O mundo abriga hoje aproximadamente 500 mil pessoas centenárias, e esse número deverá aumentar na próxima década.
Foi no final do século XIX que a expectativa de vida começou a aumentar nos países europeus que se industrializavam, apesar de continuar em patamares medíocres em diversas partes do mundo.
Nas últimas décadas, no entanto, a desigualdade diminuiu e a expectativa de vida mundial praticamente duplicou. Hoje os países pobres têm expectativa média de vida semelhante à dos que eram considerados ricos nos anos 1900.
Cem anos atrás, a expectativa de vida de quem nascia na Índia ou na Coreia era de apenas 23 anos. Atualmente, esse número quase triplicou. No Brasil, uma criança que completasse dez anos de idade em 1950 podia alimentar a esperança de viver mais 53 anos. As que chegaram aos dez anos em 2015 devem viver mais 67 anos.
Esses aumentos na longevidade aconteceram graças a avanços no conhecimento. O declínio da mortalidade foi resultado de ideias novas no campo da saúde e dos benefícios trazidos por melhores condições de nutrição e saneamento básico, pela vacinação em massa e pela descoberta dos antibióticos.
No decorrer do século XXI, será possível duplicar mais uma vez a expectativa de vida?
Em um trabalho publicado na revista Nature, pesquisadores desmentiram essa hipótese. Os autores concluíram que aumentos da sobrevida tendem a declinar depois dos 100 anos. A longevidade atingiria um teto ao redor dos 115 anos.
(Adaptado de: VARELLA, Drauzio. Disponível em: folha.uol.com.br)