A restrição de sal na dieta é uma medida recomendada não apenas para hipertensos, mas para a população de modo geral [Grau de Recomendação B] (BRASIL, 2006 – Guia), visto que estudos apontam que o brasileiro, assim como boa parte da população mundial, consome o dobro da quantidade máxima de sal recomendada. A atual recomendação é o consumo máximo de 5 g diários de sal (o equivalente a 2.000 mg ou 2 g de sódio), o que corresponde a uma colher de chá de sal.
A relação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o risco para doenças crônicas não está esclarecida para baixos níveis de consumo. A partir do consumo diário médio de 30 g de etanol, quantia contida em duas doses de destilados, em duas latas de cerveja ou em dois copos de vinho, há definido e exponencial aumento da pressão arterial em homens. Para as mulheres, a quantidade de etanol que provoca aumento exponencial da pressão arterial corresponde à cerca da metade daquela observada para os homens (MOREIRA et al., 1998). Em pessoas que já apresentam HAS, o consumo excessivo de álcool pode dificultar o controle da doença. A diminuição do consumo de álcool reduz discretamente a pressão arterial em 3,3 mmHg (IC95%: 2,5 – 4,1 mmHg) para pressão sistólica e 2,0 mmHg (IC95%: 1,5 – 2,6 mmHg) para diastólica (NICE, 2011; XIN et al., 2001).
Estratégias Para Pessoas com doença Crônica 35 - 2014