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ID
3121168
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Auditoria
Assuntos

Com relação ao plano de auditoria baseado no risco, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Manual de Auditoria Financeira

    file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/Manual%20de%20Auditoria%20Financeira_Edi__o%202016_vFinal_WEB%20(4).pdf

    A. Certo

    567. Os fatores que ensejam a revisão do valor estabelecido como materialmente relevante incluem:

    a. a materialidade determinada inicialmente não é mais apropriada no contexto do resultado financeiro efetivo da entidade;

    b. novas informações obtidas, incluindo expectativas dos usuários, teriam levado o auditor a determinar um valor diferente inicialmente; e

    c. distorções inesperadas que podem fazer com que o valor da materialidade para uma classe específica de transação, saldo contábil ou divulgação seja excedido.

    B. Errado

    Risco de distorção relevante (RDR)=Risco Inerente (RI)*Risco de Controle (RC)

    Risco de Auditoria (RA)=RDR x Risco de Detecção (RD)

    RD=RA/(RI x RC)

    305. O auditor usa o RDR avaliado para determinar o nível aceitável de RD para uma determinada afirmação nas demonstrações financeiras. Quanto maior o RDR, mais baixo deve ser o nível de RD, de modo a reduzir o RA a um nível aceitavelmente baixo.

    C. Errado

    DOCUMENTAÇÃO DE AUDITORIA - O objetivo do auditor é ter registro suficiente e adequado da fundamentação do relatório de auditoria e evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com os padrões de auditoria e as exigências legais e regulamentares aplicáveis.

    D. Errado

    NBC TI 01 – Da Auditoria Interna.

    12.2.3.3 – Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade.

    E. Errado

    358. Há 3 métodos principais de selecionar itens para testes:

    a. seleção de todos os itens (exame de 100%);

    b. seleção de itens específicos; e

    c. amostragem.

    Gab. A

  • Questão aborda aspectos gerais de auditoria independente, embora o enunciado fizesse referência à auditoria baseado no risco (é o mesmo que a auditoria com asseguração razoável), você poderia perfeitamente associá-la à auditoria das demonstrações contábeis prevista na NBC TA 200(R1).

     Analisando cada alternativa:

     

    Letra A) CORRETA. A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de julgamento profissional e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis. A alternativa explora aspectos da revisão da materialidade no decorrer da auditoria. Segundo a NBC TA 320(R1):

    Letra B) ERRADA. Segundo a NBC TA 200(R1):

     1) Risco de distorção relevante (RDR) = Risco de Controle (RC) x Risco Inerente (RI);

    2) Risco de Auditoria = Risco de Detecção (RD) x Risco de distorção relevante (RDR).

     

    Veja que Risco de Detecção (RD) e Risco de distorção relevante (RDR) têm relação inversa. Em outros termos, quanto maior for o risco de distorção relevante, menores serão os riscos de a detecção ser consentida pelo auditor.

    Letra C) ERRADA. O objetivo precípuo da documentação de auditoria é servir de evidência de auditoria, que servirá de base para sustentar a opinião do auditor. Segundo a NBC TA 230(R1):

     

    Letra D) ERRADA. Ela se refere aos testes substantivos. A alternativa misturou a definição de testes substantivos ao invés dos testes de observância. Segundo a NBC TI 01:

     

    Letra E) ERRADA. Segundo a NBC TA 530, são cinco os métodos de seleção de amostra:

     

    por TONYVAN CARVALHO em 01/11/2019

  • Gosto dos comentários do Alan Brito. Já me ajudaram muito, sobretudo em Contabilidade.

    Ele tem muito boa vontade de ajudar os colegas aqui, já que os professores do QC não o fazem.

  • LETRA E - ERRADO.  NBC TA 530.

    Apêndice 4 (ver item A13)

    Métodos de seleção da amostra

    Existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os seguintes:

    (a) Seleção aleatória

    (b) Seleção sistemática

    (c) Amostragem de unidade monetária

    (d) Seleção ao acaso

    (e) Seleção de bloco 

  • A questão versa sobre conceitos relacionados à auditoria independente, especificamente no que tange à auditoria baseada em risco. 

    No Brasil, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é o órgão responsável por estabelecer as normas de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica, as conhecidas NBC TA. 

    Para resolução dessa questão, além das normas do CFC, utilizaremos o Manual de Auditoria Financeira do Tribunal de Contas da União [1]. 

    Dito isso, vamos analisar as alternativas: 

    A) CORRETA. De acordo com a NBC TA 320 (R1) [2], caso o auditor, no decurso da auditoria, tome conhecimento de informações, as quais teriam levado a ele determinar inicialmente um valor (valores) diferente, o auditor DEVE REVISAR a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. 

