Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.
Uma pesquisa feita em uma universidade mostrou que cães têm a capacidade de distinguir palavras de um vocabulário e
captar a entonação da fala dos donos usando regiões cerebrais semelhantes àquelas usadas por seres humanos.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores mediram a atividade do cérebro dos cães em aparelhos de ressonância
magnética. Eles ouviam então gravações de vozes de seus donos ou treinadores usando várias combinações de vocabulário e
entonação, ou elogiando ou de modo neutro.
"A imagem por ressonância magnética fornece um método inofensivo de medição de que os cães gostam", diz a coautora do
estudo.
Independentemente da entonação, cães reconheceram cada palavra como algo distinto e o fizeram de uma forma similar aos
seres humanos, usando o lado esquerdo do cérebro.
Os pesquisadores descobriram ainda que os cães processam a entonação separadamente do vocabulário, nas regiões
auditivas no lado direito do cérebro, o que também acontece com humanos.
Os pesquisadores observaram que o elogio ativa o "centro de recompensa" do cérebro dos cães – a região que responde a
estímulos de prazer. Mas o centro de recompensa só era ativado quando o cão ouvia palavras de louvor com entonação adequada.
Isso mostra que, para os cães, um elogio pode funcionar como recompensa, mas funciona melhor ainda se as palavras e a
entonação baterem. Ou seja, os animais não só separam o que dizemos e como dizemos, mas também podem combinar os dois para
uma melhor interpretação do que aquelas palavras realmente querem dizer.
Os resultados indicam que os mecanismos neurais para processar palavras evoluíram bem antes do que se imaginava. "O que
torna as palavras singularmente humanas não é a capacidade neural para processá-las", dizem os autores. Seres humanos são
únicos na sua capacidade de inventar palavras.
(Adaptado de: NETO, Ricardo Bonalume. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia)
... cães têm a capacidade de distinguir palavras de um vocabulário e captar a entonação da fala dos donos usando regiões
cerebrais semelhantes àquelas usadas por seres humanos. (1º
parágrafo)
No contexto, o segmento sublinhado acima retoma