SóProvas


ID
3132220
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara de Piracicaba - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Visitando a psicóloga

    No fim do Ensino Médio, Fabrício vivia brigando com os colegas, desafiando os professores, respondendo desaforado aos pais. Óbvio que foi forçado a visitar a psicóloga da escola. Prometeu a si mesmo que lacraria a boca, ficaria calado durante a consulta inteira, faria terrorismo com a quietude. Não achava justo ser obrigado a se analisar e ainda mais numa época em que a terapia estava vinculada preconceituosamente à loucura.
   Fabrício se ajeitou na poltrona com o estojo e caderno debaixo do braço e a indisposição absoluta de colaborar com a psicóloga. Mas ela não questionou nada, e o silêncio inesperado dela foi enervando Fabrício. Ela o observava com interesse, e ele querendo cada vez mais se esconder. Quando alguém permanece quieto muito tempo em nossa frente é como encarar um espelho e o tamanho das dúvidas. Ela o provocava não o provocando, ela o emparedava abrindo todas as portas. Aquela liberdade assustadora de não ser cobrado a participar o aprisionava.
   Fabrício mexeu no estojo para se distrair. Ela perguntou se ele poderia emprestar-lhe uma caneta. Ele pegou uma Bic azul. A psicóloga viu que a tampa estava mordida. Olhou com carinho e comentou:
     ─ Enquanto não morder o tubo, está tudo bem.
     Ele riu de nervoso e demonstrou curiosidade.
     ─ Morder a tampa significa alguma coisa?
    ─ Significa que não fecha as conversas, que foge das discussões com medo de dizer a verdade, que reprime o desejo e vira as costas remoendo sozinho as suas frustrações e decepções, jamais repartindo a sua verdadeira opinião.
   Fabrício não revelou coisa alguma durante uma hora do encontro, mas ela o decifrou inteiramente apenas analisando a tampa mordida da caneta. Uma mera, idiota e banal tampinha iluminou o seu comportamento.
    A partir daquele dia, Fabrício nunca mais subestimou a psicologia e cuidou para morder somente a insossa borracha nos momentos de maior ansiedade. Aprendeu que o que se sente ou se deixa de sentir está impresso nos mínimos gestos.
(Fabrício Carpinejar. Amizade é também amor. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017. Adaptado)

Na frase “Uma mera, idiota e banal tampinha iluminou o seu comportamento.”, a palavra destacada apresenta sentido contrário de

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA E

    ? ?Uma mera, idi-ota e banal tampinha iluminou o seu comportamento.?

    ? A questão pede uma palavra que tenha o sentido contrário (antônimo); "banal" é algo simples, comum, corriqueiro, rotineiro, vulgar, normal;

    ? Algo "admirável" é o contrário, é algo que não é simples, mas possui algo especial, dessa forma temos a nossa resposta.

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • pelo pela desgraça do enunciado

  • Como leva tempo para responder questoes de português.

  • Quem foi no embalo e não viu o "sentido contrário" e cravou a B??? kkkkkkkkkkkkk

  • O enunciado não deve ser banalizado kkk

  • Gabarito E. admirável (antônimo de Banal)

    Complementando:

    admirável

    1.    suscetível de provocar a admiração.

    2.    digno, merecedor de admiração.

    vulgar

    1.    relativo ou pertencente à plebe, ao vulgo; popular.

    2.    que não foge à ordem normal, não se destaca; banal, comum, corriqueiro, ordinário, usual.

  • Vai entender, né!