SóProvas


ID
3119380
Banca
FCC
Órgão
Câmara de Fortaleza - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria: − “E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei se talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos − o copy desk.

Começava a nova imprensa. Primeiro, foi só o Diário Carioca; pouco depois, os outros, por imitação, o acompanharam. Rapidamente, os nossos jornais foram atacados de uma doença grave: − a objetividade. Daí para o “idiota da objetividade” seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de Lord Byron, disse para mim, risonhamente: − “Eu sou um idiota da objetividade”.

      Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: − “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: − o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.

(RODRIGUES, Nelson. “Os idiotas da subjetividade”. A cabra vadia, São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 50-51) 

A expressão “idiota da objetividade” alude ironicamente a

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? Daí para o ?i-diota da objetividade? seria um passo. Certa vez, encontrei-me com o Moacir Werneck de Castro. Gosto muito dele e o saudei com a mais larga e cálida efusão. E o Moacir, com seu perfil de Lord Byron, disse para mim, risonhamente: ? ?Eu sou um i-diota da objetividade?.

    ? Temos a alusão a uma escrita que é objetiva (sem traços subjetivos), uma linguagem direta, que vai de uma vez no assunto; algo meramente técnico, sem quaisquer traços de diferenciação entre seus autores.

    ? Planejamento Completo nos estudos grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost2

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Não entendi.

  • amada??

  • chutei e foi gol

  • GAB E

     

    A questão realmente exige um pouco mais de atenção e raciocínio, mas observando bem dá certo...

     

    Atenção a esse trecho: Havia na imprensa uma massa de analfabetos. Saíam as coisas mais incríveis. Lembro-me de que alguém, num crime passional, terminou assim a matéria:“E nem um goivinho ornava a cova dela”. Dirão vocês que esse fecho de ouro é puramente folclórico. Não sei se talvez. Mas saía coisa parecida. E o Pompeu trouxe para cá o que se fazia nos Estados Unidos − o copy desk. (...)

    (...) 

     

    (...) Também Roberto Campos, mais tarde, em discurso, diria: − “Eu sou um idiota da objetividade”. Na verdade, tanto Roberto como Moacir são dois líricos. Eis o que eu queria dizer: − o idiota da objetividade inunda as mesas de redação e seu autor foi, mais uma vez, Pompeu de Sousa. Aliás, devo dizer que o copy desk e o idiota da objetividade são gêmeos e um explica o outro.

     

    O autor informa que antes a imprensa não tinha as formas tão determinadas antes de um modelo trazido dos EUA que remete a uma padronização para escrever no jornal de uma forma objetiva e anteriormente, às vezes, era escrito algo ou , por exemplo, no fechamento das matérias que não se sabia se era algo folclórico de alguma região ou de onde vinha a procedência de tais expressões, não ficava claro.

     

    Em decorrência disso, o autor fala que a ideia de escrever mais objetivamente veio de um modelo adotado nos Estados Unidos chamado "copy desk" que trouxe uma padronização e consequentemente trouxe o que está na letra "e": uma escrita impessoal, técnica e informativa. 

     

    Espero ter contribuído. Desejo que quando estiver bem cansado, exista perseverança pra recomeçar.

  • ALTERNATIVA E : função referencial.

  • Não entendi essa questão. Para mim, as aspas passam subjetividade. Mas, enfim, o que vale é a banca.

  • Só se eu tivesse 5 chances, acertaria essa questão.. pqp

     

  • Acertei a questão depois de suar muito. O autor do texto precisa aprender um pouco com os "idiotas da objetividade"!

  • força, guerreiro!

    Gabarito: E

    Bons estudos!

    -É praticando que se aprende e a prática leva á aprovação.