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ID
3134677
Banca
VUNESP
Órgão
SAAE de Barretos - SP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

(In)Civilidade no trânsito

            A maneira como dirigimos serve de medida para nossas virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos maiores pedágios do mundo.

         A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade que percebemos nas rodovias brasileiras.

      Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.

           Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos torna mais violentos no dia a dia.

            Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público – respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza por interesses individuais e familiares, driblando as regras e acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a considerar.

(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a redação, escrita a partir do texto, atende à norma-padrão de regência e de concordância das palavras.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA B

    A) O entendimento em que devemos ser gentis e educados no trânsito são uma expressão de nossa civilidade ? nenhum termo rege o uso da preposição "em", o correto é somente o pronome relativo "que"; o quê é? O entendimento (=sujeito simples com núcleo no singular, o correto é "é").

    B) A solução para os acidentes de trânsito requer investimento em políticas públicas e mudança de atitude dos motoristas ? correto.

    C) É assustadora a grande quantidade de pessoas que de algum modo acabam sendo afetados com acidentes de trânsito ? a quantidade... acaba, sendo afetada POR alguma coisa e não com (=por acidentes de trânsito).

    D) A identificação da possível relação entre estresse no trânsito e violência na cidade requerem de profunda investigação ? o quê requer? A identificação (=sujeito simples com núcleo no singular, o correto é "requer"); requer alguma coisa e não "de" alguma coisa.

    E) O atual contexto, em que se priorizam os automóveis, estão entre as causas da privação de parte da sociedade por seus direitos. ? o quê está? O atual contexto (=sujeito simples com núcleo no singular, o correto é "está").

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    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • Assertiva b

    A solução para os acidentes de trânsito requer investimento em políticas públicas e mudança de atitude dos motoristas.