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ID
3110806
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Fraiburgo - SC
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Te x t o 1

É sabido que o oeste catarinense e o sudoeste do Paraná começaram a ser ocupados, no início do século XIX, através da pecuária, em suas regiões de campo, pela criação extensiva em grandes propriedades. O resultante desse processo foi a rarefação da população em grandes espaços. Somente a partir de meados do século passado é que as áreas de florestas, que antes tinham permanecido praticamente intactas, passaram a ser ocupadas através do excedente populacional dos campos de criação de gado ou dos imigrantes provindos de outras partes do território nacional. Esse processo acabou constituindo a população cabocla com uma cultura e um modus vivendi próprios, e com a qual os imigrantes rio-grandenses iriam se defrontar.
As migrações visavam a ocupar o “espaço vazio” do oeste catarinense, dentro do projeto capitalista do governo, já que essa região era vista como perigosa e inóspita, um verdadeiro deserto a ser povoado para nele se produzir. As companhias colonizadoras, então, começaram a fazer investimentos e vender as glebas das áreas de florestas.
Nesse ínterim, entre os descendentes de imigrantes italianos do Rio Grande do Sul (Serra Gaúcha e regiões circunvizinhas), estava ocorrendo um fato conjuntural que veio ao encontro do interesse pela colonização do oeste catarinense. A estrutura fundiária das regiões de imigração rio-grandenses era baseada em peque-nos lotes de terra. Essas pequenas propriedades não podiam mais ser desmembradas porque tornar-se--iam inviáveis economicamente. Daí o deserdamento sistemático e necessário, forçando os colonos e seus descendentes a novas migrações para novas colônias, onde se reproduziu o modelo fundiário anterior.
ZAMBIASI, José Luiz. Lembranças de velhos. Chapecó: Universitária Grifos, 2000, p. 28-29. [Fragmento adaptado].

Assinale a frase correta quanto à acentuação gráfica e à indicação de crase.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) Os críticos não deram a mínima importância aquela obra recem-lançada. ? verbo "dar": dar algo a alguém (transitivo direto e indireto) deram algo (importância) a alguma coisa (preposição) + pronome demonstrativo "aquela": àquela; recém (oxítona terminada em -em, logo é acentuada).

    B) A tendência universalizante do Romantismo contrapõe-se, sem dúvida, à tendência individualista e egocêntrica já observada. ? correto

    C) De norte à sul, em frente as bancas dos jornais, pessoas paravam para inteirar-se da horrível derrota atribuida ao mau desempenho da equipe de vôlei. ? o correto seria: de norte a sul (somente preposição); em frente a algo (preposição) + artigo definido "as"= às; atribuída (hiato, "i" tônico que forma hiato com a vogal anterior).

    D) Deram-me um sôco na boca do estômago e, depois de atirarem farinha a boca, me embriagaram com eter. ? o correto é "soco" (paroxítona terminada em -o, por isso não é acentuada) e éter (paroxítona terminada em -r).

    E) Essa explicação é idêntica a anterior à essa que eu inclui no relatório enviado a superintendência. ? idêntia a algo (preposição), o substantivo "explicação" está subentendido: é idêntica à EXPLICAÇÃO; anterior a algo (preposição), não temos o artigo definido "a" antes do pronome demonstrativo "essa", logo somente preposição presente: anterior a essa; eu incluí.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ?

  • Assertiva B

    A tendência universalizante do Romantismo contrapõe-se, sem dúvida, à tendência individualista e egocêntrica já observada.

  • O site devia contratar o Arthur Carvalho, já que nenhum professor comenta as questões.

  • B) A tendência universalizante do Romantismo contrapõe-se, sem dúvida, à tendência individualista e egocêntrica já observada.

    Há erro de paralelelismo não?

    O certo seria: A tendência universalizante do Romantismo contrapõe-se, sem dúvida, à tendência individualista e à egocêntrica já observada.

    Corrigem-me se estever errado.

  • a) áquela e recém

    c) De norte a sul; em frente às bancas de jornais; atribuída

    d) soco; atrirarem farinha à boca; éter 

    e) à anterior; a essa ; incluí ; enviada à superintendência

  • Arthur Carvalho, parabéns vc comenta melhor que os professores, aliás não vai fazer DEAP SC tá! Brincadeirinha

  • Não se usa crase antes de possessivo feminino.

  • Eu já vou diretamente nós comentários do Arthur. Rs

    Obg, sempre nos ajudando.

  • LETRA B.

  • GABARITO B: contrapõe-se é Verbo Transitivo Indireto e exige a preposição. (Contrapõe-se ''a'' algo)

  • Gabarito: B.

    A. Os críticos não deram a mínima importância aquela obra recem-lançada.

    - "aquela": o correto neste caso é que haja o acento agudo, formando "àquela".

    - "recem-lançada": recém é oxítona terminada em EM, devendo ser acentuada.

    B. A tendência universalizante do Romantismo contrapõe-se, sem dúvida, à tendência individualista e egocêntrica já observada.

    - Correta.

    C. De norte à sul, em frente as bancas dos jornais, pessoas paravam para inteirar-se da horrível derrota atribuida ao mau desempenho da equipe de vôlei.

    -"De norte a sul": não há nenhum termo que justifique a crase, sendo "sul" um termo masculino.

    - "em frente as bancas": quem está de frente está de frente a algo ou alguém. Assim, a regência pede a presença da preposição A, que, juntamente com o artigo femino plural AS justificaria a crase em ÀS.

    - "atribuida": I é um hiato tônica não sucedido por NH e tampouco antecedido por ditongo decrescente, devendo ser acentuado.

    D. Deram-me um sôco na boca do estômago e, depois de atirarem farinha a boca, me embriagaram com eter.

    - "sôco": soco é paroxítona terminada em O, não possuindo acentuação.

    - ", me embriagaram": ademais, não é o foco da questão mas o pronome oblíquo "me" jamais poderia suceder uma vírgula dessa forma.

    E. Essa explicação é idêntica a anterior à essa que eu inclui no relatório enviado a superintendência.

    - "idêntica a anterior": quem é idêntico é idêntico A algo ou A alguém. Assim, haveria a preposição A + A que funciona como artigo feminino singular de anterior, formando a crase.

    - "à essa": não há duplicidade do termo "a" antecedendo o pronome "essa" que justifique a presença da crase.