibilidade de retomada, como no caso da questão, ela deveria ter usado o aquilo --> para retomar o mais distante!

    pura arbitrariedade da banca!!

  • letra (c) quando se refere nos bastidores ,se fala da capacidade de raciocínio humano capaz de premeditar as probabilidades antes de tomar uma ação... muito diferente dos animais que agem de foma impulsiva e instintiva.

  • Man and women ! questão maluca baagarrai
  • Muitos animais usam a técnica de tentativa e erro diante da novidade, MAS NÓS, humanos, fazemos isso “nos bastidores” (ou seja, nós humanos não usamos a técnica, apenas: prevemos as consequências do curso de uma ação no plano imaginário.) Cuidado com questões de retomada, retoma algo dito antes, mas observe o contexto!!!

  • Da primeira vez que respondi essa questão eu errei (marquei a B). Depois, ao analisar com calma (sem pressão, claro), consegui acertar. "O livre-arbítrio não implica somente escolher entre as opções já conhecidas, mas também imaginar alternativas inusitadas. Muitos animais usam a técnica de tentativa e erro diante da novidade, mas nós, humanos, fazemos isso “nos bastidores” antes de agir de fato".