    Nesse mesmo sentido versa o Manual de Auditoria Financeira do TCU [1], ao discorrer sobre fatores ensejadores de revisão do valor estabelecido como materialmente relevante, os quais incluem: 

    a) "a materialidade determinada inicialmente não é mais apropriada no contexto do resultado financeiro efetivo da entidade"; 
    b) "novas informações obtidas, incluindo expectativas dos usuários, teriam levado o auditor a determinar um valor (ou valores) diferente inicialmente" 
    c) "distorções inesperadas que podem fazer com que o valor da materialidade para uma classe específica de transação, saldo contábil ou divulgação seja excedido". 

    B) INCORRETA. Consoante NBC TA 200 R1[1], relembra-se que o risco de auditoria é o risco de que o "auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante " (grifou-se). 

    O risco de auditoria é medido como uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção: 
    Risco de Auditoria = Riscos de Distorção Relevante * Risco de Detecção 

    Mas o que viria a ser "riscos de distorção relevante" e "risco de detecção"? Conforme Manual de Auditoria Financeira do Tribunal de Contas da União [1] e NBC TA 200 R1[3], assim o definimos: 

    Riscos de distorção relevante: "risco de que as demonstrações financeiras contenham distorção relevante antes da auditoria. Composto, no nível das afirmações, pelo risco inerente e pelo risco de controle" (grifou-se) [1] 

    Risco de detecção: "é o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções" [3] (grifou-se) 

    Pessoal, podemos ver que os Riscos de distorção relevante e Risco de detecção são os fatores que resultam no Risco de Auditoria. Nesse sentido, se o Risco de Detecção for extremamente baixo, ainda que os Riscos de distorção relevante sejam elevados, o Risco de Auditoria será baixo. 

    Inclusive, caso os Riscos de distorção relevante seja elevado, os auditores devem ampliar a extensão (quantidade ou amostra) de procedimentos substantivos, com objetivo de manter o risco de auditoria no nível estabelecido para o trabalho [2]. 

    C) INCORRETA. Conforme NBC TA 230 R1[4], a documentação de auditoria "é o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidência de auditoria relevante obtida e conclusões alcançadas pelo auditor" (grifou-se) 

    Nesse sentido, o objetivo do auditor é preparar a documentação que suporte, de maneira suficiente e apropriada, suas opiniões e conclusões técnicas expressas no relatório de auditoria e que "forneça evidências de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas e as exigências legais e regulamentares aplicáveis" (grifou-se) [4] 

    D) INCORRETA. De acordo com a NBC TI 01 [5], que discorre sobre procedimentos de Auditoria Interna, os Testes de Observância visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Na aplicação desse tipo de teste, devem ser considerado os seguintes procedimentos [5]: 

    a) inspeção: verificação de registros, documentos e ativos tangíveis; 
    b) observação: acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução; 
    c) investigação e confirmação: obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. 

    Já os testes substantivos "visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade." [5]. (grifou-se) 

    Como podemos ver acima, a banca trouxe o conceito de testes substantivos. 

    Pessoal, no âmbito da NBC TI 01, que disciplina os procedimentos de Auditoria Interna, ainda se emprega o termo "Teste de Observância". Já nas NBC TA, que discorrem sobre Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica, adota-se o termo “Teste de Controle" para se referir ao procedimento de auditoria planejado para avaliar a efetividade operacional dos controles na prevenção ou detecção e correção de distorções relevantes no nível de afirmações. 

    De todo modo, saibam que os termos podem ser empregados como sinônimos. 

    E) INCORRETA. Inicialmente, cumpre destacar que a amostragem em auditoria pode ser aplicada por meio de uma amostragem estatística ou não estatística. 

    Por exemplo, em uma amostragem não estatística, o auditor pode valer-se do seu julgamento profissional para selecionar os itens da amostra. Já em uma amostragem estatística, os itens da população auditada possuam uma probabilidade conhecida de serem selecionados na amostragem. 

    Nesse sentido, EXISTEM VÁRIOS MÉTODOS para selecionar amostras e não apenas três, como citado na alternativa, o que a torna incorreta. 

    Frisa-se que a NBC TA 530 (Amostragem em Auditoria) [6] indica que os principais métodos para selecionar amostras são: seleção aleatória; seleção sistemática e seleção ao acaso. 

    Todavia, em seu apêndice 4, traz outros métodos como principais, tais como amostragem de unidade monetária e seleção de bloco. 

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A 

    REFERÊNCIAS: [1] Brasil. Tribunal de Contas da União. Manual de auditoria financeira. Brasília, 2016; [2] Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA 320 R1. Disponível em: site do CFC. Acesso em: 28/7/2020; [3] Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA 200 R1. Disponível em: site do CFC. Acesso em: 28/7/2020; [4] Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA 230 R1. Disponível em: site do CFC. Acesso em: 28/7/2020; [5] Conselho Federal de Contabilidade. NBC TI 01. Disponível em: site do CFC. Acesso em: 28/7/2020; [6] Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA 530. Disponível em: site do CFC. Acesso em: 28/7/2020;
  • Quanto maior o risco de distorção relevante, menor o risco de detecção (porque o auditor vai aplicar mais procedimentos).