SóProvas


ID
3131194
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Guararapes - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

… E Graham Bell virou outra coisa
 
        É possível que você esteja lendo esta reportagem em um smartphone. E, se não for esse o caso, é provável que ele se encontre ao alcance de sua mão. Nada a estranhar: quem se separa desses aparelhos hoje em dia? Nem à noite: é para o celular que um número cada vez mais espantoso de pessoas – já são 5,4 bilhões de linhas no planeta – dirige sua atenção antes de dormir; e é também para ele que elas olham primeiro quando acordam. Aliás, existem aplicativos que ajudam a pegar no sono e outros que despertam qualquer um – como o alarme que só pode ser desabilitado se o dono der alguns passos.
       Não há notícia de nenhum gadget que tenha se tornado tão onipresente (e onipotente). É um recorde de popularidade. Com o aparelho que quase todo mundo carrega consigo, é possível realizar uma série de atividades que antes exigiriam tempo, deslocamento e dinheiro. “De vez em quando aparece um produto revolucionário que muda tudo”, disse Steve Jobs no lançamento do iPhone, em 9 de janeiro de 2007 – data que pode ser considerada um desses extraordinários “de vez em quando”. Na apresentação, ele enfatizou que estava “revolucionando o telefone” (embora já existissem smartphones, como os da Black Berry). Isso porque num mesmo dispositivo seria possível ouvir músicas, usar a internet e “até” fazer uma ligação. Sim, definitivamente “telefonar” passava a ser apenas “mais uma” função do telefone.
    A era dos smartphones trouxe consigo uma preocupação: o risco da dependência. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Coreia, em Seul, revelou que a nomofobia – esse é o termo empregado para se referir ao problema – pode ser caracterizada como vício. E por um motivo simples: o uso excessivo do celular produz alterações químicas no cérebro que levam a reações que, em muitos aspectos, se assemelham às que acometem os dependentes de drogas. Assim, a sugestão quanto ao smartphone é incontornável: use com moderação. Você pode, por exemplo, dormir sem ele.
(Mariana Amaro. Veja, 18.07.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa que emprega e coloca os pronomes de acordo com a norma-padrão, completando o enunciado a seguir.
Quanto a …

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) tempo, deslocamento e dinheiro, há atividades que antes exigiriam-os. ? temos o pronome relativo "que" sendo fator atrativo do pronome o correto é: que antes os exigiriam.

    B) reações químicas no cérebro, o uso excessivo do celular as produz. ? correto.

    C) atividades que antes exigiriam tempo, é possível realizar-lhes. ? realizar alguma coisa (verbo transitivo direto, logo não poderíamos usar o pronome "lhes", o correto é: realizá-las ? terminação r,-s e-z, essas letras saem e usa-se -lo(s), -la(s)).

    D) esta reportagem, é possível que você esteja lendo ela em um smartphone. ? lendo alguma coisa (pronome pessoal do caso reto não pode ser usado como um complemento direto, o correto seria usar o pronome "a").

    E) telefones, ele enfatizou que lhes estava ?revolucionando?. ? estava revolucionando alguma coisa (verbo transitivo direto, o correto: que os estava...).

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Entendi que "celular", sendo substantivo, não seria partícula atrativa do pronome...

  • Rodrigo, e não é mesmo, em verdade não tem partícula atrativa, por isso poderia ter a próclise e a ênclise.

    Corrijam-me se eu estiver errado, vlw!

  • Acertei por eliminação. mas não vi atração entre o substantivo "celular" e o pronome de "produz". Talvez a regra (que por sinal eu desconheço) esteja no verbo terminado em Z.

  • Analisemos excerto da questão correta:

    "[...] do celular as produz."

    Os substantivos (no caso da estrutura acima, o substantivo "celular") não se configuram fatores atrativos de próclise. O pronome foi posto em colocação proclítica por mera predileção do escritor. Poder-se-ia, com respeito aos padrões normativos, ser posto encliticamente, embora, com verbo em terminação Z, seja prática inusual:

    "[...] do celular produ-las."

    Letra B

  • Só complementando o erro da alternativa A:

    A) tempo, deslocamento e dinheiro, há atividades que antes exigiriam-os.

    Quando o verbo termina em som nasal (ão,õe,am), o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:

    viram + o: viram-no

    repõe + os = repõe-nos

    retém + a: retém-na

    tem + as = tem-nas

    Portanto, ficaria exigiriam-nos.

    Qualquer erro, corrijam-me.

    Fonte: Site "SO PORTUGUES"

  • Sujeito substantivo ("o uso excessivo do celular") não é fator de próclise obrigatória. Mas admite tanto o uso da próclise quanto da ênclise.

  • A regra não é a ênclise? se não tem fator atrativo? alguém poderia me tirar essa dúvida

  • Na alternativa A, a palavra "antes" não "atrapalha" a atratividade do "que" não? Pensei que, como tem a palavra antes, a regra da atratividade não seria aplicável... Alguém pode me explicar?

    Na alternativa B, produz não deveria ser "produzem" não?

  • Glauber Daniel

    Na alternativa A: "Antes" é advérbio de tempo, também atrai próclise.

    Na alternativa B: Quem produz é "o uso": "O USO [...] as PRODUZ / O USO PRODUZ as reações químicas"

  • É uma oração na ordem inversa, certo? Oração na ordem inversa é uma hipótese de próclise ou ênclise facultativas