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ID
3133951
Banca
VUNESP
Órgão
SAAE de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Em sua obra clássica A Interpretação dos Sonhos, publicada em 1899, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, disse, com outras palavras, que os sonhos são o caminho para o inconsciente, ou seja, para as regiões mais profundas da mente. Agora, mais de um século depois, pesquisadores brasileiros demonstraram que os relatos sobre eles — e não eles propriamente ditos — podem ser uma forma mais precisa de diagnosticar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar. O grupo conta com o neurocientista Sidarta Ribeiro, a psiquiatra Natália Mota, ambos do Instituto de Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e o físico Mauro Copelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ribeiro explica que o psiquiatra identifica no comportamento e na história do paciente os sinais e os sintomas de sofrimento mental. “De acordo com a combinação deles, em um determinado intervalo de tempo, ele pode fechar o diagnóstico, seguindo diretrizes estabelecidas por sociedades da área”, diz.

“Mesmo assim, essa forma de exame ainda é muito dependente da avaliação subjetiva do profissional, que pode não ter acesso a todos os dados necessários, precisando muitas vezes de um longo período de observação e contato”, acrescenta Ribeiro.

A fim de criar um método para auxiliar o psiquiatra a fazer um diagnóstico menos subjetivo e mais preciso, os pesquisadores desenvolveram formas de medir computacionalmente certos sintomas, que tradicionalmente são detectados em um exame do estado mental de modo pouco quantitativo.

Para testar o método, os pesquisadores gravaram os relatos do dia (estado de vigília) e dos sonhos de 60 pacientes voluntários, atendidos no ambulatório de psiquiatria de um hospital público em Natal (RN). Eles foram divididos em três grupos: um com pessoas com diagnóstico de esquizofrenia; outro, de bipolaridade; e o terceiro, sem doença, que serviu de controle.

Os discursos dos pacientes foram transcritos e inseridos em um programa de computador. Os relatos do dia dos três grupos não foram muito diferentes uns dos outros. Quando eles contavam seus sonhos, no entanto, as diferenças apareciam. Elas ficaram bem evidentes entre os esquizofrênicos e bipolares.

(Evanildo da Silveira. “Cientistas brasileiros criam programa para diagnosticar esquizofrenia e transtorno bipolar através do relato de sonhos”. Em: BBC Brasil, 10.08.2018. Adaptado)

. A pontuação encontra-se corretamente empregada no trecho reescrito do texto em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    A) A identificação de distúrbios mentais a partir de relatos de sonho, não é um método comprovadamente eficaz ? sujeito separado incorretamente pela vírgula.

    B) O estudo foi realizado com 60 voluntários e, ainda que, seja um número aparentemente pequeno, apresentou resultados interessantes ? vírgula separando incorretamente o restante da oração da conjunção subordinativa concessiva.

    C) Para realizar o estudo, de doenças mentais, os pesquisadores transcreveram os relatos de sonhos ? complemento nominal separado incorretamente pela vírgula.

    D) A quantidade de dados analisados é imensa, e, logo, é necessário recorrer a programas de computador que processem essas informações. ? correto.

    E) Os relatos dos sonhos de esquizofrênicos e bipolares revelam, diferenças importantes em relação àqueles que não tinham doenças mentais ? revelam alguma coisa (=vírgula separando incorretamente o objeto direto de seu verbo).

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  • Alternativa D

    A primeira vírgula está separando orações (oração assindética e oração coordenada conclusiva)

    O termo "logo" é um advérbio deslocado, por isso deve vir entre vírgulas

    OBS: a conjunção "E" na oração coordenada exerce função de conjunção coordenada conclusiva, equivalente ao termo "portanto", por isso a vírgula é admitida nessa situação