O processo de libertação das colônias ibéricas na América (espanholas e a portuguesa) não foi simples nem tampouco tão rápido quanto dão a entender os manuais de História da América usados na escola básica.
A diversidade regional era, e é, bastante grande, o que trouxe dificuldades para a criação e coesão de Estados, já que a construção da ideia de nação não era sólida.
Além disso, aqueles que assumiram o poder após a libertação em relação às metrópoles europeias faziam parte de uma parcela branca, proprietária e privilegiada das sociedades latino-americanas.
Embora nativos e, em alguns locais, escravos e libertos tenham participado das lutas, pouca ou nenhuma expressão terão nos países independentes. Somente no Haiti o processo foi liderado por afrodescendentes libertos e escravizados e é organizada uma República Negra.
O trecho do trabalho de Maria Lígia Prado expressa esta invisibilidade de certos grupos sociais.
E, entre as alternativas está posta uma que apresenta uma observação verdadeira acerca do processo de libertação.
A) CORRETA- Os ganhos das camadas populares com a independência foram muito poucos na medida em que os novos Estados foram organizados de, e para, as camadas economicamente dominantes, que garantem, assim , o controle social.
B) INCORRETA- Os conflitos pelo controle dos cabildos não foi só entre chapetones e criollos mas também entre várias lideranças criollas. E, tal conflito não resultou na inserção econômica das classes populares.
C) INCORRETA- A exploração colonialista dos espanhóis gerou modelos políticos autoritários. E, os ganhos para a sociedade colonial foram desiguais por conta da forma e da liderança dos processos de independência.
D) INCORRETA – A fragmentação territorial da antiga América Espanhola atendeu aos diferentes interesses locais das elites criollas e não das camadas populares
E) INCORRETA – Para as camadas populares todos os ganhos foram lentos e resultantes de pressão.
RESPOSTA: Letra A.