SóProvas


ID
3128947
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Serrana - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A administração e a autoridade reais da Inglaterra angevina não tinham qualquer equivalente fiel em toda a Europa do século XII. Mas, o poder pessoal do monarca logo foi seguido por precoces instituições de caráter coletivo da classe dominante feudal, com características singularmente unitárias: os Parlamentos. A existência na Inglaterra desses parlamentos medievais, a partir do século XIII, não constituía evidentemente uma particularidade nacional. O que os distinguia era mais o fato de se tratarem de instituições ao mesmo tempo “únicas” e “conglomeradas”. Em outras palavras, havia apenas uma assembleia, deste tipo, cujos limites coincidiam com os do próprio país, e não uma para cada província; no seio dessa assembleia, não existia a divisão tripartida de nobres, clero e burgueses, geralmente predominante no continente. Desde a época de Eduardo III, os cavaleiros e as cidades dispunham de representação regular no Parlamento inglês, lado a lado com os barões e bispos.
A precoce centralização da organização política feudal inglesa gerou duas outras consequências.
(Perry Anderson. Linhagens do Estado Absolutista. Adaptado)

Uma dessas consequências foi

Alternativas
Comentários
  • O Parlamento da Inglaterra tem se transformado desde a Idade Média, quando foi criado com o nome de "Conselho dos Barões" .Pode ser entendido como o maior órgão legislativo das regiões de língua e cultura ingleses. Esta história bastante longa leva a que a Inglaterra seja considerada  "The Mother of Parliaments" (A Mãe dos Parlamentos). 
    O parlamento inglês teve origem na província romana da Britânia. Em 1066, Guilherme I da Inglaterra aplicou em seu reino a proposição de que seria necessário um conselho para avaliar as leis que seriam instituídas. O objetivo era o de limitar a autonomia de poder dos barões em suas terras. Aos poucos adquiriu a forma que apresenta até hoje,  Composto pelo monarca, a Casa dos Lordes e a Câmara dos Comuns, tem na casa dos Comuns a sua maior força. 
    Em 1215 o Conselho já mostrava o seu poder obrigando o Rei João a assinar a Magna Carta, limitando assim o poder dos monarcas. O trecho transcrito, da obra de Perry Anderson, destaca a importância política da instituição inglesa. E afirma que esta precoce centralização da organização política, ainda feudal, gerou duas consequências. Em uma das alternativas está descrita uma dessas consequências. 
    Para responder corretamente a questão é necessário ter conhecimento da obra de Perry Anderson e, minimamente, da História da Inglaterra
    A) INCORRETA- As instituições inglesas podem ter perdido força política durante o governo de alguns reis como Elizabeth I mas, jamais perderam a legitimidade. 
    B) INCORRETA – De fato, a participação das camadas populares foi aumentando mas, foi um processo histórico bastante longo . Somente às vésperas do século XX nasceu o Partido Trabalhista e o voto universal masculino data da época da Primeira Guerra Mundial. Paralelamente, as decisões da Coroa foram sendo mais e mais controladas pelo parlamento. 
    C) CORRETA- A função do Parlamento, desde as suas origens, com a Magna Carta de 1215, sempre foi legislativa . 
    D) INCORRETA – De fato houve guerras civis que opuseram a nobreza tradicional, a gentry e a burguesia do outro lado. Porém, elas não foram resultantes da “precoce centralização da organização política feudal inglesa “ e sim dos interesses opostos destes grupos sociais 
    E) INCORRETA- A precoce centralização do poder não gerou um exército poderoso defensor dos interesses monárquicos. Se havia as forças do rei, também havia aquelas do parlamento. Houve na Inglaterra reis absolutistas mas não absolutismo enquanto sistema. 
    RESPOSTA: Letra C.